Linha Reta

Capítulo 26- Ferrada!

Vai rebola po pai...vai novinha vai....sentando, sentando....Essa música é foda, meu sonho receber um lape dance ao som dela...Enfim, gostaram das mães da Camila? Ou vocês não conseguem imaginar elas nesses papeis? Me digam, qualquer coisa eu mudo...

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Narradora P.O.V

Camila subiu as escadas apressada, deixando todos apreensivos na sala. Sua mãe Wendy ainda choramingava, agora nos braços de sua esposa.

— O que está acontecendo com ela, Meg? Estamos fazendo algo de errado?- Wendy pergunta aflita a Megan, que afegava os cabelos da esposa.

— Eu não sei, exatamente, mas desconfio que tenha haver com o bebê.- Wendy tira o rosto do peito de Megan e a encara.

— Você acha? Mas ela disse que estava tudo bem e...- Wendy é interrompida por seu pai.

— Camila tem complexos muitos difíceis de se lidar, filha. Primeiro ela foi adotada, segundo nasceu diferente das meninas, terceiro vocês a tratavam como um bebê desde o inicio e por último vocês vão ter um filho homem. Isso tudo influência na mente dela, Camila pensa muito e talvez isso esteja influenciando na maneira comportamental dela.

Megan e Wendy ouviam atentamente o que ele falava, se entreolhando quando sentiram que poderia ser verdade.

— Então, nós erramos?- Wendy diz com a voz um pouco embargada.

— Não sabemos amor, mas tudo irá se resolver. Iremos perguntar o que está acontecendo e por que dela ter chegado tarde.- Megan diz tentando acalmar a esposa. Os pais das duas mulheres se olharam cúmplice, decidindo se contavam ou não a verdade, no fim, acabaram não dizendo nada, o clima já estava muito pesado para mais outra bomba ser jogada no meio delas.

A cabeça de Wendy rodavam muitos pensamentos que estavam a deixando angustiada. Entes eles estavam:

"Será que Camila está assim por conta do bebê?", "Megan e eu erramos em algo em relação a ela?", "Somos péssimas mães e não percebemos nada.", "Camila irá me perdoa?", Eu sou um mostro", a cada desses pensamento a mulher sentia ainda mais vontade de chorar, não conseguindo se segura e correndo até o quarto da filha não aguentando mais aquela pressão psicológica que ela mesma estava fazendo.

Camila estava terminando de vestir uma bermuda quando a porta do seu quarto é aberta com violência.

— O quê....- Ela para de falar quando dua mãe passa afobada pela porta.

Wendy ofegava e olhava para Camila, que não estava entendendo a ação da mulher.

— O que houve?- Camila perguntou preocupada.

Sua mãe a olhava a avaliando, tentando achar algo que comprovasse suas ideias. Wendy achou algo diferente na mais nova, algo que a mais velha não sabia dizer o que era.

— Por que você está estranha?- Camila se assustou um tom direto de Wendy, se colocando em uma postura séria, Camila respondeu:

— Não sei do que está falando.- Sua voz saiu um pouco mais ríspida que o normal. Camila passou por Wendy e foi se sentar em sua cama, sobre o olhar da mais velha, que estava se sentindo mal pelo comportamento frio da filha.

— Estou falando do seu modo de agir comigo e sua mama. Você nunca agiu assim filha, por que agora?- Wendy falava tudo com pesar, Camila sentiu a tristeza na voz da mãe, ficando sem saber o que fazer.