Capítulo Trinta e Dois

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Nos vemos lá em baixo!

*

E Kihyun não fugiu.

Quando tudo acabou, os corpos estavam tão cansados que não houve nenhum protesto quando se aninharam lado à lado, os corpos aconchegados um no outro de uma forma extremamente confortável. Changkyun afundou o nariz na curva do pescoço alheio, fungando a pele ainda suada, mas incontestavelmente cheirosa, beijando-a logo em seguida.

Kihyun, se sentindo vivo como não se sentia à muito tempo, beijou os cabelos do mais novo e sorriu.

— Você não saiu correndo. — Changkyun sussurrou, abraçando o corpo de Kihyun e puxando-o para mais perto.

— Não. — Ele respondeu. — Eu estou sinceramente cansado de fugir de você.

— Você cedeu pela exaustão?

— Eu cedi pela vontade absurda de você. — A voz era tranquila como nunca antes. — Você me disse muitas coisas hoje. Talvez esse não seja o melhor momento, mas tem algo que eu também quero te contar e eu não sei se vou ser tão corajoso mais uma vez.

— É importante?

Kihyun lambeu os lábios e assentiu devagar.

— Vai te ajudar a entender por que eu tentei fugir.

Changkyun o olhou por dois segundos e se moveu na cama. Ele se sentou, encostando as costas contra a cabeceira e puxou Kihyun até que ele se sentasse em seu colo, uma perna de cada lado do quadril estreito.

Ele acariciou o rosto bonito e assentiu.

— É sobre meu primeiro namorado. — Changkyun não deveria ficar tão surpreso, mas ficou. Ele franziu o cenho e desceu as mãos até elas estarem na cintura do outro homem.

— Eu não imaginei que você já tivesse se relacionado com homens antes...

— Foi por me relacionar que eu passei a ter tanto medo de fazer de novo. — Ele sorriu e pegou uma das mãos do mais novo, brincando com os dedos tatuados. Era a primeira vez que ele contava aquilo para alguém de forma tão direta. — Ele se chamava Yoongi. Nós tínhamos dezesseis anos.

Então, ele explicou toda a história. Contou sobre tudo o que havia acontecido, desde quando ele era criança até o momento que reencontrou Yoongi através de uma rede social. Ele falou sobre como foi o primeiro beijo, a primeira vez (que foi também a única) e sobre como eles mataram várias aulas para fugirem até a rodoviária e se verem durante a semana.

Ele explicou como era namorar um menino, quais eram seus pensamentos, sentimentos e ansiedades, contou como havia se sentido em cada situação até o momento que ele teve que falar sobre como tudo acabou.

— Um dia eu esqueci o computador ligado. — Ele lambeu os lábios, ansioso. — Não teria tido nenhum problema, mas as minhas contas continuaram logadas e a minha mãe precisou acessar para procurar uma receita... nisso o Yoongi me piscou para perguntar alguma coisa. — Ele sorriu de canto. — Minha mãe rodou a conversa pra cima e viu tudo.

Changkyun franziu o cenho, confuso.

— Minha mãe é uma religiosa fanática. Ela não era como hoje, mas sempre foi extremamente envolvida com a igreja... na época ela não exigia isso da gente, mas depois disso, virou uma fixação. — Ele ainda brincava com os dedos alheios, como se tentasse fugir da situação através dos movimentos lentos. — Ela marcou um encontro com o Yoongi. Falou que a casa estaria vazia e que ele podia ir. Quando ele apareceu lá num sábado, eu fiquei confuso sobre o por que ele havia aparecido sem avisar, mas ele parecia tão tranquilo... meu pai é caminhoneiro e viaja muito, então ele de fato não estava em casa, mas eu não sabia por que minha mãe e meu irmão também não estariam lá.

BRING THE HEAVEN | changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora