Capítulo 55

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     (Melinda com 3 anos na Mídia)

                 Isabella Narrando

Por mais que eu goste do Felipe como amigo, por mais que ele seja uma pessoa incrível eu nunca vou conseguir esquecer o meu verdadeiro amor. O Guilherme foi e sempre sempre o homem da minha vida, não que um dia eu não possa casar novamente e continuar minha vida ao lado de alguém, mas eu nunca vou amar nenhum homem como amei ele.
Não sei explicar o porque, como aconteceu ou por que razão aconteceu. Só sei que ele sempre vai estar dentro de mim, sempre vou levar um pedaço dele comigo.

Dois anos se passou e eu juntei uma boa quantia da venda dos meus doces para poder abrir uma pequena lojinha pra mim, é algo simples e pequeno, mas é aonde eu vou poder vender meus doces e lucrar mais um pouco.
A Melinda já está na creche, fico tão orgulhosa de vê-la evoluindo e aprendendo coisas novas. Hoje ela tem 3 aninhos e a cada está mais esperta.

Dona Maria, Vanessa e o LK me ajudam na loja.
Quando o LK está de folga do trabalho, nos ajuda a fazer as entregas dos doces e bolos.
Vanessa ajuda a dona Maria e eu na loja na folga dela.
O Felipe continua sendo meu amigo, sempre me ajuda em tudo.
A nossa história não passou de alguns beijos e amassos, de vez em quando a gente fica, na verdade eu prefiro assim. Não quero algo sério com nenhum homem. Se for pra ter algo tem que ser sem compromisso. O único homem que mereceu o meu amor é o Guilherme.

Nesse momento estou arrumando a Melinda para ir para creche. Estou sentando na cama dela fazendo uma Maria Chiquinha no cabelo dela.

- Mamãe, possu levar minha muneca hoje? Ela pergunta brincando com a Barbie preferida dela.

- Pode sim meu amor, mas só vai brincar com a Barbie quando a sua professora deixar tá ? Fora isso ela fica guardada na mochila. Falo enquanto termino o penteado.

- Hoje a gente polde ver um filme de plincesa juntinhas ? Ela pergunta me olhando toda anima.

- Claro, quando a mamãe chegar em casa você escolhe o filme e a gente faz brigadeiro o que você acha ? Pergunto animada também.

- Ebaaaaaaaa, bligadeira. Ela grita pulando de tanto entusiasmo.

- Meu amor se fala Bri-ga-dei-ro! Corrijo ela sorrindo.

- Bli-ga-dei-ra ela repete devagar. Com a mão no queixo.

Começo a rir.

- Vai filha coloca o tênis e vamos indo tá ? Mamãe vai pegar a bolsa e a sua mochila.
Saio pego a mochila, a minha bolsa e fico esperando na sala.

- Bora filha, a gente vai se atrasar. Grito da sala.

- Já vo mamãe. Ela fala descendo a escada bem devagar.

Coloco a mochila nas costas dela. Ela me dá a mão e saímos de casa. Andamos uns cinco minutos e já estamos na creche, só que esses cinco minutos parece 20 de tanto que ela fala o caminho todo. Morro de rir com as histórias que ela conta dos seus amiguinhos da escola, dos seus brinquedos e tudo mais.
Quando chega na porta da creche abaixo para me despedir.

- Tenha um bom dia meu amor! Beijo a testa dela.

- Vuce tãobém mamãe. Te amo muitão! Ela me abraça.

- Eu que te amo muitaaaaaao!
Ela sorrir e entra pulando.

Fico observando ela entrar e suspiro.
Ela é a cópia do GL, o nariz, cabelo tudo, tudo até na teimosia. Dou um sorriso de canto e vou para o ponto de ônibus.

                   *************

Na hora do almoço, sento com a dona Maria para comer e o meu telefone toca.

- Alô?

- Isa? Ta muito ocupada agora ? Felipe pergunta

- Só estou almoçando, por que ? Aconteceu alguma coisa? Pergunto curiosa.

- Nada não, queria te tirar um pouco do trabalho. Posso?

Distanciei e telefone da orelha e faço sinal para dia Maria, que já entende e balança a cabeça que sim.

- Tem certeza ? Pergunto a ela.

- Vai minha filha, você precisa se distrair um pouco.

- Volto em duas horas tá ?

Ela acente.

- Felipe? Desculpa pela demora, passa aqui em dez minutos. Respondo.

- Estou perto da sua loja, espero você terminar de almoçar.

- Tá bom! Beijo. Desligo o telefone.

Almoço bem rápido, escovo os dentes, pego a minha bolsa e quando vou me despedir da dona Maria já vejo o carro dele parado.
Dou um sorriso e saio em direção ao carro.

Ele destranca a porta do carona pra mim entrar. Entro bem rápido por causa do ar condicionado ligado. Quando sento no banco, ele já me puxa pela nuca e me beija. Ficamos por um tempo nos beijando até eu parar o beijo com selinhos.

- Eita que desespero. Dou uma risada. - Vai com calma migo. Coloco o sinto.

- É difícil ficar calmo quando penso em você. Ele sorrir. - Por isso sai da empresa o mais rápido possível, dismarcaquei todas as reuniões da tarde para passar um tempo com você. Ele coloca a mão na minha coxa.

- A é? Não sabia que era tão importante assim.

- Você sabe que sim. Você sabe que preciso de você aqui comigo corpo a corpo. Ele vai subindo a mão.

Seguro a mão dele e dou um sorriso.

- Aqui não ! Falo.

- Vamos para minha casa ou um motel? Ele pergunta lidando o carro.

- Motel! Respondo.

Saímos dali para uma tarde digamos que quente.

                          *********

É engraçado como a nossa relação de "amizade" é estranha.
Quando a carência bate em um o outro supre e depois que isso acontece é como se nada tivesse acontecido. Voltamos a contar segredos, a conversar normalmente.

Saímos do Motel, ele me deixou na porta da loja e foi trabalhar, voltei para o expediente até a loja fechar e fui buscar a Melinda na creche.

Ela veio correndo com uma folha na mão.

- Oia mamãe, fiz um cartão para vuce! Ela me entrega o cartão. Quando eu olho era um desenho, duas bonecas vestidas de princesas.

- Obrigada minha rainha. Pego a mochila dela, coloco nas costas, pego ela no colo e beijo bastante até cansar.

- Aí mamãe, assim vuce vai me gastar. Ela fala no meio da gargalhada.

- Olha que garotinha abusada. Faço cosquinha nela e saio andando até em casa.

Quando a gente chega em casa a primeira coisa fazemos é o dever da escola, depois ela toma banho e vai lanchar. geralmente é leite com Nescau com bisnaquinha ou biscoito, depois ela vai brincar no quintal. Enquanto isso preparo a janta e chamo ela para fazer o brigadeiro.

Depois do jantar, preparo uma cama no chão da sala pra gente ver o filme de princesa.
Como sempre ela escolheu Frozen. ela ama esse filme, já sei até às falas dos personagens de tanto que a gente assiste.

Quando eu ia colocar o filme ela segura minha mão.

- Calma mamãe, o papai tãobém tem que ficar aqui com gente.

Ela levanta pega o porta retrato que tem a foto do GL, deita do meu lado, beija a foto e abraça a mesma.

Olho aquela cena e fico imaginando se ele estivesse aqui. com toda certeza do mundo seria um pai babão.

No meio do filme a Melinda dorme, cubro ela, e fico observando ela abraçada com a foto do pai. Beijo a sua bochecha e acaricio o seu rostinho.

- Eu te amo meu bebê, mamãe sempre vai fazer te tudo por você.
Abraço ela, fecho os olhos e deixo o sono me vencer.

Só diga sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora