Jeongguk sabe muito bem fugir de um assunto quando quer, e eu provei isso hoje mesmo. Hoje mesmo! Ah, aquele coelho assassino de corações que parece mais um anjo do que um ser humano. De todas as vezes que eu tentei puxar assunto sobre o suposto ser humano que tocou a campainha, ele inventa alguma coisa para a gente fazer. Tem horas que ele fica pálido, parece que viu um fantasma, chega os olhos arregala.
Tipo, agora estamos no meu quarto jogando carta. Da onde ele tirou essas cartas, eu não sei, e da onde ele teve a brilhante ideia de jogar cartas para fugir do assunto, eu também não sei, só sei que estou irritado. Muito irritado.
Olho para o meu baralho de cartas e alterno meus olhares nas cartas e em Jeongguk, que estava muito concentrado nessa coisa, nem pisca o moleque. Então ele joga sua carta e eu, como um bom jogador de cartas - só que não - taco uma carta de espadas - acho que é isso - e vejo a expressão dele se contorcer numa careta. Depois começa a ri que nem um idiota. Eu mereço viu!
- Taehyung, você não pode jogar essa carta.
- Ah, não? E porque?
- Ué, porque eu joguei copas.
- E o que que tem? Não dá na mesma?
- Não, ué. Você nunca jogou baralho?
- Não! Minha infância foi muito diferente da sua, meu brinquedos eram de alta qualidade, tanto que eu nem sabia o que era xadrez. Uma vez fui tentar jogar contra o meu irmão mais novo e perdi.
- Credo Taehyung, o que você fazia quando era mais novo?
- jogava videogame, mexia no celular, era um ótimo jogador em jogos de Battle Royale e tiros em geral, e essas coisas. Na adolescência ganhei muitas partidas de LOL, e era um viciado em Overwatch.
- Muita tecnologia para uma criança. Você sabe subir em árvores?
- Não, nunca aprendi.
- Bicicleta?
- Também não.
- pique-pega, pique-esconde, cabra cega, pique-bandeirinha... nada?
Neguei com a cabeça.
- Estou vendo que tenho muito a te ensinar! Você não sabe nem os básicos das brincadeiras de rua.
- Não. E eu também não brincava muito disso na escola, não tinha muitos amigos e a maioria não gostava de mim por ser "rico" - Fiz aspas com as mãos - e naquele tempo, muita gente tinha preconceito com pessoas como eu.
- Sua infância parece ter sido perturbadora.
- Mais ou menos, você conhece o básico. Mas enfim, isso é muito novo para mim e... se você quiser ensinar, não vejo o porquê não. - sorri sincero. Admito que mesmo não tendo toda essa liberdade, eu eram uma criança no corpo de um adulto, juro para vocês que quando eu saia com meus amigos, que no caso são os que eu tenho agora, sempre que passávamos em frente ao parquinho eu não hesitava em brincar.
Melhor de jeito de aproveitar a infância é quando saímos dela e admito é bem mais divertido.
Porém, meu foco não era em aprender coisas ou brincar, falar da minha infância ou qualquer coisa relacionada e sim sobre o paradeiro da campainha. Isso me deixou muito preocupado, principalmente a cara pálida e assustada que o senhor bonitinho fez. Fechei a cara um pouco, na verdade, não por está com raiva e sim porque, sem que começo a pensar demais e ativo o "Taehyung mode", fecho a cara. E as vezes faço umas caretas, que segundo Jimin e Hoseok, são muito engraçadas.
- Tae? Tá tudo bem? Você fechou a cara do nada, é porque estamos falando do seu passado, se for nós pode-... - o interrompi.
- Quem era que estava na porta? Por favor, sem desviar o assunto! - perguntei sério, e com a cara fechada.
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mensagem em anônimo! // kth + jjk
FanfictionTaehyung, ou mais conhecido - somente por ele mesmo e seus amigos - por "fracassado no amor", queria ter uma vida amorosa com sucesso e que durasse, no máximo a vida inteira. Mas considerando sua má sorte, nem isso ele teria, já que era praticamente...