Miri e Kate

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Na Terra, o computador central testemunhara a derrocada de seu aprendiz, Marcinho Vip. A imagem queAluah utilizava sorrira. Tudo estava acontecendo conforme havia sido planejado por ele. Agora, deveria desaparecer.

Enquanto isso, Kate correu em direção a Ed junto com um grupo de agentes para desamarrá-lo. Chegando perto dele, tentou despertá-lo gritando. Quando a moça, finalmente, o alcançou após subir na árvore, percebeu que ele não estava lá. Seus agentes afirmaram que Ed simplesmente desaparecera. Era como apagassem uma luz.

– Um holograma! Ed, na realidade, nunca esteve aqui! Apenas uma imagem dele! – gritou Kate.

Anne estava encaminhando o caixão com Vip para um dos Apache quando percebeu que o céu escurecera. Olhou para cima e viu uma enorme espaçonave surgir do nada. Lá de dentro, através de uma enorme tela, Ed observava tudo o que acontecia lá fora. Batia com força nos vidros para tentar sair dali e avisar que estavam caindo em uma armadilha, mas, obviamente, não era ouvido. Ed abaixou a cabeça e foi encarar os corpos dos dois índios que estavam ao seu lado pela décima vez, mas, repentinamente, eles não estavam mais ali, e sim do lado de fora, sendo controlados pelo computador central. Uma porta foi aberta e eles saltaram com armas de raios, disparando em todos.

– Corra, Anne, é uma armadilha! – gritou Kate, que já começava a disparar naquelas criaturas que mais pareciam restos de gente, pálidos e andavam feito robôs. Não fosse a sua realidade, pensaria que estava no meio de um apocalipse zumbi. As balas atravessavam seus corpos, mas nada lhes causava.

– Kate, corra para trás da árvore, eu tenho um plano! – gritou Anne, pegando um C-4 e um detonador. – Vamos ver se eles são indestrutíveis.

Harrison procurava distrair os zumbis enquanto Anne executava seu plano. De trás do carro, disparava nos mortos-vivos, que somente andavam para frente e atiravam no que quer que se mexesse. Então, Anne correu por trás deles e lançou um tijolinho de C-4 com detonador de segundos. Em três segundos, uma pequena detonação os explodira, fazendo toda a carne sair de um esqueleto que não era humano, mas todo de metal. Mesmo sem cabeça, o mecanismo hidráulico funcionava, e pernas, pés, mãos e troncos continuavam a andar. A cena deixou até mesmo Keane, que observava tudo da base aérea, perplexo.

– Meu Deus, Sheppard, com o que estamos lidando agora? – perguntou ao general, que acompanhava tudo ao seu lado.

– Como se você estivesse vendo alguma novidade, Keane.

– Essa coisa do esqueleto de metal é novidade!

– Hunf! – resmungou. – Não para alguém do meu nível de segurança. Mas deixe isso para lá!

Kate, Anne e Harrison corriam para todos os lados, buscando meios de explodir os esqueletos de metal que, mesmo sem cabeça, davam tiros certeiros.

– Não dá para se esconder! – gritou Anne.

– Eles devem ser orientados por algum detector de calor. Você está com o rádio? – perguntou Kate.

– Sim, estou!

– Então chame o outro Apache! Detesto destruir esta praça, mas não tem outro jeito.

Anne chamou o Apache, que metralhou os esqueletos para detê-los, mas sem sucesso. O mesmo não se pôde dizer da espaçonave, que disparou raios em direção ao Apache, que, por pouco, não caiu. Oscilando, a aeronave abandonou os três agentes à própria sorte, deixando a caixa na qual Vip continuava adormecido ainda no chão, ao lado do outro Apache, cujo piloto aguardava orientações.

Os Sóis de LarOnde histórias criam vida. Descubra agora