BRING THE HEAVEN | changki

Capítulo Vinte e Um

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Nos vemos lá em baixo!

*

— Meus parabéns.

Changkyun franziu o cenho em sua direção, confuso. Minhyuk tinha um copo de bebida em uma das mãos e sorria largamente enquanto encarava algo que estava além do mais novo; mas ele não notou.

— Isso foi para mim?

— Foi. — O loiro respondeu e com o queixo indicou a direção para onde olhava.

O mais novo então se virou, apenas para dar de cara com um Kihyun sorridente que ajudava Nayeon com os nomes da lista de pagantes. Ele revirou os olhos e virou de uma única vez o próprio copo de bebida.

— Eu não devia ter te contado.

— Mas contou. — Minhyuk riu. — E ele é uma graça. Está diferente... — Comentou. — Ele já usou calças tão justas? Não me lembro de ter visto essas pernas antes.

— Para de ser puta. — Changkyun resmungou. O mais velho riu disso e segurou seu queixo entre os dedos.

— Tá com ciúme, bebê? — Ele riu quando o tatuado afastou sua mão com um tapa. — Eu sou tão puta quanto você.

— Eu estou surpreso por ele estar aqui. Não é algo que ele... faria.

— Mas ele já esteve em uma festa antes, não esteve? — Citou. — No começo do semestre...

— Mas era diferente. — Changkyun levou o copo vazio até os lábios para morder a borda. — Ele não estava tão... solto.

— E você não estava tão atento. — Minhyuk ficou um pouco sério. — Chang, eu falei brincando sobre as pernas dele. Não queria que você sentisse ciúme de verdade.

— Você tá maluco. — Ele riu e se afastou para buscar outra bebida. Minhyuk, no entanto, não desistiu do assunto.

— Chang, calma. — Ele segurou o garoto pelo braço. — Eu de verdade não quero te provocar. Você tá diferente e sempre que envolve esse garoto, fica pior. Você mal ficava no mesmo metro quadrado que ele depois do que me contou, e olha que você costuma ser bem cara de pau.

— Ele parece querer manter distância. — Deu de ombros. — Eu não pretendo e nem vou invadir o espaço de ninguém. Para mim foi um beijo, mas eu 'tava com tesão e não medi direito como isso ia funcionar na cabeça de alguém como ele.

— Não foi por falta de aviso, né? — Minhyuk sorriu pequeno, empático. — Você tem certeza que era só tesão?

— Por que tá todo mundo insistindo nisso?

— Ué? — Minhyuk riu. — Mais alguém te falou algo assim?

— Shownu, a Nayeon... até o Wooki tá com essa frescura de falar que eu estou diferente, mas na real? Eu não me sinto diferente. Eu não sinto nada.

Minhyuk o encarou durante alguns segundos e seu sorriso foi de atrevido para compreensivo em dois tempos. Ainda que sentisse um prazer absurdo em provocar Changkyun, o garoto inspirava em si um instinto protetor que o fazia deixar de lado qualquer brincadeira boba.

Por que Changkyun dizia que não sentia nada, mas, na verdade, Minhyuk sabia que seu problema se concentrava exatamente no fato de sentir demais.