Capítulo 15- Inacreditável

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Camila Fox P.O.V

Ainda não me entrava o fato da dona Clara ser mãe da minha professora de biologia, na qual eu estava construindo um tipo de amor platônico. Sim, eu estava me iludindo, mas é quase impossível não se iludir. A cada olhar, gesto e toque dela, para mim é um grande marco histórico, é como se ela nutrisse o mesmo por mim, pois é negocio está feio para meu lado.

Eu até tendo conversar com meus avôs, mas eles sempre lavam para o lado da brincadeira e dizem que isso é uma coisa passageira e uma consequência dos meus hormônios. Mesmo eu descordando plenamente, o que eu sinto pela Lauren é algo tão puro; na maioria das vezes, porque quando ele veste aquelas roupas apertadas até um padre olhava; enfim, Lauren é sim algo inalcançável, por isso é platônico, só existe em minha cabeça.

- Filha, já está pronta?- Escuto batidas do lado de fora do meu quarto, e antes que eu respondesse mama atravessa a porta, me vendo em uma situação não muito agradável.

Eu estava somente de cueca e acabando de por o primeiro pé na calça, ou seja, mama me viu semi nua e isso é muito constrangedor.

- Mama.- Grito assustada e me virando de costas para ela, ouvindo suas risadas, me fazendo bufar irritada.

- Ah deixa de besteira Camila, eu vi seu piu piu um monte de vezes, ou esqueceu que era eu e sua mãe que trocávamos suas fraldas?

Reviro meus olhos e termino de subir minha calça, virando para encara-la logo em seguida.

- Não, não esqueci e muito obrigado por lembrar.- Ela sorri amarelo e vem em minha direção, sabendo o que era eu me afasto assustada.

- Você anda muito bravinha pro meu gosto.- Diz sorrindo sapeca para mim e dando alguns passos em minha direção.

- Não mãe, nem pense em fazer o que estou pensando.- Dou alguns passos para trás, erguendo minhas mãos em frente ao meu corpo e deixando um espaço maior entre nós.

- Sabe o que filhas bravinhas merecem?

- Muito...amor?- Sorrio forçado e ela nega andando mais rápido em minha direção.

- Não, elas merecem muitos beijos olhados de mães.-saio rapidamente de perto do espelho e corro em direção aos pesos espalhados por meu quarto.

(...)

Depois da sessões de tortura que mama me fez passar, finalmente eu estava na escola, que dizer infelizmente já que hoje é aula de educação física e eu odeio essa aula, já que somos forçados a fazer e usar roupas ridículas, que marcam meu membro e me deixa muito constrangida. Estou torcendo para que ninguém ligue e me ignorem como sempre fazem, não quero voltar a sofrer aquele inferno novamente, foi muito traumatizador.

Seguimos todos até o vestuário, onde as meninas foram separados dos meninos, ou seja, eu tive que seguir com os meninos, mesmo que muito envergonhada e com medo de sofrer com piadinhas, eu fui.

- Cara, você viu aquela menina nova?- Brad, um dos populares diz para outro do bando deles.

- Vi. Ela é muito gostosa mano, mas ouvi boatos que ela não é fácil igual as outras.- Um deles diz, enquanto vestia a blusa do uniforme branca de educação física.

Acho que eles estão falando daquela menina que esbarrou em mim ontem, ela era muito linda mesmo.

- Que nada! É só charminho, já vi muitas desse tipo elas fazem cu doce, mas no final elas querem mesmo é dá.

Reviro meus olhos para esse comentário de merda. Real, me surpreende como tem meninas que ainda fica com um meninos desse, sério, se eu tivesse vagina e fosse uma menina normal, eu não ficaria com nenhum deles, nem se me pagassem 10 mil dólares.

Linha RetaOnde histórias criam vida. Descubra agora