Nove Meses Para Matar

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   Nos dois meses seguintes, Ester viveu um conto de fadas, os amantes se encontravam em todos os lugares possíveis a qualquer hora do dia, bastava uma oportunidade e o sexo acontecia, intenso e selvagem. Ester passou a explorar mais a sua sensualidade a partir de então, passando a comprar lingeries sensuais em sites de sex shop e usar maquiagens fortes com a intenção de agradar seu amante e patrão.

Em uma tarde, surpreendeu Roger, despida no banheiro privativo do advogado, sentada na pia, se masturbando com um vibrador. Roger, com um tesão indizível, se aproximou, com a calma de sempre, e, astuto, começou a pincelar o clitóris da jovem. Estava um tanto que ansioso, pois uma cliente o aguardava na sala para uma reunião. A reunião foi logo encerrada por ele, a partir de uma mensagem para Laura, dizendo que não se encontrava bem do estômago. Os dois então se atracaram no banheiro como animais sedentos por prazer, Roger penetrava Ester com tanta fúria que por pouco não foram descobertos pela própria Laura que adentrou à sala para pegar alguns documentos solicitados pelo doutor Callamar. Para explicar os gemidos vindos do banheiro, Roger comentou com Laura como estava mesmo ruim do estômago.

O risco de serem pegos era grande, mas excitava o casal de amantes. Em uma ocasião, Roger usou como desculpa o encontro anual de advogados para fazer uma viagem para um resort de luxo no litoral do Ceará, na companhia da amante. Foram os dias mais felizes da vida de Ester. Passeou, mergulhou, comeu os melhores pratos típicos do Estado e finalmente passou as noites nos braços do amado. Como forma de recompensá-lo pela viagem, fez uma depilação completa no SPA do hotel, comprou gel lubrificante e um vibrador. Aguardou Roger nua na cama com as pernas bem abertas e o gel lubrificante entre elas. Roger enlouqueceu com a visão daquela boceta completamente depilada. Arrancou as roupas e em um movimento rápido, a virou de quatro e a penetrou. A bunda lisinha empinada foi a perdição para ele, lambeu com desejo dando o famoso beijo grego. Ester rebolava pedindo mais. Roger encheu a mão de lubrificante, penetrou um dedo de cada vez enquanto metia na boceta encharcada, fazendo o mesmo com o vibrador. Ester sentiu um prazer tão grande, duplamente penetrada. Eram tantas sensações em tantos lugares que o gozo começou a se formar, aquela sensação indescritível vindo, Roger notou e de uma vez retirou o vibrador e penetrou o cuzinho da amante com seu pênis grande e ereto. Ester caiu em um abismo, os espasmos no corpo foram tão intensos que mal percebeu Roger chegando ao clímax.

Aquilo tudo era uma experiência voraz que atiçava os seus nervos. À noite , no pensionato seu corpo trepidadava ao colchão. Um forte anseio crescia em seu seio. Precisava se tocar com as trocas de fotos íntimas com seu amante, então seus dedos alisavam os seios, pontilhando maliciosamente. Os gemidos eram abafados pelo travesseiro na cara, evitando desconfianças das colegas de quarto. Quando o gozo vinha, espalhava ele pelo o seu corpo chamando pelo o nome de Roger .

Ester evitava conversar com Camila, com medo de romper a bolha de ilusões que criou, ignorava as mensagens e ligações da amiga. A última vez que se encontraram foi no consultório da ginecologista de Camila, quando após uma rápida conversa com a médica da amiga, às escondidas desta, esta lhe  prescresveu um anticoncepcional com rigorosas orientações. O uso diário da medicação propiciou uma falsa ilusão aos amantes de proteção para situações indesejadas.

As mentiras também se tornaram uma constante na vida de Ester, e enganava a família sem remorso. As vezes exigia dinheiro dizendo que precisava para comprar materiais quando que na verdade eram para os seus cosméticos e roupas extravagantes.

O sr Antonio, sempre muito discreto, notou as mudanças de Ester. A moça, outrora simpática e educada, passou a ser arrogante e indiferente. As roupas ficaram mais justas e decotadas, algumas pareciam caras pelo olhar do simples vigia. Todos os dias a via chegar em um carro luxuoso com vidros peliculados. Como tinha o costume de decorar placas de carros, fez isto com este. Agradecia ter uma boa memória. Ficou mais atento e em dúvida se deveria ou não alertar os donos do pensionato.