capítulo 39

10.1K 430 13
                                    

Isabella Narrando

Ainda não acreditei que vou ser mãe.
Confesso que fico horas em frente ao espelho olhando minha barriga, nem volume direito tem ainda, mas mesmo assim eu fico olhando e imaginando como ela ou ele vai ser.

Decidi ler um livro sobre bebês, então peguei meu copo com água e sentei na cama pra ler.

O Guilherme chega todo suado e beija minha testa.

- Eeeei, cuidado amor. Quando olhei o chão estava todo sujo de lama.
- Aaaah não Guilherme! Você sujou tudo!

- RELAXA AMOR!! ele grita do Banheiro. - Vou pedir dona Maria pra limpar. - Vamos lá no campinho, vai ter jogo das crianças.

- Tá vou trocar de roupa. Saio da cama e coloco um macaquinho de tecido fininho e uma rasteirinha, ajeito o cabelo, solto mesmo.

Ele sai do banheiro, coloca bermuda, uma blusa, tênis e boné .

Descemos pra cozinha, ele beija a testa da dona Maria.

- Coroa, depois a senhora limpa o chão que eu acabei sujando tudo de lama. Pode ir embora cedo tá? Ele bebe água e saimos.

Ele subiu na moto e eu em seguida, chegamos no campinho rapidinho.

Sentei do lado da Mariana na arquibancada e ficamos lá assistindo o jogo das crianças.

Mais tarde os meninos entraram para jogar .

- Eles parecem crianças. Mariana fala enquanto come pipoca.

- Pois é. Rimos dos meninos.

Começo a sentir pontadas na barriga e dores fortes.

-Amiga. Eu vou embora, estou começando a sentir dores na barriga.

- Eu vou com você . Ela fala se levantando.

- É melhor você ficar pra avisar os meninos. Se eles saírem do jogo e não ver a gente vai dar merda. Falo devagar por causa das dores.

- Então eu vou ficar aqui e assim que acabar o jogo eu vou te ver tá. Cuidado na rua! Ela beija minha bochecha e eu levanto.

Vou andando devagar, decido cortar por um pego para chegar mais rápido e nessa hora começa os fogos e os barulhos de fogos.
Estão invadindo o morro.

Me abaixo e vou andando devagar, tentando não ser atingida e chegar logo em casa.
As dores vão aumentando e eu não consigo mais andar. Então vou me arrastando até uma porta.
Fico encolhida os tiros só aumentava.

- Encontrei quem eu queria!

Quando eu olhei era o Vagner .
Meu corpo começou a tremer, comecei a sentir um medo tão grande.

Me levantei devagar, me encostando na parede.

- O que você quer comigo ? Me deixa em paz! Falo firme sem demonstrar medo.

- É você que eu quero! Só vim pra essa merda para levar você comigo. Ele pega no meu braco - Você vai comigo.

Ele começou a me puxar ele jogou dentro de um carro preto colocou um capuz no meu rosto e amarrou minhas mãos depois de um tempo o carro parou e ele me tirou de dentro e começou me arrastar para dentro de um lugar não dava para saber aonde exatamente  era só sei que subimos a escada e ele me botou sentada e amarrada em uma cadeira tirou o capuz do meu rosto me desamarra e riu de mim.

- Olha Olha! Quem diria que era tão fácil te capturar . Ele fala chegando mais perto ainda .

- Vagner me deixa ir embora, eu estou grávida ! Peço tentando convece - lo

- Nunca meu amor. Ele dá uma risada. - Você é a minha arma para trazer seu maridinho pra armadilha. Ele coloca a pistola na minha barriga e me olha. - Eu não estou nem aí pra esse projeto de bandido.

Meu corpo de estremesse de tanto medo, mas tento não demonstrar.

- Se comporta em .

Ele sai e me deixa sozinha naquela sala com apenas uma cadeira e um colchão.

Deito no colchão e fico acariciando a minha barriga tentando acalmar o meu bebê.

Só consigo pensar na minha família.
Tomara que não tenha acontecido nada com eles meu Deus!

Só diga sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora