Vovô de paquera e eu de príncipe ciumento.

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Depois da nossa pequena reconciliação fomos dormir e logo de manhã Logan me deixou no hospital e foi buscar suas coisas para ficar em casa. Fui visitar meu avô com um segurança que se chamava Roger, ele iria me acompanhar, pois as coisas tinham acontecido recentemente. Meu avô ficava na parte de trás do hospital, que era o asilo, uma casa simples. Entrei no quarto dele , Roger ficou me esperando do lado de fora. 

- Bom dia. –  disse mostrando uns pacotes da padaria. – Trouxe café. 

- Minha menina, que saudade. – ele sentou em sua cama enquanto eu colocava as coisas na mesinha que tinha ali. – Como você está? 

- Bem e o senhor? – sim, nós decidimos não contar nada ao meu avô para não causar nenhum retrocesso no tratamento. Quando ele ficasse sabendo do que aconteceu, iria ficar bravo comigo por eu não ter contado, mas isso era um risco que eu teria que correr.

- Estou bem. – se levantou da cama e me abraçou. Foram segundos que pareceram eternos, como eu sentia falta dele.

- Vem, vamos comer. – sentei e ele fez o mesmo. – O que você me conta de bom?

- O médico disse que eu estou melhorando e eu também me sinto muito mais disposto que antes. Conheci a Megg, ela é uma senhora super agradável e simpática. Você deveria conhecê-la. 

- Com certeza eu irei. – disse animada. Meu avô estava de paquera! Ri com a situação enquanto servia o café. 

- Sua tia me fez uma visita. Disse para te convencer a ir conversar com ela na empresa e que tinha mandando um e-mail a semanas e você não retornou. – eu não me lembro de ter visto a data que foi enviada. Ops. Como se eu me importasse. – Você tem que ir, milacre. Aquela empresa também é nossa. 

Suspirei, ele tinha razão mas eu não queria ir conversar com ela. Ficava irritada até de pensar na possibilidade. Tomamos café e conversamos sobre diversos assuntos inclusive a Megg, que parece ser tudo de bom para ele. Recebi uma mensagem de Logan avisando que já tinha chegado e me esperaria na sala de espera de onde o Douglas estava, pois não queria causar confusão com seu Anthero, o "velho curioso" iria fazer perguntas. Depois de terminado o café, me despedi dizendo que quando menos esperasse eu já teria voltado. Doí tanto deixa-lo aqui.

                            ♀♀♀

- Como ele está? – Logan perguntou assim que dispensou Roger. 

- Bem e paquerando. – disse sorrindo. 

- Pensei que nunca mais ia ver esse sorriso. – ele comentou corando. 

- E você está corando. – disse e ele corou mais. Eu acha isso lindo, o jeito que corava, que sorria e como lidava com tudo. – Pensei que nunca mais ia ver isso. – disse olhando-o nos olhos. 

- Senhorita Verona e Senhor Mayer? Já podem ver o Senhor Fielzen. – o médico anunciou e logo foi andando sem nos esperar. 

Ainda olhávamos um ao outro, mordisquei meu lábio inferior me xingando mentalmente por ter acabado de flertar com o cara que eu amava quando tinha 15 anos. Desviei o olhar e fui na direção que o médico tinha ido. Não tem como ter controle de si mesma com um homem daquele na sua frente, acho que nenhuma mulher tem controle sobre a mente com ele na frente. Meu deus, passamos seis anos afastados.. Será que? Ah, com certeza. Afinal ele é alto, cabelos morenos e de olhos azuis. Quem não resistiria? 

"Ele era alto, moreno e olhos azuis. Isso não ético da minha parte em meu trabalho mas ele era muito bonito, e os olhos azuis dele só o embelezam mais."

As palavras da enfermeira ecoaram na minha mente, parei de andar no mesmo momento. Senti o toque dele em meu antebraço e ouvi ele me perguntando se eu estava bem. 

Os olhos azuis. (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora