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Nos vemos lá em baixo!
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4 dias depois
Se existia uma coisa em si da qual Kihyun se orgulhava, essa coisa era sua organização e responsabilidade para com os compromissos que assumia. Foi por isso que naquele dia, que seria o primeiro do InterUni, ele levantou mais cedo, imprimiu todos os formulários e horários de jogos, reviu alguns pontos de sua lista de atividades e mais uma vez mandou uma mensagem para o grupo da organização, lembrando a todos sobre a reunião que teriam mais tarde.
Havia sido natural para si auxiliar ao máximo na coordenação. Os outros integrantes da atlética notaram e deixaram que ele fizesse isso, por que ele era muito bom naquilo.
Quando não estava sendo um menino reprimido, Kihyun tinha um espírito de liderança e organização invejáveis. Isso era algo que havia crescido consigo e teve de ser escondido depois de um tempo, para evitar que "lhe julgassem como arrogante e não lhe considerassem apto para o sacerdócio", parafraseando a senhora Yoo.
Uma vez citada a matriarca, é importante falar que faziam alguns dias que ele não falava diretamente com a mãe. Inicialmente por vontade própria, por que falar com ela era doloroso e aversivo, mas depois virou uma punição da própria mulher para com Kihyun: ele havia respondido, sido "mal educado" e não pedira desculpas.
Ela não iria falar com ele à menos que admitisse que estava errado.
E, ainda que fosse doloroso e a ausência da mãe o fizesse sentir culpado, pela primeira vez ele não sentia que estava do lado errado da corda. Não havia feito nada demais e continuava sentindo como se tivesse direito sobre as próprias escolhas.
E essa sensação era libertadora e reconfortante na mesma medida que era culposa e dolorosa.
Jeongyeon havia conversado sobre o assunto com ele naquela semana, o aconselhou em vários níveis e naquele dia, quando pegou carona com ela, cheia de planilhas nos braços e formulários para serem assinados, mais uma vez a garota o aconselhou e deixou que ele desabafasse durante todo o caminho.
— Você devia mesmo procurar ajuda psicológica, Ki. — Disse, pela enésima vez. — Vai te fazer bem, é necessário...
— Você sabe por que não dá.
— Sua mãe não precisa saber. — Ela sussurrou e Kihyun virou em sua direção, chocado. — Eu sei que você vai surtar, mas me escuta. — Ela implorou. Os olhos bonitos observaram Kihyun através do espelho retrovisor. — Na faculdade tem a clínica escola. É gratuito, funciona fora do período de aulas e é extremamente sigiloso. Se você explicar a situação, as estagiárias conseguem te encaixar depois das aulas, eu te espero sem problemas, é só uma hora de atendimento... sua mãe não vai desconfiar e se você não se sentir confortável, pode cancelar as consultas à qualquer momento em multa nenhuma. — Kihyun focou o olhar na estrada à frente e Jeongyeon finalmente o olhou, ansiosa. — Por favor, Ki. Pense só um pouquinho, sim? É pra cuidar da sua própria saúde mental... eu tenho medo que você adoeça de vez.
Kihyun continuou focado na estrada e o silêncio pesado dominou o carro. Estavam quase chegando na universidade, então Kihyun suspirou e lambeu os lábios, tomando, pela primeira vez na vida, uma decisão que contrariava a mãe e favorecia a ele, e somente ele.
— Você me passa o telefone de lá depois?
Jeongyeon abriu um sorriso enorme.
— Eu já tenho um cartão aqui.
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BRING THE HEAVEN | changki
FanficYoo Kihyun era um bom garoto. Nascido e criado em um ambiente altamente religioso, ele havia desistido de sua liberdade quando percebeu que possuía pecados grandes demais para sua força de vontade. Por isso não seria surpresa que Changkyun, um vete...