Capítulo Dois

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Nos vemos lá em baixo!

*

Kihyun ainda se sentia estranho. Se lhe perguntassem como haviam sido as primeiras aulas do primeiro dia na universidade, ele certamente não saberia responder.

Ao findar do primeiro turno, ele e Jeonghan caminharam até o bloco seis para encontrar Jeongyeon. Kihyun chegou a estranhar o como era fácil conversar com o outro garoto, e foi por esse motivo que ele teve certeza de que ele e sua amiga se dariam muito bem.

Não poderia estar mais certo.

Estava tão certo que logo se arrependeu de tê-los apresentado, por que eles desataram a falar sobre a suposta festa que os veteranos da república haviam divulgado de sala em sala. Jeongyeon parecia tão animada enquanto falava sobre aquilo, que Kihyun se sentiu um médium capaz de prever o futuro.

Eles estavam no refeitório da universidade, onde a comida era boa e barata demais, sentados no fim de uma das longas mesas brancas (que pareciam pequenas demais para as pernas de Jeonghan), e Kihyun havia acabado de começar a mastigar o segundo pedaço de porco quando o garoto virou para ele.

— Você vai? — Embora fosse ele quem perguntasse, os olhos de Jeongyeon apresentaram expectativas demais, e Kihyun, bastante concentrado na comida mas não o suficiente para não saber do que ela falava, preferiu fingir confusão para evitar a pergunta que sabia que viria. — Na festa. Você vai?

Ele terminou de mastigar o porco e encarou os dois.

— Obviamente não. — Jeongyeon desviou o olhar e suspirou, conformada. Jeonghan, no entanto, parecia esperar por uma justificativa boa o suficiente. — Sabe-se lá o que acontece nesse tipo de lugar.

— É uma festa. — Disse, dando de ombros. — O que vai acontecer lá é óbvio, mas você não precisa fazer o que os outros fazem.

— Eu perguntei aos outros alunos... aparentemente a festa acontece na república mesmo. — A forma com a qual Jeongyeon falava soava como uma apresentação de seminário. Jeonghan observava tudo enquanto tentava não rir. — É uma das repúblicas mais conhecidas da cidade, sabe? As coisas sempre acontecem por lá. Parece que o Shownu é o líder e...

— Tofu, você sabe que a fama das repúblicas não é nada boa. — Kihyun sacode a caixinha de suco antes de furar o lacre com um canudo.

— Tofu? — Jeonghan sussurra para a garota, que responde no mesmo tom.

— Por causa do meu tom de pele. Longa história.

— ...E você sabe como é em casa e por que eu não vou à esse tipo de lugar... primeiramente por que eu odeio lugares cheios, depois...

— A sua mãe. — Ela suspira. — Eu entendi. Eu sabia que você negaria, mas eu fiquei muito curiosa, Ki. — Ela diz, fazendo uma cara pidona que faz Kihyun revirar os olhos. — Eu queria ir, e a gente sempre está tão junto... nós só iriamos dar uma olhada e vir embora, nem ficaríamos muito... sabe?

Kihyun arqueia uma das sobrancelhas.

— Você pode ver as fotos depois. — Ela bufa e Jeonghan dá uma risada baixa.

— Não seria a mesma coisa. — Ela se inclina direção de Kihyun e o garoto vai um pouco para trás, sabendo como tudo aquilo terminaria. — Por favor? Ninguém vai ficar sabendo.

— Deus vai ficar sabendo. — Ela faz um bico e Kihyun sente todo o peso de tanto tempo de amizade. — Ir para esse lugar é abrir uma brecha para coisas ruins entrarem, Jeong.

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