Posso pedir paciência com a minha pessoa? :(Meu computador deu problema e perdi alguns capítulos que só estavam salvo nele, estou tentando recupera-los. Sobre o blog/blog logo postarei o link qui.Não esqueçam de comentar e clicar na estrelinha!!Quero agradecer a todos os leitores. Estou muito feliz com as 5K visualizações!! Beijos. <3
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A consulta estava marcada para as duas horas. Vanessa chegou as dez com tanta ansiedade e acabou ajudando a Mad no almoço enquanto eu tomava meu banho. O calor estava reinando em Chicago. Depois do banho fiquei um bom tempo me analisando no espelho. Eu não tinha nada revelador, mas uma pequena montanha se mostrava em minha barriga. Sorri ao vê-la e senti um calor correr pelo meu corpo. Como eu podia amar alguém que eu nem tinha visto?
Vesti um short com pernas que chegavam um pouco acima do meu joelho e uma blusa soltinha para não marcar e nem apertar nada. Desci e encontrei as duas sentadas na mesa conversando.
- Cadê a comida? - indago em voz alta e de modo impaciente apenas para provoca-las.
- Está quase pronta, impaciente. - Vane fala se levantando e indo ao fogo. - Já podemos tirar.
- Então vamos comer! - Mad diz se levantando também.
Ajudei elas a colocar as coisas na mesa e logo nos servimos e comemos. Conversa não faltou. Até Logan apareceu na mesma, mas nada que me fez chorar até desidratar ou algo assim. Muito pelo contrário, elas me apoiaram e eu me senti mais forte. E, o motivo real é o meu bebê.
Lavamos a louça animadas para a consulta e depois de termos limpado a cozinha saímos para o ápice do dia: ir a obstetra. Estava ansiosa e com uma pitada de medo. Não sei o motivo real, mas algo insistia em revirar o meu estômago. Enfim, chegamos a um edifício espelhado e deixamos o carro no estacionamento do mesmo. Calafrios percorreram minha coluna quando adentramos o local que tinha uma aparência humilde. Chão de mármore e móveis de madeira clara.
- Em que posso ajudar? - a recepcionista pergunta.
- Doutora Lueckmann.. - digo consultando o papel que o médico tinha me dado. - Remarquei minha consulta para hoje as duas da tarde.
- Ok.. - ela diz em tom baixo e consulta o seu computador. - Senhorita Verona, certo? São suas acompanhantes?
- Sim, sim. - digo olhando para as minhas amigas.
- Está bem. - ela diz e divide sua atenção entre o computador e outra coisa que não consigo identificar por causa do balcão. - Aqui estão os crachás. Coloquem. E, é no sétimo andar. Boa consulta. - ela sorri ao terminar de falar.
- Obrigada. - falamos juntas e nós dirigimos para o elevador.
- Podemos ir de escada? - Vane indaga encarando as portas do elevador.
- Você está doida? Quer mesmo fazer a menina subir escadas? - Maddison indagou.
- Ah.. Desculpa. É que.. É que.. - ela me procurou com os olhos para pedir ajuda. Ela nunca conseguia falar em voz alta.
- Ela tem medo de elevador, loira. - digo e pego a mão de Vane quando o elevador chega. - Vai ficar tudo bem. Se consentra em achar um nome pro bebê, certo?
Ela assentiu e entramos no elevador as três juntas. A ruiva apertava minha mão enquanto o elevador subia e ela falava nomes tanto de menina como de menino, e um de cada me chamou atenção. Clarissa e Arthur. Ao menos foram escritos assim em minha mente. O elevador deu uma típica balançada anunciando que havíamos chego ao andar desejado. Vanessa apertou mais minha mão por causa disso, tive de conter uma arfada de dor.
- Heloísa! Estava esperando por você. Por que demorou tanto? - assustei-me com a voz extremamente animada.
- Doutora Luckemann, a senhora acabou de voltar do almoço. Ela é a primeira paciente da tarde. - a secretaria morena disse. Era nítida a sua descendência da Índia.
- Ah! Claro! Divino! - ela disse animadamente e selando uma mão na outra. - Podemos ir?
- Claro. - digo dando o meu melhor sorriso.
Acompanho a mulher baixa de cabelos curtos, corte pouco abaixo da orelha, e castanhos claros junto de olhos escuros acompanhados de óculos do estilo quadradado. As meninas me acompanhando e a doutora me indica a típica cadeira de grávida para uma ultra-som. Azul bebê e com a máquina ao lado. Sentei-me e ergui a blusa assim como ela tinha falado. Estava ansiosa demais.
- Quanto tempo? - indaga a médica.
- Um mês e três para quatro semanas. - digo.
- Entendi. Primeira vez em um obstetra? - ela pergunta e eu concordo. - Estão bem. Vou passar um gel em sua barriga, e não gelado. - ela sorri enquanto faz a ação que acabou de falar.
Então ela começa a deslizar o aparelho sobre minha barriga. O gel não era gelado, o que aliviu um pouco a situação. O silêncio pairou na sala me deixando mais aflita. Respirei fundo e afastei os pensamentos negativos.
- São lindos. - escuto a doutora falar depois de cinco longos minutos de silêncio.
- São? - indago.
- Sim. São. - ela diz sorrindo olhando em meus olhos que logo são tomados por lágrimas.
- São gêmeos? - Mad indaga com sua voz histérica.
Eu concordo com a cabeça controlando as lágrimas e a doutora afirma verbalmente.
Oh, Deus. Se agora estou com medo de ser uma péssima mãe, bom, minha preocupação multiplicou por dois!
- O sexo só poderemos descobrir mais para frente, mas ambos estão saudáveis. - ela diz retirando a máquina de cima da minha barriga e me entregando papéis para limpar minha barriga.
Ver os papéis me fez lembrar sobre a viajem para Paris e que Heather iria pirar quando soubesse que estou gravida de gêmeos! Suspiro pesadamente ao pensar como seria se meus pais estivesse aqui. Afasto esse pensamento quando a médica começa a passar as recomendações e logo depois pergunto sobre o vôo para ela se tinha alguma adversidade nisso, ela negou, me aliviando. Disse que com os meses que estou, eu poderia fazer o vôo tranquilamente, mas quando estiver de seis meses para cima é para evitar esse tipo de aventura.
Despedi-me da doutora com um sorriso enorme de orelha a orelha e dois papéis na mão que indicava as vitaminas necessárias e os exercícios que eu podia fazer - Maddison que quis saber. Como diria minha velha e morta mãe: "Há males que vem para o bem!" Neguei a continuar abordando em minha mente o assunto família, e então cometi o deslize de pensar em Logan. Meu sorriso afrouxou enquanto saiamos de elevador.
Agora, depois de saber dos meus bebês, irei atrás dele, do meu amor. E que custe o que custar!
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Os olhos azuis. (Completo)
RomanceCom a perda dos pais em um acidente de carro, Heloísa precisa de um emprego para se manter, pagar o tratamento de Alzheimer do vô e, quem sabe, pagar sua futura faculdade. Se sente inútil sem emprego até Heather, uma amiga da sua mãe, lhe oferecer u...