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Nos vemos lá em baixo!
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Yoo Kihyun fez o em-nome-do-pai assim que atingiu o interior da paróquia. Ele cumprimentou uma freira que limpava a imagem de nossa senhora e se ajoelhou de frente a imagem de Cristo crucificado, repetindo o gesto antes de escolher uma das fileiras longas de bancos e se ajoelhar para fazer uma prece silenciosa, segurando o terço entre os dedos pequenos.
Ele pediu que Deus o livrasse do mal e o desse forças para fugir do pecado. Aquela sempre era sua oração e parecia que vinha sendo provado, por que todos os dias ele se perguntava se o Criador o achava de fato tão forte à ponto de o colocar no mundo com uma provação tão grande.
Por que ele sabia que nunca teria feito aquela escolha se a tivesse.
Ele beijou a cruz do terço e se curvou à imagem mais uma vez antes de caminhar até a sala do padre Dong. Há muito ele não se confessava como os outros fiéis, pois o homem considerava seu caso especial, preferindo atende-lo diretamente no escritório, olhos nos olhos, os pecados escancarados e às claras.
Ele bateu duas vezes e o padre permitiu que ele entrasse. Dong era um homem de meia idade que possuía face e comportamento rigorosos demais para um serviço onde a gentileza deveria ser a principal conduta, e no início do tratamento Kihyun sentia muito medo dele. Havia sido levado até lá aos dezesseis anos de idade quando tudo aconteceu, chorando enquanto implorava por um perdão sincero, com o rosto marcado por um tapa e o coração partido em mil pedaços por um pecado que ele sabia que não poderia controlar sozinho.
Desde então, estar naquela sala fez parte de sua rotina.
— Confessai seus pecados uns aos outros... — o padre iniciou.
— Para que sejais também perdoados pelo pai. — Kihyun completou. — Sua bênção, padre.
— Deus te abençoe, filho. Sente-se. — O homem sorriu do mesmo jeito engessado e cruzou os dedos em frente ao corpo. O terço pesado de madeira pesava sob o terno preto, desenhando um caminho pela gola branca que marcava o serviço prestado à Deus e à comunidade de Sunsuhan. Ele olhou Kihyun profundamente. — Como andam as coisas?
— Bem, Padre. — O mais novo prendeu os olhos no pote de canetas que sempre estava sobre a mesa escura. — A faculdade anda cansativa, mas recompensadora.
— Nenhuma novidade sobre suas relações?
Kihyun odiava aquela pergunta. Ele sabia muito bem o que ela implicava e apenas não se sentia confortável para falar sobre isso. Nunca se sentia confortável para falar sobre qualquer coisa com aquele homem, mas ele lhe prometera uma cura e o Yoo se agarrava à essa esperança ainda que ela parecesse vir à passos lentos demais.
— Fiz boas amizades.
— É mesmo? — O sorriso engessado lhe deixava ansioso. — Além do garoto da sua sala?
— Os veteranos têm sido gentis. Eu me sinto grato. — A resposta polida demais chamou atenção de Dong.
— Existem homens? — Kihyun assentiu devagar. Estava ficando ansioso e sabia que o outro homem notaria. — E você conhece a conduta deles?
— Não falo sobre isso com eles.
"Não falo sobre isso com ninguém".
— Eles têm algo a ver com a sua falta na última sessão? — Questionou.
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BRING THE HEAVEN | changki
FanfictionYoo Kihyun era um bom garoto. Nascido e criado em um ambiente altamente religioso, ele havia desistido de sua liberdade quando percebeu que possuía pecados grandes demais para sua força de vontade. Por isso não seria surpresa que Changkyun, um vete...