Capítulo Sete

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Nos vemos lá em baixo!

*

Mesmo que ninguém soubesse, Changkyun não havia mentido para Wooki quando disse que tinha um compromisso naquela segunda-feira. Depois do almoço ele ainda participou de duas grades, fez anotações importantes e tirou dúvidas, mas não ficou para as três últimas aulas.

Ele saiu pela entrada da frente e cogitou fumar um cigarro antes de tirar o capacete do bagageiro da moto, mas se lembrou que ela não gostava de quando ele fumava, então desistiu.

O Im montou na moto que havia comprado com o dinheiro das corridas ilegais e sua rota foi tranquila até parar no supermercado mais próximo para escolher alguns doces antes de seguir na estrada que ligava Mulbang-ul à Sunsuhan. A velocidade fez com que ele chegasse no destino em apenas vinte minutos, quando toda a viagem levaria quarenta e cinco se ele andasse de uma forma segura.

Mas há muito ele não se importava com isso, afinal nunca havia se sentido seguro de fato.

Ele deixou a moto no estacionamento de uma pequena venda e seguiu à pé por cinco quarteirões até encontrar a casa que buscava. Changkyun pulou o muro baixo e se esgueirou sorrateiramente até estar de na entrada de trás, então ele enviou uma mensagem pelo celular e aguardou até ouvir o som da porta sendo destrancada.

A mulher que abriu o puxou para um abraço instantaneamente e o mais novo não fez nada além de afundar o rosto na curva do pescoço cheiroso para retribuir o contato. Ele olhou para os lados, verificando se o ambiente era seguro e a puxou para dentro, trancando novamente a porta em seguida. O horário era conveniente e ele não havia matado as últimas aulas por qualquer motivo.

Afinal, ele estava trabalhando nesse horário.

— Que saudade de você, meu amor. — A mulher o abraçava com força e distribuía inúmeros beijos por todo o rosto. Os cabelos lisos e escuros estavam presos em um rabo de cavalo baixo, o corpo estava mais magro e ela possuía alguns hematomas nos braços. Changkyun percebeu isso e seu coração doeu. — Você está bem? Tem comido certinho?

— Uhum. — Ele murmurou e a apertou mais forte. — Eu queria ter vindo antes...

— Tudo bem, você veio agora. Nós nos falamos bastante nos últimos meses, você sabe.

— Eu me preocupo. — Sussurrou. — Odeio a senhora sozinha com aquele animal.

Sangah se afastou um pouco do garoto para segurá-lo pela lateral do rosto e olhá-lo profundamente. Ele havia mudado bastante desde que havia saído de casa, mas ainda continuava sendo a pessoa que mais amava no mundo.

A mulher beijou-lhe a ponta do nariz e sorriu, decorando cada novo traço.

— Eu estou bem, bebê. — Respondeu, mas Changkyun sabia que era mentira. — Eu amo você, Changkyun. Você sempre se lembra disso, não se lembra?

— Eu me lembro, omma. Eu também te amo. — Ele sorriu pequeno e entregou a sacola de supermercado à ela. — Comprei chocolate. A senhora me disse que estava com vontade...

— Ele disse que eu estava engordando. — Deu de ombros, e abriu a primeira barra. — Me proibiu de comer doces e passou a verificar os cupons fiscais para ter certeza de que eu não estava comprando. Teve um dia que ele encontrou uma embalagem na lixeira...

— Por isso os braços roxos? — A mulher sorriu e deu de ombros, incapaz de falar enquanto mastigava o doce. — Eu preciso te levar embora.

BRING THE HEAVEN | changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora