#25

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- Ainda não acredito que você fez isso Nat.- Falou todo Vitório.

Sorrio para ele.

E pego o deslizo o esfregão sobre o chão da cantina.

- Você não deveria ter feito aquilo Nath...- Falou Olívia carregando um balde com água no chão. - Mas fico feliz por você ter protegido a gente, mesmo que você sofreu as consequências que nem deveria.

- E você achou mesmo que eu ia ficar calada? Não mesmo! - Digo dando uma piscadinha para ela, que acaba por soltar uma gargalhada.

- Sinceramente eu não achava que um dia a Albuquerque patricinha estaria no castigo. - Solta Léo. - Tipo, você sabe a fama que lhe cerca. A Albuquerque.

- Eu entendo... mas não é um nome que vai definir as minhas atitudes, principalmente se você for ver a historia dos meus antepassados.- Falo esfregando o esfregão no chão com força. - Meu pai vivia aprontando por esses corredores, meus avós também. Ninguém da minha família seria considerado um bom exemplo.

- Isso é verdade, se você for conhecer realmente o Tio Gabe, ele é só sério no escritório, por que em casa ele é igual uma criança, vive aprontando. - Fala e eu acabo rindo.- Tia Bruna sempre surta.

- Verdade. Minha mãe surta com as ações do meu pai. Mas é engraçado.

- Nossa seu pai parece ser tão bravo. - Disse Olívia.

- Ah mas ele é, apenas com os cara que Natasha sai.- Fala Oliver provocando. E eu o lanço um olhar mortal.

- Vish... então meu amigo sofre risco de vida?- Perguntou Vitório olhando para mim.

Eu não o respondo apenas fico quieta e um pouco corada.

- Tá vendo né Ariel, seu sogro é bravo. Boa sorte quando for pedir a mão da Nath.- Disse Vitório provocando Ariel, que como sempre perto de todos, está bem quieto e na dele.

- Que pedir a mão o que, Ariel e Natasha vão sumir por um mês e depois voltar casados e com aquele ar de sexo. - Falou Léo, o que me deixou muito, mas muito sem graça mesmo.

Numa tentativa de esconder minha vergonha, fico de cabeça baixa esfregando o chão da cantina. Mas como Oliver é um ótimo amigo, já vem falando:

- Então Nath, quando vai apresentar Ariel para os seus pais? Sei muito bem que a Tia Bruna vai amar saber que teve algum cara que se aproximou de você por você e não pelo nome. - Oliver sabia muito bem tocar na ferida.

Muitos dos poucos relacionamentos que eu tive, nunca davam em nada já que os caras qual eu me relacionava apenas estavam comigo por causa do meu nome ou por causa do meu pai, ou por causa do meu dinheiro e até mesmo status. E eu sempre acaba com um belo pote de sorvete, assistindo P.S Eu te amo na teve jogada no sofá.

- Vocês deviam cuidar da própria vida em vez de cuidar da minha relação com a Nath. - Falou pela primeira vez Ariel. - O que acontece entre nós dois, somos nós quem decidi o que vamos fazer. Se isso chegar a ficar sério, eu mesmo vou até Gabriel Albuquerque conversar com ele. Não sou um garoto, e eu sei o que eu faço. - Falou Ariel firme olhando para cada um de nossos amigos.

Eu não sabia o que pensar.

Primeiro ele confessou que temo algo.

Depois disse "e se" que significa incerteza, ou seja, nem ele sabe se vamos ter algo sério num futuro o que me deixa com um pé atrás.

Mas ignorando isso ele foi estremamente fofo, afinal ele meu que me defendeu. Ariel é surpreendente, vive me surpreendo. Não só com palavras, mas com ações.

Ele vive agindo sendo um verdadeiro cavalheiro comigo, não só no meu aniversario, mas também em momentos em que estamos a sós, como a grande maioria das ocasiões, mas também na frente de nossos amigos, como agora, por exemplo.

- Não está mais aqui quem falou brother.- Falou com as mãos em forma de rendição, Vitório.

- Espero mesmo. Parem de tomar conta da vida dos outros, principalmente a minha e da Nathasha. - Falou Ariel voltando a limpar as mesas.

Ninguém ousou falar mais nada.

Esperei até o fim do dia, quando estaríamos sozinhos no nosso quarto, para conversar com ele. Agradecer.

E assim eu fiz.

Assim que tive oportunidade, que foi quando já era sete e meia, antes do nosso jantar, cada um foi para o seu devido quarto para tomar banho para que nós fossemos jantar depois. Entramos no quarto e eu não perdi tempo.

- Ariel...?- o chamei e ele se virou.

Dava para ver que ele estava cansado.

- Oi.

- Obrigada. Pelas palavras que disse no refeitório.- Falei brincávamos com os meus próprios dedos num ato de nervosismo.

- Natasha, o que eu falei lá, foi a mais pura verdade. Se um dia, nós decidirmos ter algo sério, eu não vou falar contigo para irmos até a sua casa. Eu mesmo vou até lá falar com o teu pai, dizendo que eu namoro a filha dele e que ele não pode fazer absolutamente nada para mudar. - Falou e quase que eu perco o ar.

- Oh...

- Não fique surpresa com isso, posso ser bem irresponsável mas quando se trata de relacionamento sério eu me torno muito responsável, e eu nunca te deixaria na mão.- Não tenho palavras para dizer a ele, num ato de puro impulso, vou até ele é o abraço.

Não me importando se ele estava suado ou não.

Se ele ia rejeitar ou não.

Eu apenas o abracei.

E por incrível que pareça ele me abraçou de volta, o que me fez soltar um leve sorriso, que foi impossível de Ariel visualizar já que eu estava com o rosto afundado na curva de seu pescoço.

-Obrigada mesmo.

Uma garota tanto quanto que patricinha - L05Onde histórias criam vida. Descubra agora