Capítulo Vinte e Sete

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Eu ouvi você dizer "atualização dupla"????

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Nos vemos lá em baixo!

*

Kihyun disse "sim".

Changkyun sequer perguntou para que lugar iriam, apenas se levantou e o acompanhou silenciosamente enquanto atravessavam o campus para irem até a área mais afastada, onde a clínica escola se localizava.

Era uma construção térrea, mas grande, que possuía duas entradas principais: a de alunos e a de clientes. Kihyun seguiu as instruções de Jeongyeon e parou na frente da segunda entrada, analisando a porta de vidro como se analisasse se entrava ou se fugia.

— Não é tão ruim quanto parece. — Changkyun comentou, quando notou a insegurança alheia. — Eles não te forçam a nada e vão ficar em silêncio se você não tiver nada para falar.

— Você já fez terapia antes?

Changkyun assentiu fracamente e levou os dedos finos até as costas de Kihyun para acariciar levemente, exatamente como Hyungwon tinha feito consigo quando o convenceu a visitar um terapeuta pela primeira vez.

— E você parou? — Ele assentiu mais uma vez. — Por que?

O tatuado sorriu fraco.

Por que não havia sido uma escolha minha. — Deu de ombros e olhou Kihyun nos olhos. — Estarmos aqui é uma escolha sua?

Kihyun assentiu uma única vez.

— Então, ao contrário de mim, você tem coisas que quer falar.

O mais velho o olhou uma última vez.

Então entrou.

*

A estudante veio buscá-lo na sala de espera. Kihyun analisou como ela parecia feliz em ter alguém para ouvir, observou a postura polida e profissional embora ela continuasse sorrindo, se mostrando extremamente familiarizada enquanto caminhava pelos corredores da clínica-escola.

Jihyo, como havia se apresentado, era uma menina muito bonita. Os olhos castanhos eram grandes e brilhantes e ela tinha uma voz calma que deixava Kihyun muito mais tranquilo sem que ela precisasse fazer muita coisa.

E naquele momento, o Yoo compreendeu o que queria dizer a palavra vocação. Jihyo havia nascido para estar naquela profissão.

E Kihyun quis renascer para ocupar tão bem uma posição como ela ocupava aquela.

Ela abriu uma porta depois de andarem durante alguns segundos e sorriu antes de indicar para que ele entrasse. A sala era clara, possuía duas poltronas, uma mesa e um divã; existiam travesseiros e um cobertor limpos aos pés do móvel, e ela disse que ele podia sentar onde quisesse.

Ele se sentou no divã e ela sorriu em sua direção.

Kihyun foi incapaz de não devolver o sorriso.

— Você pode se deitar se quiser. — Ela também se sentou em uma das poltronas. — Bem, Kihyun-ssi... — Ela começou, ainda sorrindo. — Como nós somos uma clínica escola, é importante que eu comece te dizendo que eu sou uma aluna. Estou no último ano de psicologia e vou seguir o tratamento com você até o momento da formatura, tudo bem? — Ele assentiu. — Eu também gostaria de saber se existe algum problema para você ter essa conversa registrada para trabalhos universitários posteriores. Ninguém além de mim e minha supervisora teremos acesso a essa gravação, e-

BRING THE HEAVEN | changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora