Capítulo 5

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Porque eles dizem que lar é onde seu coração está inalterável
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos

Não é apenas onde você deita sua cabeça
Não é apenas onde você arruma sua cama

Contanto que estejamos juntos, importa pra onde vamos?
Lar...

- Gabrielle Aplin.

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Por Érica

Não tem nada mais chato do que arrumar malas, há não ser o Li da aula de história da arquitetura.

Me formei em arquitetura há exatos dois meses, me graduei aqui mesmo no Japão. E por via Skype fiz uma entrevista de emprego na Inglaterra e o melhor disso, eu consegui o emprego, eu consegui. A confirmação que a vaga era minha chegou há alguns dias e comprei a passagem no mesmo dia, não hesitei por nenhum segundo.

Eu gosto daqui, pensei que nunca daria certo, mas deu. Conheci pessoas novas, fiz amizades e até alguns namorados no decorrer desses sete anos.

Mas a Inglaterra é o meu lar, nunca consegui me desligar por completo de lá e esse é um dos motivos de eu ter tentado uma vaga de trabalho por lá. Eu gosto daqui, mas já passou da hora de voltar para o meu lugar.

Vou voltar sozinha, mamãe e papai continuarão morando aqui e terei aquele apartamento enorme somente para mim. Confesso que tenho um pouco de medo disso, não sei viver sozinha, já que nunca vivi sozinha antes.

- Pronta para ir?- papai entra no quarto quando vê que já estou completamente vestida e assinto, olhando uma última vez para o quarto. Dessa vez não sinto vontade alguma de chorar, estou voltando pro lugar que nunca quis deixar.

Vejo que esqueci de tirar uma última foto de uma moldura e quando me aproximo do porta retrato, finalmente sinto vontade de chorar por algo.

A foto foi tirada no meu aniversário de quinze anos, nela estou abraçada a Henry e sinto vontade de chorar por saber que tenho muitas chances de voltar a vê-lo.

Estou voltando!

Tiro a foto do porta retrato e a coloco dentro da bolsa, quero deixa-la bem perto de mim durante o voo.

Papai desce com as minhas malas e fico para me despedir de mamãe, depois de um abraço muito longo e com muitas lágrimas, nos separamos.

- Lembra do que te falei? Qualquer problema, qualquer mesmo, corra para perto de sua tia, ela mora por perto.- assinto.

- Mamãe vai ficar tudo bem, Emma e Bran ainda moram por lá também, eles não hesitariam em me ajudar.

Nos abraçamos mais uma vez e sigo para o carro, meu pai me deixa no aeroporto e fica comigo até o horário de embarque e me despeço dele com um grande abraço.

- Tenha cuidado por lá.

- Pode deixar.- beijo seu rosto e me afasto.

Tiro a foto da bolsa antes de deixa-la no compartimento e me acomodo na poltrona confortável do avião. Sorrio observando o quanto eu era feliz ao lado dele e imagino o quanto seria bom pode-lo ter por perto mais vez.

Amores Londrinos (3) - Destinados ao AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora