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Nos vemos lá em baixo!
*
E Kihyun não fugiu.
Quando tudo acabou, os corpos estavam tão cansados que não houve nenhum protesto quando se aninharam lado à lado, os corpos aconchegados um no outro de uma forma extremamente confortável. Changkyun afundou o nariz na curva do pescoço alheio, fungando a pele ainda suada, mas incontestavelmente cheirosa, beijando-a logo em seguida.
Kihyun, se sentindo vivo como não se sentia à muito tempo, beijou os cabelos do mais novo e sorriu.
— Você não saiu correndo. — Changkyun sussurrou, abraçando o corpo de Kihyun e puxando-o para mais perto.
— Não. — Ele respondeu. — Eu estou sinceramente cansado de fugir de você.
— Você cedeu pela exaustão?
— Eu cedi pela vontade absurda de você. — A voz era tranquila como nunca antes. — Você me disse muitas coisas hoje. Talvez esse não seja o melhor momento, mas tem algo que eu também quero te contar e eu não sei se vou ser tão corajoso mais uma vez.
— É importante?
Kihyun lambeu os lábios e assentiu devagar.
— Vai te ajudar a entender por que eu tentei fugir.
Changkyun o olhou por dois segundos e se moveu na cama. Ele se sentou, encostando as costas contra a cabeceira e puxou Kihyun até que ele se sentasse em seu colo, uma perna de cada lado do quadril estreito.
Ele acariciou o rosto bonito e assentiu.
— É sobre meu primeiro namorado. — Changkyun não deveria ficar tão surpreso, mas ficou. Ele franziu o cenho e desceu as mãos até elas estarem na cintura do outro homem.
— Eu não imaginei que você já tivesse se relacionado com homens antes...
— Foi por me relacionar que eu passei a ter tanto medo de fazer de novo. — Ele sorriu e pegou uma das mãos do mais novo, brincando com os dedos tatuados. Era a primeira vez que ele contava aquilo para alguém de forma tão direta. — Ele se chamava Yoongi. Nós tínhamos dezesseis anos.
Então, ele explicou toda a história. Contou sobre tudo o que havia acontecido, desde quando ele era criança até o momento que reencontrou Yoongi através de uma rede social. Ele falou sobre como foi o primeiro beijo, a primeira vez (que foi também a única) e sobre como eles mataram várias aulas para fugirem até a rodoviária e se verem durante a semana.
Ele explicou como era namorar um menino, quais eram seus pensamentos, sentimentos e ansiedades, contou como havia se sentido em cada situação até o momento que ele teve que falar sobre como tudo acabou.
— Um dia eu esqueci o computador ligado. — Ele lambeu os lábios, ansioso. — Não teria tido nenhum problema, mas as minhas contas continuaram logadas e a minha mãe precisou acessar para procurar uma receita... nisso o Yoongi me piscou para perguntar alguma coisa. — Ele sorriu de canto. — Minha mãe rodou a conversa pra cima e viu tudo.
Changkyun franziu o cenho, confuso.
— Minha mãe é uma religiosa fanática. Ela não era como hoje, mas sempre foi extremamente envolvida com a igreja... na época ela não exigia isso da gente, mas depois disso, virou uma fixação. — Ele ainda brincava com os dedos alheios, como se tentasse fugir da situação através dos movimentos lentos. — Ela marcou um encontro com o Yoongi. Falou que a casa estaria vazia e que ele podia ir. Quando ele apareceu lá num sábado, eu fiquei confuso sobre o por que ele havia aparecido sem avisar, mas ele parecia tão tranquilo... meu pai é caminhoneiro e viaja muito, então ele de fato não estava em casa, mas eu não sabia por que minha mãe e meu irmão também não estariam lá.
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BRING THE HEAVEN | changki
FanfictionYoo Kihyun era um bom garoto. Nascido e criado em um ambiente altamente religioso, ele havia desistido de sua liberdade quando percebeu que possuía pecados grandes demais para sua força de vontade. Por isso não seria surpresa que Changkyun, um vete...