#15

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A cada lance de escada a curiosidade e a ansiedade de Natasha era cada vez mais evidente. Essa garota está parecendo uma criança.

Assim que as portas de aço se abrem, saímos e demos de cara com andar mais alto de toda a cidade. Abro a porta do apartamento.

Natasha: de quem é esse apartamento?_ pergunta curiosa.

Ariel: esse apartamento é meu. Comprei._ digo sendo meio vago.

"Não era nem para ela saber da existência desse lugar, quem dirá como eu consegui ele." Penso.

A cada dia que passo ao seu lado percebo o quão ferrado eu vou estar quando isso chegar ao fim. Pego a sua mão e a levo até a varanda, aonde tem o chão feito de vidro muito reforçado.

Quando chagamos ela viu o chão e agarrou o meu braço me fazendo rir.

Ariel: vai ter que confiar em mim. Essa é a melhor vista que você vai ver em toda a sua vida._ digo e então ela olha para o vidro e depois para mim. Vejo o momento em que ela engole em seco e segura a minha mão forte e me deixa guia-lá até a varanda.

De mãos dadas, e olhando para o horizonte onde o sol já estava prestes a nascer. Seu medo desaparece aos poucos e em seu lugar vem admiração.

Ariel: valeu a pena?_ pergunto do seu lado vendo o seu rosto.

Natasha: sim... valeu muito a pena._ diz admirando a paisagem.

Depois de longos minutos, a informei que tínhamos que voltar para a escola, só para não termos problemas futuros, e assim foi. Saímos do meu apartamento levando alguma comida para o caminho é assim fomos...

O caminho de volta foi tranquilo, deixei Natasha dormir um pouco e eu dirigia tranquilamente, olhando para a estrada e com o pensarem na garota-menina que estava adormecida no banco a o lado do meu. Toda vez que penso nela não consigo não sorrir.

[...]

Na "manhã seguinte" foi normal, alunos moscando nas aulas, professores brigando. Rotina em qualquer colégio. Se vocês acham que seria diferente aqui só por que só tem gente rica, está muito enganado.

A única coisa que não temos aqui é porradaria, afinal, se qualquer um deles quebrassem a unha já iam chorando para o papai. Os Albuquerques eram quem quebrava essa "regra".

Eles tinham personalidade, eram marrento, e ao mesmo tempo tinham classe. Natasha também tem isso, porém é toda delicada, é encantadora.

Assim que acabou as aulas fui logo para o porão, Natasha teria mais um aula agora. Até eu teria pode-me a professora entrou em trabalho de parto e tudo mais. Então... aula vaga.

Assim que me jogo no sofá do porão pego o meu celular e começo a ler as mensagens. A maioria do meu tio perguntando como está sendo. E teve até mesmo algumas do Senhor Albuquerque dizendo para eu tomar conta da filha dele.

O básico de sempre.

Porém uma me chamou muita atenção. Tais T Ryan.

"Não a machuque, idiota. Ela gosta de você."- Tais.

Engulo em seco.

"Na balada você não parecia querer falar comigo, o que aconteceu?"- Ariel.

"Natasha Albuquerque é minha amiga, e ela acredita muita na tradição. Não se faca de burro Ariel, pois burro você não é. Se o pai dela descobrir que a filhinha dele está apaixonada pelo segurança que ele contratou para cuidar dela, você está fudido"- Tais.

"Eu sei."- Ariel.

Me limito. Tais sempre sabe o que eu sinto ou o que eu planejo fazer, essa guria parece até o capiroto.

"Não a machuque, estou te falando sério."- Tais.

"Desde de quando você se importa com garotinhas filhinhas de papai?"- Ariel.

"Desde de que Natasha Albuquerque é diferente. E você já sabe disso. Estou falando sério, ela é importante para mim, se você a machucar eu mesma te ferro."- Tais.

Reviro os olhos.

"Eu nunca a machucaria, e você tem noção disso."- Ariel.

Deixo o meu celular de lado assim que mando essa ultima mensagem. Tais tem o dom de me tirar do sério. Parece até o seu hobby.

O som de passos dedura que tem alguém vindo para cá, não me preocupo em levantar, o seu cheiro já fiz quem é.

Ariel: você não deveria estar assistindo a sua aula?_ pergunto sem preocupar em olhá-la.

Natasha: ela estava entediante._ diz se sentando no sofá, a olho.

Ariel: já te falaram que você é a ovelha negra da família?_ pergunto um tanto que curioso.

A garota a minha frente franze o cenho.

Ariel: ovelha negra nem sempre quer dizer que você é mal, só que quer dizer que você não é igual a todos._ digo e ela parece refletir.

Natasha: não sou tão diferente assim deles. Sou apenas a mais educada._ diz dando de ombros.

Como já devem saber a minha família tem um gênio... digamos, forte. Tudo bem que eu também tenho, apenas sei controlar com mais facilidade.

Quando ele ia falar alguma coisa meu celular tocou. Era minha mãe.

Natasha: oi mãe.

Bruna: Natasha meu bebezinho! Por que não nos deu notícia?! Esqueceu que tem pai e mãe? Aposto que foi uma certa pessoa que te fez esquecer da existência de nós.

Gabe: vire essa boca para Bruna!

Dou uma risada. E olho para Ariel que me olha com atenção.

"Acho que sim, hein mãe..."

Uma garota tanto quanto que patricinha - L05Onde histórias criam vida. Descubra agora