Capítulo Vinte e Cinco

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ATENÇÃO: Se você for sensível ao conteúdo de violência psicológica familiar, talvez esse capítulo possua gatilhos para você. Caso se sinta mal com esse tipo de conteúdo, não leia. Se preserve.

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Nos vemos lá em baixo!

*

Kihyun ficou na república a tarde toda ajudando os outros meninos a organizarem tudo. Hyunwoo só saiu do quarto com Hoseok no fim do dia, quando nenhum dos dois aguentava mais a fome.

Shownu foi capaz de fingir perfeitamente que nada havia acontecido, por isso todos os outros cinco também ignoraram os olhos inchados de Wonho enquanto ele ajudava os demais a trazerem para dentro as últimas partes da mobília retirada no dia anterior.

Nenhum dos dois falou nada e nenhum dos cinco quis perguntar qualquer coisa.

O clima continuou pesado durante todo o período em que o Yoo ficou lá. Hyungwon e Minhyuk não ficavam no mesmo ambiente e isso fazia com que todos os outros presentes ficassem um tanto afastados também.

Kihyun estava acostumado àquela superfície estranha... afinal, havia convivido com ela durante pelo menos seis meses depois de todo o ocorrido com Yoongi seis anos antes.

Aquele era o clima de quando palavras não são ditas e a culpa é pesada.

Chang-ah. — Chamou, já no fim da tarde, quando tudo estava em seu devido lugar. O nome mal saiu de seus lábios e ele se tornou em vermelho-vivo quando notou como o chamou.

Existia algo sobre aquele apelido.

E existia algo porque desde que acordara, o terço preso em seu pescoço mais lhe parecia um peso do que uma companhia. E isso o levava à lembrar que não tinha pedido perdão por nada do que havia feito.

E seu coração afundava por que não tinha como ele pedir perdão por algo que simplesmente não conseguia se arrepender, e talvez aquela fosse a raiz de todo o problema que fazia com que o crucifixo quase queimasse sua pele.

Sentia como se o chão fosse se abrir debaixo de seus pés, a queda fosse inevitável a cada passo, e ele não sentia que poderia fazer algo à respeito.

— Sim? — Changkyun riu. — Por que você está vermelho?

— Está um pouco calor. — Argumentou. — Eu posso te pedir um favor?

— Depende. — Ele cruzou os braços e trocou o peso de uma perna para outra. Kihyun observou cada movimento e a cruz pesou mais um pouco por que seus pensamentos também pecavam. — Você vai me recompensar depois?

O mais velho deixou um soco fraco contra o ombro desnudo e riu.

— Palhaço. — Changkyun acariciou a área afetada e fez um bico.

Kihyun sentiu muita vontade de beijá-lo, mas não o fez.

— Já são quase cinco. — Começou. — Eu preciso pegar o ônibus... você pode me dar uma carona até a rodoviária?

— Claro. Você pega o ônibus na rodoviária do centro?

— Eu não sabia que tinha mais de uma...

Changkyun vestiu a jaqueta de couro que estava no armário ao lado da porta de entrada e tirou as chaves da moto do suporte, para em seguida se sentar para calçar os tênis all-star surrados.

BRING THE HEAVEN | changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora