E aí gatinhas, tão bem?
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VICTOR HUGO
Como nós havíamos chegado e minha mãe não quis se sentar junto conosco, me sentei e respeitei sua decisão de não se juntar a nós em seu momento de trabalho, mas quase que eu saí correndo quando o pai do João começou a dizer que pensou que eu não iria vir em sua casa porque o mesmo é feio. Onde eu meto minha cara nesse momento?
Como já havia comida servida na mesa, e meu irmão, que por insistência do senhor João, ficou junto na mesa conosco, já que minha mãe não queria o deixar ali. Eu peguei para o Lipe: Arroz, feijão, carne e salada. Para mim eu escolhi, arroz, feijão e bife acebolado. Os outros dois comeram a mesa inteira, cada prato tinha tanta comida dentro que chegava a parecer o morro do alemão. Sorri com meu pensamento e em troca, recebi três rostos curiosos em minha direção. Apenas dei de ombros e comecei a comer, vendo que o Lipe por ainda não saber comer direito se sujou todo, mas não liguei muito, porque eu ainda iria dar banho nele.
- E como os dois começaram a namorar? – O pai de João nos perguntou, fazendo com que eu me engasgasse com a comida. – Eu sempre fiquei curioso de saber isso.
- Olha não foi muito fácil não, eu fiz umas merdas com ele no passado, fiz umas merdas com ele antes de começarmos tudo, mas felizmente, pelo poder dos anjos ele aceitou namorar comigo. – Sorri tímido em sua direção, apertando o seu nariz.
- É, e eu também fiz algumas coisas que eu não acho que foram algo que uma pessoa boa faria, mas ele também mereceu, então não posso me arrepender muito. – Sorri nervoso, vendo o pai dele nos olhando calmo.
- E você quer fazer o que de sua vida quando terminar o ensino médio? Digo, não querendo ser ou parecer invasivo, mas é que você já está no último ano do ensino médio, certo?
- Sim, senhor. E não precisa se desculpar não, eu entendo o motivo do senhor ficar curioso. – Dei um sorriso em sua direção e senti João apertando a minha coxa por baixo da mesa. – Eu queria fazer algo relacionado a medicina ou com alguma relação com empresas, prestando algum tipo de serviços a empresas grandes.
- Tipo serviços de manutenção da rede de computadores? – Assenti. – Então você quer abrir uma empresa e prestar serviços a outras empresas, terceirizando o serviço... uma coisa bem interessante, tenho de admitir.
Senti minha barriga doer e me controlei para não correr para o banheiro no mesmo instante, para não parecer para o pai de João que eu era uma pessoa maluca, mas assim que deu certo eu pedi com licença, pois ia ao banheiro. João me olhou com uma expressão bastante preocupada, mas eu apenas sorri ao mesmo e ele continuou lá com o seu pai e com o meu irmão, enquanto eu estava, agora, me acabando no banheiro de tanta dor de barriga que eu estava sentindo.
O pior é que eu não estava em casa, então não podia nem parar de me concentrar, pois se parasse, com certeza eu iria soltar uns peidos altos e eu estava com muito medo de que o mesmo escutasse, porque imagina... ele iria achar que eu só vim na casa dele porque estava com vontade de cagar, o que não era verdade. E isso ainda nem era o pior, o pior era se o mesmo imaginasse que eu estou vindo para o banheiro apenas para ficar longe da presença do mesmo, o que também é mentira. Tudo bem, ele tinha uma cara muito assustadora e eu fiquei sim com medo dele, mas não tanto a ponto de não querer o conhecer.
Eu acho que eu estou muito desesperado, porque não estou, ao menos, pensando direito. Respirei fundo quando senti que minha dor de barriga havia diminuído, pelo menos por hora; e que eu não estava mais precisando ficar no vaso sanitário por mais tempo do que eu necessito.
- Victor? – Escutei João me chamando pela porta e quase quis o matar, por ele ter me trazido para sua casa logo hoje que eu estava com diarreia. Maldito namorado! – Você está bem? Precisa de ajuda com algo?
- Preciso que você diga para o seu pai que eu preciso ir para o hospital agora. – Após me limpar direitinho e com calma, apertei a descarga e rezei para que tudo aquilo que tinha saído de mim pudesse descer sem mais problemas.
- O motorista já está a postos e só está nos esperando para que possamos ir lá no hospital. – Antes de sair do banheiro peguei o vidro de bom ar que tinha em cima da pia e tentei deixar o ar menos podre.
- Vamos logo, antes que me dê dor de barriga outra vez. – Ele assentiu e saiu na minha frente, acabamos por sair de sua casa e irmos para o mesmo carro que chegamos. Depois que nós entramos no carro, demorou menos de quinze minutos para que chegássemos até um hospital, mas foi tempo o suficiente para que eu pudesse ficar indignado porque todas as coisas existentes eram perto da casa do João, enquanto eu tenho que passar horas dentro de um ônibus cheio igual a uma lata de sardinha.
O hospital que nós fomos era um hospital que existia, para mim, apenas em filmes e series, mas que eu descobri que existiam na vida real, de tão perfeitos que os mesmos eram. A fachada do mesmo era enorme e tinha o nome do hospital e uma cruz vermelha perto do nome do mesmo, parecia um letreiro de alguma loja famosa de Paris, daquelas onde só podem entrar as pessoas que têm tanto dinheiro que limpam a bunda com notas de cem dólares.
Até o atendimento aqui era diferenciado... não tinha muitas pessoas na recepção, tinham seguranças por todos os lados, a porta abria sem ninguém precisar tocar, apenas com um sensor de calor, acho eu. As atendentes todas muito bem vestidas e com um sorriso enorme no rosto, que eu posso quase afirmar que as mesmas estão com seus rostos completos, sem tirar nem uma parte, cobertos por câimbras.
As cadeiras eram todas acolchoadas e tinham até algumas poltronas enormes, com alguns pufes ao lado para as pessoas que preferiam ficar sentadas ali. Tinha uma sala enorme ao lado, que era para as pessoas que vinham com crianças pequenas pudessem as deixar ali e resolver suas coisas no hospital, quando terminassem poderiam voltar e pegar seus filhos, filhas ou sobrinhos e sobrinhas para que fossem embora. Essa era a sala mais vigiada que eu vi até agora no hospital, até porque se uma dessas crianças somem, o hospital vai até a falência com o escândalo.
O médico que me atendeu era um homem alto, branco, barbudo e com os olhos verdes. Não era muito malhado, mas também parecia que gostava de cuidar muito do corpo, João já ficou o olhando com uma cara feia e que eu tinha que a todo momento o cutucar, porque ele estava passando vergonha com isso. Eu estava com ele e ele não precisa sentir ciúmes de mim, já eu... mano, esse cara que está me namorando é quase um deus grego, mas como eu já percebi que o mesmo é muito leal em tudo, não toco no assunto ciúmes perto do mesmo.
- Aquele doutor estava muito de toques para cima de você. Eu não gostei nada disso. – João começou a dizer no momento em que saímos de dentro da sala de consultas. – Ele não precisa ficar tocando tanto e em tantas áreas assim para que possa dizer um simples diagnóstico de que foi alguma comida que fez mal. – Ele bufou e eu me segurei para não soltar uma gargalhada ali mesmo onde estávamos, mas não o fiz por conta da placa enorme indicando que era obrigatório o silencio nas dependências do hospital. – Eu mesmo poderia ter dado esse diagnóstico.
- Fica calmo, João. – Disse passando minha mão pelo seu cotovelo até chegar em suas mãos, apertando a mesma. – Além do mais, você é a única pessoa que eu quero chupar. – Deixei o mesmo para trás e segui em direção a sala de espera, já que tínhamos de pagar para as meninas que ficavam ali no atendimento. Além de que depois que o mesmo me deu um remédio, estava me sentindo completamente renovado e sem dor.
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Me Perdoe (Romance Gay)
RomanceLIVRO 1 Um deles era rico, o outro pobre. Um praticava o Bullying e o outro sofria. O que será que o destino reserva para estes dois? Quer descobrir? Venha comigo e descobriremos essa história de amor, ódio, brigas, perrengues e felicidades, nas vid...