Deveria me sentir traída ou agradecida?

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Segurem os forninhos! Acho que esse capítulo vai derruba-los. haha
Queridos(as), não sei como vai ser semana que vem, meus planos para o ano novo mudaram tudo e, com certeza, se abrir uma brexa eu venho e posto mais um capítulo para vocês, mas quero pedir para que comentem muuuito! Sinto alta de conversar com vocês. Vou deixar os links da página do meu blog/vlog no fb e do blog.
página no facebook: https://www.facebook.com/escrevendocombatom
blog: http://escrevendocom-batom.blogspot.com.br/
Podem conversar comigo por lá, sem problema algum! Logo postaremos os vlogs também, calma, estamos indo com calma. haha
Bom, gente, feliz natal! Boas Festas (se eu não conseguir entrar antes). Beijos e eu amo vocês, sério, de coração. Eu não seria nada sem vocês. <3

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No dia segundei eu acordei uma hora e meia antes da hora marcada com o cliente. Tomei meu banho e coloquei uma calça social e uma blusa branca soltinha presa na calça, minha barriga já marcava na roupa. Eu nunca pensei que pudesse ficar feliz com isso! Calcei uma sapatilha e peguei minha bolsa, desci para o salão- restaurante do hotel. Eu ia desfrutar de pelo menos uma coisa dessa viagem: a comida.

Ovo mexido, suco de laranja, molho vermelho com salsicha, presunto e queijo.. E muito mais! Comi igual a uma rainha, depois fui com o meu guarda-costas -  alto e moreno com cara de poucos amigos - até o meu destino como disse o GPS.

Era um prédio rústico, tijolos estavam aparecendo, dizendo em poucas palavras.. O lugar estava quase caindo. O meu acompanhante disse que ia certificar se era seguro entrar, esperei no carro e aproveitei para ligar para o meu avô.

- Então você lembrou que tem avô. - ele disse atendendo ao telefone.

- Bom dia para o senhor também. - digo rindo. - E, eu sempre me lembro do senhor, você sabe.

- Sim, milacre, eu sei. Estou apenas brincando. Estou de bom humor! Médico trouxe boas notícias e conheci a família de Megg. - ele diz e animação da sua voz dava para notar.

- Ótimo. Você tem alguns minutos para me contar, seu Anthero. - digo vendo o guarda vindo em minha direção.

- Está bom. Vou receber alta, mas o médico só vai me dá-la quando vossa senhoria voltar de viagem. - ele diz.

- Só mais alguns dias e irei voltar, querido avô. - digo rindo. - Estou muito feliz com essa notícia! Mais tarde ligo para o senhor de novo, tenho que ir agora, beijos. Te amo.

- Também te amo, querida. - ele diz e eu desligo, feliz da vida.

- Pode entrar, senhorita. - o guarda-costas diz.

Apenas concordo e saio do carro. Entro no prédio e me deparo com um lugar escuro por causa dos móveis e mármore escuro, a escuridão chegou a me causar arrepios.. Identifico-me para a secretaria mal humorada e logo ela diz o andar, sem mais de longas eu fui para elevador e fui para o andar destinado.

Acabei em um lugar grande com o chão de madeira junto de uma mesa grande mármore escuro, atrás tinha janelas, mas estavam cobertas com cortinas. Estava tudo muito estranho e muito escuro pro meu gosto. Que maldito cliente deixaria tudo desligado? Não hesitei em pegar o celular e ligar para Douglas, mas deixei o celular guardado na bolsa apenas por precaução então fui até o interruptor e liguei as luzes.
Deparei-me com Logan sentado na mesa central, amarrado e amordaçado. Seus olhos clamavam por ajuda, mas ao mesmo tempo pediam para eu sair correndo dali. Mas minha única reação foi ir correndo para perto dele, seus olhos não demonstravam nenhum tipo de aprovação do meu ato.
- Querida, saia de perto dele. - meu corpo inteiro congelou quando escutei aquela voz irritante tão conhecida pelos meus ouvidos. - Agora! - ela exclama em voz alta.
Tiro minhas mãos da mordaça de Logan e me viro para encara-la. Ela está com os seus dois capangas tão conhecido por mim, o barbudo e o careca. E, tem um senhor corcunda ao seu lado.
- Pensei que eu viria negociar com um cliente. - digo ao colocar meus olhos cravados nos dela. - Titia querida. - cuspo as palavras.
- E veio. - ela diz sorrindo triunfante. - Papai. - ela diz olhado o senhor ao seu lado.
- Olá. Heloísa, certo? - eu afirmo enquanto o barbudo me puxa para longe de Logan. - Não precisa machuca-la, seu ignorante. - ele adverte o barbudo quanto ele me coloca sentada na poltrona na frente da mesa. Foco meus olhos em Logan, que alterna seu olhar entre eu, minha barriga e os quatro atrás de mim. - Então, querida, viemos pedir gentilmente para você nos dar o arquivo. - ele fala enquanto se senta na poltrona ao meu lado.
Logan começa a resmungar com a mordaça na boca, olhando para o velho ao meu lado como se pedisse atenção.
- Qual é a definição de gentilmente para vocês? - indago ainda com os olhos em Logan, ele logo nega com a cabeça, mas continua a resmungar cada vez mais alto.
- Acho que nosso amigo tem algo a declarar. - ele diz me ignorando. - Tire a mordaça dele. - ele pede calmamente ao careca que está ao lado de Logan.
Ele retira a mordaça e Logan retoma o folego, olha para mim e depois para o velho.
- Ela não sabe de nada sobre os arquivos. - ele diz e pausa por causa da respiração. - Deixa-a ir, ela vai ser inútil para o que vocês querem. - doeu escutar que sou inútil, mas sei que ele quer me tirar dali o mais rápido possível.
- Talvez sim, talvez não. - o velho disse e me virei para olha-lo. Ele é calvo e bem idoso pelo o que aparenta seu rosto. Ele fez um sinal com a cabeça e grito com dor que aparece em meu couro cabeludo. - O que você sabe algo, Logan?
- Não tem necessidade nenhuma fazer isso! - ele esbraveja e o barbudo puxa mais meu cabelo. - Eu vou falar tudo o que vocês querem, soltem ela! - ele fala tentando controlar seu tom de voz.
- Solte-a. - o senhor ordena e sinto um alivio quando ele solta meu cabelo e não hesito em passar a mão na região. - Fale tudo o que sabe, garoto.
- Falarei, mas antes deixe-me conversar com ela. - ele diz indicando para mim com a cabeça. - Vou ser breve.
O velho suspira e olho pra minha tia, ou não. Pelo o que entendi ela não é filha do meu avô e sim desse cara aí. Ela está carrancuda, como sempre, com seu paletó feminino e joías em excesso. Um sim não sairia daquela boca.
- Tudo bem. Eu permito. Arrastem ele até o quarto ao lado.. - ele olhou pra mim. - E, você, senhorita, se comporte. Não gostaria de tirar sua vida e de seu pequeno filho.
- Filhos. - corrijo ele. - São gêmeos. - sorrio forçado e me levanto indo atrás do careca que arrastava Logan.
Esperamos ele sair e Logan fez um gesto para eu chegar perto e assim o fiz.
- Você tem que sair daqui, pelo amor de Deus. - ele diz baixo.
- Logan, eu não vou sair daqui sem você. Não mesmo. - digo em voz baixa. - Eu liguei..
- Eu sei. - ele me interrompe. - Só peço que se salve.. - seus olhos azuis estão marejados. - Por favor. - ele implora. - Eu sempre cuidei de você, e mesmo com minhas mãos amarradas, eu vou cuidar.. De vocês. - seu olhar se dirige a minha barriga e meu coração parece ser esmagado. - Nem que custe a minha vida.
- Logan.. - sussurro seu nome, tentando achar algo para lhe falar.
- Já chega! - a voz do careca invade o quarto me interrompendo e ele começa a arrastar Logan.
Por segundos eu não lembrava como andar. Minha cabeça estava dominada pelos meus sentimentos  por Logan e o futuro que podíamos ter se tivéssemos uma vida normal. Talvez, meus pais tivesse sido egoístas ao ponto de nos privar de uma vida normal. Sou arrastada de volta para a poltrona que estava antes.
- Agora comece a falar, garoto. - o senhor pediu.
Olhei para Logan, que olhava para mim e ele gesticulou com os lábios "Abaixa." Eu não entendi nada, mas deslizei para a ponta da poltrona e quando escutei passos pelo corredor fui para trás da poltrona.
- Polícia de Paris, abaixem as armas. - uma voz desconhecida com um sotaque diferente gritou quando a porta foi derrubada.
Logo tiros invadiram o espaço e eu tampei meus ouvidos. Logan me cutucou com o pé de baixo da mesa, ele tinha se jogado no chão com a cadeira, me arrastei até ele e desamarrei o mesmo.
- Você precisa sair daqui. - ele disse assim que terminei de desamarrar.
- Romeu e Julieta. - escutei a voz de Douglas, ele estendeu uma arma pra Logan. - Depois colocam o papo em dia, vamos sair daqui.
Logan estava atrás de mim e Douglas na minha frente. Eu não sabia o que fazer, além de andar.  Mantivemos a esquerda do cômodo,  eu suava frio, já tinha dois policiais no chão. Os capangas era treinados para matar. Surgiram mais dois para ajudar os dois que tentaram me sequestrar. Douglas me puxava até conseguirmos entrar no elevador junto de Logan.

- Quando isso aconteceu? - Logan disse olhando pra minha barriga.

Eu não sabia o que falar.

- Não quero dar aula de Biolo.. - Douglas foi interrompido quando Logan gritou surpreso por ter sido puxado para trás. - Ah, droga!

Era o careca, eles lutaram entre si. Logan conseguiu socar a cara do careca, o que causou uma desorientação no mesmo. Logan veio para perto do elevador e aperto um botão antes de ser puxado novamente.

- Salve-a. - ele diz com os olhos em Douglas e a porta do elevador se fechou.

Meu olhos começam a lagrimejar involuntariamente e sinto uma dor no peito. Estou em um colapso interno. Eu o perdi, mais uma vez. Estava com ele junto a mim, e.. Ele foi levado de novo. 

Os olhos azuis. (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora