Descobrindo a verdade sobre o papai.

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Não seria o emprego dos meus sonhos e nem dos meus pesadelos, mas é o emprego que eu aceitaria em uma hora de desespero ou em uma hora de "Eu não sei nada sobre os meus pais." Já se passaram seis dias desde que eu aceitei entrar nessa situação já feita para mim, ou seja, hoje é o dia que encararei o cara que trabalhou com o meu pai. Como eu aceitei todos os fatos? Bom, eu chorei a noite toda acompanhada de um pote enorme de sorvete e de manhã passo maquiagem para esconder o que ninguém precisa ficar sabendo que aconteceu de noite e tento me valorizar ao máximo nas minhas vestimentas, o que foi uma dica da Heather. O choro já não é tão intenso, me prendi ao fato de que eles me preparam para isso então não adiantava ficar chorando pelos cantos da casa. Sim, eu estou sozinha em casa e irei ficar por um bom tempo. Meu avô deu uma piorada nesses dias depois de sentar com o médico e discutir mil e uma possibilidades de tratar ele sem que tenha mais nenhuma piora, chegamos a conclusão de coloca-lo no asilo do hospital onde o médico podia ficar de olho dele de perto. Doeu-me o coração quando tive que contar isso a ele, mas graças a Deus, ele entendeu. Maddison queria se mudar pra casa para eu não ficar sozinha, mas eu recusei afinal ela tinha sua família e não precisava abandona-la por minha causa. Quando contei a ela sobre o bordel, ela me chamou de louca e perguntou se eu estava tomando os remédios que tinham me receitado depois do acidente, mas depois de oito horas conversando com elas sobre isso, ela aceito e disse que me apoiava. Era disso que eu precisava, uma pessoa que me apoiasse.

Agora estou indo para o bordel com o meu melhor vestido elegante preto para não chamar muita atenção. Heather me ajudou muito nesses dias, aprendi várias coisas de como lidar com caras em um bordel, mas também na vida real. O pessoal foi bem receptivo quando ela me anunciou a "vice-presidente" só a tal de Stacy não curtiu muito, elas tinhas os cabelos loiros parecidos com os da Heather. Será que..? Impossível, se ela tivesse uma filha ela me contaria. Conheci Douglas e Vanessa, ambos me ajudaram a me enturmar com o pessoal que não foi muito difícil. Estávamos agora no refeitório jantando e logo os clientes começariam a chegar.

- Está pronta? - Vanessa me perguntou.

Ela era ruiva natural e tinha olhos esmeralda, tamanho mediano com um corpo definido e bem branquinha, me lembrava da Mary Jane do Homem Aranha. Já Douglas era bem alto e com os cabelos loiros que erguia levemente, os olhos azuis e parecia um sasquatch. Imagine eu perto dele, sou uma mera formiga.

- Sim. - respondi por fim e mexi em minha comida.

- Isso não soou confiante, Helô. - Douglas disse.

- É complicado. - suspirei sentindo a derrota da minha tentativa de esconder o conflito dentro de mim. Escutei o sino tocar, isso indicava que estava na hora do show.

- It's show time, bitches! - Vanessa disse sorrindo para nós. - É hora do show, vadias!

Ela era super engraçada e não falava que sentia vergonha de trabalhar em um bordel, ela é a bar tender, ou seja, ela não está a venda. Acabou aceitando esse trabalho porque os seus pais biológicos a abandonaram e ninguém a quis no orfanato, ao completar 18 anos começou a trabalhar aqui e está por aqui a 2 anos, sou mais velha que ela questão de meses.

Douglas é um tipo de segurança no bordel, se algo estranho acontecer ou algum homem tirar proveito de uma mulher, ele entrará em ação. Eu acho isso uma pena porque ele deve ter um corpo impecável e a sunga que os outros caras usam para dançar sensualmente, cairia super bem nele. Balancei a cabeça para me livrar desse pensamento, precisava de foco. 

- Até mais tarde. - Douglas disse arrumando o seu terno.

Acompanhei Vanessa até o bar e logo encontrei Heather perto do mesmo.

Os olhos azuis. (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora