Capítulo 28

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Tá rosnando por que, plínio? KKKKKKKKKKKKK EU me faço kkkkkkkkkkk

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JOÃO PAULO

A coisa mais estranha que me aconteceu em toda a minha vida, foi perceber que eu tinha um cachorro antissocial. Isso existe mesmo?

Bom, não sei se realmente existe em outros animais, mas o meu é. Todos os cachorros que eu já tive o prazer de conhecer e brincar algumas vezes, se mostravam animados, felizes e sempre querendo brincar mais e mais. O meu, no entanto, é o completo oposto destes mesmos. Quieto e sempre na sua, dificilmente se ouve um latido seu; gosta de brincar sozinho e quando qualquer pessoa que não seja o meu namorado ou seu irmão se aproximam, o mesmo sai correndo para se esconder.

Será se ele faz isso porque não gosta de mim e do meu pai? Não é possível, eu dou tudo para ele... amor – mesmo que ele não queira e sempre fuja dos meus carinhos -, dei uma casa que mais parece uma mansão de tão grande, o levo para passear, compro todos os brinquedos possíveis e a ração dele é das melhores. Não tem motivo para que ele não caia de amores por minha pessoa.

Tudo bem que ele passou quase seis meses internado em uma clínica veterinária fazendo cirurgias e se recuperando dos ferimentos que o outro dono do mesmo impôs ao meu bebê, mas aqui nós não iremos fazer algo desse tipo. Nós o amamos muito, mesmo que no final ele seja um mal-agradecido e me morda sempre que quer. Viu? Até deixar ele me morder eu deixo. Como diz a Gorete, uma das empregadas mais antigas da minha casa e minha (ex) babá: Mas que cachorrinho mais maluvido!

Ela também é uma das pessoas de quem o meu cachorro menos gosta, juntamente comigo e com o meu pai. Eu não sei o motivo, porque ela é uma das que passam mais tempo junto dele desde quando o mesmo chegou em minha casa. E falando dele não gostar do meu pai...

FLASHBACK

- JOÃO VEM AQUI AGORA! – É, galera, se despeçam de mim, porque eu já estou mortinho da Silva. Subi as escadas e fui em direção ao quarto do meu pai, de onde veio o chamado fofinho por minha pessoa. Claro que subi devagar para que a fera ficasse mais calma, mas parece que não adiantou de nada, porque ele estava com tanta raiva que eu pude ver a veia de sua testa pulsando.

- Estou aqui, pai. – Dei um sorriso amarelo em direção ao mesmo e ele não disse nada, apenas saiu da minha frente e quando eu olhei aquilo, quase caí para trás... TODAS, eu disse TODAS as roupas do meu pai estavam completamente rasgadas e em cima delas, estava Malec, dormindo tranquilamente.

- Você está vendo isso que eu estou vendo? – Acenei positivamente e só não comecei a correr ainda em direção à floresta porque eu não queria levar uma chinelada bem na cara. Meu pai é, infelizmente, muito bom de pontaria. – Sabe a sua mesada? – Assenti. – Pois bem, ela está suspensa até que eu compre todas as coisas que o seu bicho destruiu, entendido? – Assenti. – Eu fiz uma pergunta, João Paulo Lemmant Junior.

- Sim, pai, eu entendi.

- Agora tire esse cachorro daqui agora antes que eu fique mais chateado ainda. – Assenti outra vez. Quando o meu pai fica zangado, a melhor coisa que todos fazem é ficar quieto. Assentir. Dizer que entendeu e deixar a vida seguir até que ele esqueça do que o fez ficar com raiva ou não ligue tanto para isso.

Quebra de tempo

Já estamos quase no final do ano letivo, faltando apenas esse mês para que o mesmo termine. Meu relacionamento com Victor não poderia estar melhor, a fase de desconfianças passou bem rápido, a fase de ciúmes ainda estamos passando, pois para mim, não está sendo nada fácil ver que por onde ele passa, chama atenção pela sua bunda. Será que esses homens nunca viram uma bunda e precisam ficar olhando para a do namorado dos outros? De qualquer forma, eu estou muito seguro. Pois o que os mesmos olham desejando, eu tenho só para mim.

Me Perdoe (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora