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Feliz natal pessoal ❤️

Ariel narrando:

"Eu mesmo vou até lá falar com o teu pai, dizendo que eu namoro a filha dele e que ele não pode fazer absolutamente nada para mudar." Diz namorado secreto de Natasha Albuquerque, filha do grande Gabriel Albuquerque.

É essa reportagem passava em todos os canis, até mesmo em canal de esporte!

A televisão foi desligada e eu fico tenso, mais do que eu já estava. O senhor Albuquerque me olha com um olhar duro e meu tio estava ao seu lado.

Não tiro sua razão de estar bravo comigo.

Eu estava numa espécie de interrogatório bem dura, eu, sentado numa cadeira enquanto na minha frente estava uma televisão onde passava as reportagens onde insinuavam que eu e a Albuquerque estávamos namorando. Gabriel e meu tio estavam do lado da televisão me olhando com um olhar mortal.

- Eu tenho plena noção do motivo de eu ter contratado você, Ariel.- Começou a falar Gabriel. - Você sabe o motivo?

- Para a proteção de sua filha, Natasha Albuquerque. Sem que ela saiba. - Falei num tom sério e profissional, como eu sempre era na presença de Sr. Albuquerque e do meu tio.

- Ótimo, então você não é tão burro quanto achei que era quando eu assisti pela primeira vez essa reportagem.- Falou e a irritação em sua voz era nítida.

Meu tio nada dizia o que era típico, conhecendo bem ele, meu tio apenas abriria a boca para falar comigo quando estivéssemos a sós. E podem ter certeza, eu escutaria muita coisa que esse homem está se segurando para não falar.

- Senhor Albuquerque...- Tento dizer porém ele não permite nem que eu termine de pronunciar essa frase, que logo me corta.

- Você foi contratado e manipulado para ser colega de quarto da minha única filha. Não é para você nem ser amigo dela, apenas ficar próximo a ela para que não arrumasse confusão, ou simplesmente observar!- Fala irritado com o olhar fixo em mim. - Não é para você ser amigo, não é para você encostar na minha filha, não é para você ficar com ela, não é para você tocar num fio de quer do cabelo dela, quem dirá namorar com a minha filha!

Ok, agora me irritou.

- Olha senhor Albuquerque, sei muito bem o que tenho que fazer naquele colégio. Sei as minhas obrigações.- Falo firme. - Natasha sabe muito bem tomar suas próprias decisões. E nós não estamos namorando! Nunca rolou absolutamente nada entre nós dois.

Ignorei legal quando Natasha me beijou pela primeira vez, quando ficamos de mãos dadas numas das nossas fugas, quando nós nos beijamos quando quase fomos pegos por estar escutando conversa alheia, quando dormimos juntos por medo. Eu ignorei, porém não esqueci.

Absolutamente Gabriel Albuquerque não precisa saber de nenhum desses ocorridos. Não mesmo.

O olhar raivoso permanecia em minha direção.

- Você não me engana Ariel. Quero você longe da minha filha, não quero mais você nem chegando perto dela, escutando a voz ou qualquer contato com ela. Vou ligar agora para a coordenação da escola, você não vai ficar mais um dia se quer no mesmo quarto, no mesmo andar na mesma sala que ela.- Falou e eu não já não sabia o que estava sentindo, raiva? Um pouco, é compreensível, porém não entendo tristeza que logo invade o meu corpo e aperta meu peito com brutalidade, o ar me falta porém tento não demonstrar isso para ele.- Quero você apenas de olho no que minha filha está aprontando. Não é para vocês terem qualquer contato. Estamos entendidos?

Balanço a cabeça com o maxilar trincado.

- Estamos, senhor Albuquerque. - Falo tremendo de raiva.

Eu não queria ficar longe da Natasha. Não queria mesmo. Mesmo eu não admitindo, gosto dela. Gosto de ficar perto dela, gosto do humor dela, não posso simplesmente sumir assim da vida dela.

- Na verdade eu não vou fazer o que você quer.- Assim que falei isso o senhor Albuquerque me olhou com olhar um tanto quanto assustador.

-Como é que é?

- Isso mesmo que o senhor escutou, eu não vou me afastar da sua filha, eu gosto dela, ela aparentemente gosta de mim, então não vou me afastar dela.- Falei tudo isso sem demonstrar o medo que eu sentia.

Não, eu não sei se a princesinha sente o mesmo que eu, mas eu espero muito, porque não sei se ia conseguir ficar longe dela.

- Natasha sabe muito bem o que é o melhor para ela.

- E você acha que você é o melhor para a minha filha?- Perguntou com um ar de superioridade.

- Acho que não sou eu ou você quem decide isso. Como já disse antes, essa escolha é da Natasha.- Digo de braços cruzados.

- Você sabe melhor que ninguém sabe que minha filha merece alguém melhor que um segurança que eu contratei para vigia-la.- falou tudo isso olhando em meus olhos, e uma parte de mim sabia muito bem que o que ele esta falando é a mais pura verdade.

- Eu...

- Segurança...?

Não.

Não. Não. Não.

Isso não pode estar acontecendo. Não agora.

Olho para a direção do escritório da grande mansão Albuquerque e lá esta ela. Minha linda princesinha, com uma linda saia rodada vinho e com a parte decima preta. Seu lindo olhinhos estavam marejados.

Isso partiu o meu coração.

- É por isso que sempre esta tentando me proteger? Obvio que é, afinal é o seu trabalho.- falou decepcionada.

- Filha...- senhor Albuquerque tenta se aproximar, mas Natasha da um passo para trás.

-Não. Você tinha o direito.

- Natasha...- tento dizer mas paro assim que ela olha para mim, e uma lágrima desce e meu peito aperta.

- É senhorita Albuquerque, para você, afinal, você é um contratado do meu pai.- quando ela fala isso, meu peito aperta ainda mais, e fico com uma súbita vontade de chorar.

Não tendo coragem de falar nada, calo-me.

- Não quero ficar aqui, estou voltando para a escola.- Fala saindo do escritório.- Você deveria me acompanhar, afinal, é seu trabalho de segurança.

- Filha...

- Não.

De cabeça baixa eu caminho atrás de Natasha.

Uma garota tanto quanto que patricinha - L05Onde histórias criam vida. Descubra agora