Capítulo 18

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VICTOR HUGO

Nosso passeio foi maravilhoso! Ou eu poderia dizer que nosso encontro foi maravilhoso? Não sei, mas que foi, foi! Primeiro o almoço, que a gente foi em um restaurante Self-Service, depois uma sorveteria, depois uma pegação no carro – que aconteceu espontaneamente-, depois fomos adotar um cachorrinho para ele, mas a surpresa maior veio quando eu falei o endereço que minha mãe trabalhava, que, por incrível que pareça, era a casa dele. Ah, o destino!

- Como assim sua casa? Não acredito!

- A casa é do meu pai, mas eu acho que posso considerar minha também. – Falou fazendo um pouco de graça. – Agora que já passou o estado de surpresa... - Se aproximou e falou em meu ouvido... – O que acha da gente se namorar mais um pouco, namorado? – Quando terminou de falar, colocou sua mão em minha cintura e me deu um beijo, dessa vez mais calmo do que os anteriores, mais romântico.

- Você é muito cheiroso! Qual perfume que você usa? – Perguntou dando uma cheirada bem forte em meu pescoço, que cheguei a ficar arrepiado.

- Eu uso o fame. Conhece? Ele é muito bom.

- Conhecer eu não conheço, mas é muito bom mesmo!

- Agora parou com isso, não é? Você já está a muito tempo no meu pescoço, parece que vai arrancar um pedaço com uma mordida. – Afasto seu rosto e logo em seguida dou um beijo em sua bochecha.

- Estraga prazeres! Que droga! – Nego com a cabeça e dou um beliscão em seu braço, escutando o mesmo fazendo um som de dor.

- O que aconteceu? Eu nem fiz nada de ruim para levar um beliscão desses.

- Não, eu que fiz! Olha para frente. – Merda! A gente esqueceu de subir aquele vidro que eu não sei o nome. Mas o motorista também não está parecendo ligar muito para isso, então não fico tão preocupado.

- Pronto! Melhor agora, senhor cavalheiro? – Ele perguntou depois de ter pego o controle e ter fechado o vidro. – Agora, conte-me melhor sobre como minha mãe trabalha na sua casa e eu não sabia?

- Eu não sei! Meu pai contratou uma pessoa nova, mas eu não fazia ideia de quem era, eu juro!

- Eu acredito em você, bobão! Agora vamos lá, pois temos que instalar o cachorrinho em seus aposentos reais, na mansão JP HORROR. – Sorri com a cara que o mesmo fez, mas não disse nada.

- Ei! Por que horror? Eu nem sou feio, eu sou uma das sete maravilhas! Modéstia à parte, é claro!

- Oh! Que modesto! A "modesteza" em pessoa. Mas me conta, como é onde você mora?

- Bem, minha casa é grande, a gente mora em um condomínio que eu acho maravilhoso, porque tem áreas de lazer, tem uma praça, tem um lago, na minha casa tem 7 quartos e todos suíte com banheiros, ela tem dois andares, tem um jardim lindo e na frente tem algumas árvores. O que mais você quer saber?

- Como é seu pai? Tem flores? Tem muita gente trabalhando lá? Como é o teu quarto? O quintal é muito grande? Aliás, falando nisso, você já deu um nome pro seu cachorro né? Se você não tiver eu posso te ajudar, eu sou muito bom com ideias!

- Você faz muitas perguntas, parece um bebê depois que aprende a falar.

- Mas eu sou um bebê! Me responde logo. – Cruzei minhas pernas.

- Meu pai é como qualquer outro pai, mas como ele trabalha muito, não tem muito tempo para ficar em casa. Mas eu sei que ele faz tudo isso para que no futuro, eu tenha do bom e do melhor e é por isso que eu estudo bastante e não gosto de tirar notas baixas, para que ele saiba que o que ele está fazendo não está sendo em vão. No jardim dos fundos tem várias flores, que eu acho lindas. Eu não acho que tem muitas pessoas trabalhando lá. Temos 6 empregadas, 2 que ficam na cozinha e as outras 4 ficam responsáveis por limpar a casa. Temos uma governanta, ela é uma senhorinha muito fofa, mas cuidado, se você fizer algo errado ela pode te meter a mão, e ela é da família, nem o meu pai se atreve a se meter com ela. – Seu ar de riso também me contagiou e eu dei uma pequena risada. – O meu quarto não é muito legal que eu te fale dele, você não vai gostar muito se eu te falar. Sim, o quintal é gigante! E não, eu não dei um nome pro cachorro ainda.

Me Perdoe (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora