Capítulo Trinta

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[Sem betagem. Por favor, perdoem os erros. Será betado hoje, 22h]

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"Me apaixonar por ele foi como sair da graça -

tudo em um, pois ele era tantos pecados...

e eu faria qualquer coisa; eu faria tudo por ele."

(Heaven - Julia Michaels)

Changkyun continuou agarrado às roupas de Kihyun durante pelo menos quinze minutos, até que os tremores fossem parando e o choro se acalmasse um pouco. O ombro esquerdo de Kihyun possuía uma enorme mancha d'água que escancarava que o choro não havia sido curto e nem leve.

As mãos do mais velho permaneciam acariciando os cabelos escuros com calma, como se quisessem induzí-lo à calmaria com aqueles dedos sempre leves sobre sua pele, cuidando para mantê-lo o mais aconchegado possível. E continuou daquele jeito até que Changkyun ficasse suficientemente calmo para se afastar por conta própria. O tatuado manteve o rosto baixo, confuso pelo que havia acontecido ao mesmo tempo em que sentia vergonha por ter se deixado ficar daquela forma.

E Kihyun notou. Ele notou e segurou seu rosto com as duas mãos, acariciou as bochechas com os dedões para trazer o rosto de Changkyun para cima até que os olhos se encontrassem. Ambos os orbes estavam vermelhos pelo choro compartilhado e o mais novo quase começou a chorar de novo.

- Você quer falar sobre o que aconteceu? - Os olhos do garoto se encheram d'água mais uma vez e Kihyun correu para secá-las antes que caíssem, ouvindo o suspiro frustrado de um Changkyun que queria muito, mas não conseguia controlar as lágrimas. - Tá tudo bem. Tá tudo bem. - Kihyun forçou um sorriso pequeno. - Você não precisa me falar nada. Não precisa. Se é algo pessoal demais, você pode ficar em silêncio ou falar sobre qualquer outra coisa... não importa. Mas eu vou ficar aqui até você estar bem o suficiente para ir embora, tá bom?

Ele segurou mais algumas lágrimas que escorreram, sentindo o coração se apertar um pouco ao pensar em que tipo de coisa poderia ter acontecido para que ele agisse daquela forma. Ele continuou acariciando o rosto bonito, mas travou um pouco quando sentiu as mãos tatuadas segurarem seus braços, não com o propósito de afastá-lo, mas meramente pelo contato.

Talvez Changkyun se arrependesse mais tarde, mas existia algo dentro de si que dizia que estava tudo bem.

Então ele respirou fundo.

- Eu te disse mais cedo que ia fazer uma visita. - Kihyun assentiu e continuou acariciando as bochechas úmidas pelas lágrimas finas que ainda caíam. - Eu vim ver a minha mãe. Ela ainda mora aqui.

Kihyun continuou olhando-o por alguns segundos, sem falar nada enquanto aguardava ele prosseguir. Nada veio, então ele apenas assentiu, incentivando-o a falar qualquer coisa que precisasse.

- Ela mora... com um homem. - Nesse momento ele tensionou um pouco, as mãos em torno dos braços de Kihyun se apertaram e isso fez com que o outro ficasse ainda mais atento. - Eles são casados desde... bem, eles se conheceram quando eu ainda não tinha nascido. Minha mãe estava grávida. Quando eu fiquei mais velho, saí de lá. Mas ela ainda mora com ele.

- Aconteceu alguma coisa com eles? - Changkyun assentiu. Nesse momento as mãos voltaram a tremer um pouco e Kihyun levou os próprios dedos para se entrelaçarem aos do mais novo.

BRING THE HEAVEN | changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora