Capítulo Quarenta e Três

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Nos vemos lá em baixo!

*

Changkyun e Kihyun fizeram amor por muito tempo. Depois de tantas coisas ditas, parecia impossível que ficassem sem se tocar por tempo demais, e por isso eles fizeram muitas vezes antes dos corpos se saciarem e eles terminarem agarrados no colchão de solteiro, como dois coalas.

No dia seguinte, pela manhã, não acordaram à tempo para pegar o primeiro período de aulas. Por isso, quando finalmente abriram os olhos para observarem o horário, sequer cogitaram tentar chegar antes do almoço. Apenas suspiraram e concordaram em silêncio ir apenas para as aulas da tarde.

Eles trocaram uma quantidade desnecessária de beijos antes que Kihyun se levantasse para escovar os dentes e tomar um banho que talvez parecesse longo demais, mas não era. E quando voltou, usando apenas uma cueca, observou, sorrindo, o outro homem cochilando de barriga para baixo, tomando uma boa parte da cama para si.

Poderia até parecer heresia para outras pessoas, mas Kihyun só soube agradecer a Deus por poder vê-lo daquela forma tão confortável em uma sexta pela manhã. Agradeceu de verdade, fazendo uma prece mental, ignorando o fato de que talvez a cena não fosse enviada por Deus.

Entretanto, dada a felicidade que sentia, ele sabia que não poderia vir de outro lugar.

Então, ainda apaixonado pela cena e pela pessoa que a protagonizava, montou nas costas do mais novo, uma perna de cada lado antes de começar a massagear levemente  a pele quase totalmente livre de tinta.

Changkyun virou o rosto no travesseiro, ainda sem abrir os olhos, gemendo baixinho pelo carinho gostoso.

— Escolheu o curso errado. Deveria fazer fisioterapia e se tornar massoterapeuta. — Ele gemeu mais uma vez e Kihyun se inclinou para beijar a nuca cheirosa. Ele havia conseguido se levantar de madrugada para tomar banho direito antes de dormir.

— Você tão tem muitas tatuagens nas costas... — Comentou, acariciando a pele limpa com a ponta dos dedos.

— Eu nunca tive ideias boas o suficiente para preencher essa parte. — Sorriu, abrindo levemente os olhos quando sentiu Kihyun se inclinar um pouco, até alcançar algo na mesa de cabeceira. — O que foi?

O mais velho tinha uma caneta preta à base de álcool em uma das mãos. Ele destampou ela com a boca e prendeu a tampa na base, segurando-a entre os dedos bonitos.

— Eu posso fazer uma tatuagem fake em você? Eu te ajudo a limpar depois. — Perguntou, sorridente, e Changkyun nem cogitou resistir àquele sorriso perfeito. Assentiu duas vezes, fechando os olhos quando sentiu-o se abaixar para começar a tocá-lo com a ponta da caneta.

— O que você vai desenhar? Eu acho que nunca vi nenhum desenho seu.

Kihyun mantinha o sorriso, ainda que Changkyun não pudesse ver.

— É surpresa. Te mostro quando estiver pronto.

Então o mais novo tornou a acomodar a cabeça contra o travesseiro, alcançando um dos joelhos de Kihyun com a ponta dos dedos, acariciando devagar durante os trinta minutos no qual ele ficou desenhando.

Durante esse período, Changkyun não reclamou em momento nenhum da demora. O peso do corpo alheio sobre o seu, as mãos quentes se apoiando em suas costas, a voz gostosa conversando sobre qualquer coisa enquanto o pincel corria por sua pele sem que ele soubesse o que se marcava ali.

BRING THE HEAVEN | changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora