Capítulo 20

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Mais um capítulo para ocêxxx!

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Victor Hugo

Depois que abri a porta, a bela surpresa que eu tive... Era João. Ainda não dei um tiro nele por me acordar, porque não tenho uma arma. Mas seguindo o baile, a gente sentou na sala e começamos a ficar até que meu irmão desce e nos pega no flagra, e com sua inocência acha que ele não devia estar aqui pois nossa mãe não goste que falemos com estranhos. Tolinho! Se ele soubesse que esse "falando" estava sendo uma coisa bem mais intensa do que apenas palavras...

- Então, Lipe, você lembra do João? Ele é aquele cara legal que trouxe a gente da escola aquele dia. – Sorri quando vi o mesmo encarando João com dúvida, mas depois começou a sorrir em direção a ele.

- Eu lembo dele, ele mola lá na casa gandona que a mamãe tabalha. – Quase que derreto nessa hora, como uma pessoa pode ser tão fofa? – Voxês tão bincanu? Eu também quelo bincá. – Olhei em direção ao João e o mesmo parece querer enfiar sua cara em um buraco de tanta vergonha.

- É... Nós estamos brincando de assistir filmes, você quer brincar também? – Meu irmão balança a cabeça para cima e para baixo quase que freneticamente. – Então vai lá em cima, pega seu cobertor, e vem aqui para baixo. – Quando ele termina de falar o Lipe saiu correndo. – Cuidado na escada, vai mais devagar! – Quando Lipe desapareceu da nossa vista, senti o mesmo me puxando e apertando a minha cintura. – Onde nós estávamos?

- Para, João! -Falo tentando me soltar de seus braços. Para! O Lipe já tá quase descendo. Fica aí e espera ele que eu vou na cozinha fazer pipoca para que possamos comer, já que um certo buraco negro já comeu uma bacia de pipoca que eu havia feito. – Debochei com ele, porque desde que chegou, o mesmo havia comido tudo o que eu havia feito para mim e para o meu irmão.

- Ei, eu não sou um buraco negro! Eu estava apenas com fome. – Assenti com deboche.

- E quando não está? Agora eu vou lá que o filme já tá quase acabando e a gente não assistiu foi nada.

Fui para a cozinha sem esperar ele falar mais nada porque do jeito que ele é, eu não viria nunca! Ô pessoinha para gostar do contra, nunca vi! Faço as pipocas, um copo de suco para o Lipe, esse que deve estar quase devorando a casa inteira, porque se eu não soubesse que minha mãe tinha o carregado no ventre durante 8 meses – porque a pessoa ali já é apressada desde a barriga da minha mãe – eu arriscaria dizer, com 99% de certeza, que ele é filho do João. Voltei para a sala e escutei o Lipe perguntando de que a gente estava brincando, e o João Paulo respondendo que a gente estava brincando de dentista. Sinto que isso ainda vai me trazer uns problemas futuros!

Coloquei a pipoca em cima da mesinha de centro e voltamos a assistir ao filme, com o Lipe sentado em meu colo, eu com a cabeça em cima do peito de João e ele com o braço na minha cintura. Sinto o Lipe amolecendo em meus braços e já sei que ele dormiu, porque é fraquinho para filmes. Se a gente quiser fazê-lo dormir é só por em frente a uma televisão com filmes que não sejam de desenhos, porque se colocar desenho você acorda uma fera que têm dentro dele e é difícil para controlar, experiência própria, eu diria.

Ainda assistimos o resto do filme concentrados em entender mais ou menos já que não tínhamos assistido até o meio dele. Não rolou nada demais, apenas ele fazendo um carinho na minha cintura e de vez em quando cheirando o meu cabelo, já eu, não podia nem me mexer com medo de acordar esse bebê que tinha no meu colo. Quando o filme acabou já eram 18 horas, minhas pernas já estavam ficando dormentes de ficar deitado com 20 quilos nelas. Então levantei com cuidado e fui seguindo até o quarto para deixá-lo lá, enquanto arrumava a casa e preparava o jantar.

Me Perdoe (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora