Capítulo 9

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VICTOR HUGO

No momento estou saindo de casa junto com Lipe em direção à escola, estamos meio atrasados, mas nada que comprometa muito, então estamos caminhando em uma velocidade normal, nada de correria por enquanto. Chegamos ao ponto de ônibus e quando o mesmo chegou, entramos, e ele como sempre estava lotado. Ficamos na parte da frente mesmo, já que para trás estava uma lata de sardinha e o motorista nos autorizou. Paguei as passagens e cá estamos nós depois de descer e seguir para a escolinha do Lipe. Pelo menos ele não se atrasou, porque quando chegamos na frente da escola ainda faltavam mais ou menos uns 5 minutos para o portão fechar.

- Tchau, meu amorzinho! – Falo dando um beijo em sua bochecha e apertando as mesmas, o que fez com que ele me olhasse com um biquinho chateado, porque não gosta que apertem suas bochechas. Mas o que eu posso fazer se ele é MUITO fofo?

- Tchau, vi! – Diz me dando um abraço e correndo portão a dentro, enquanto a professora que sempre espera as crianças está no portão.

Logo após deixar ele na escolinha e vê-lo entrar – sim, eu espero ele entrar para ir para minha escola – eu saio em direção onde eu estudo, vou caminhando bem devagar esperando que nunca chegasse lá de tão lento que eu andava. Mas não foi isso que aconteceu, depois de um tempo eu cheguei em frente do portão da escola, entrei e segui até a sala, pensei que a professora estaria lá, mas no final ela não estava e eu estranhei, já que sempre ela chega no horário, fui para onde estava meus amigos e sentei ao lado deles, que pararam a conversa entre si quando me viram chegar e sorriram em minha direção.

- Oi – Falei e quando me responderam, complementei - Como vocês estão?

- Estamos bem, só não melhor do que você. – Diz Jeff com um sorriso safado no rosto, e eu? Já estou igual um tomate de tão corado.

- Por que você diz isso? – Pergunto até com medo da resposta, porque a língua deles é uma coisa de outro mundo.

- Oras, que porra! A gente viu o beijo que ele te deu. – Duda diz de um jeito tão cínico e safado quanto Jeff, porém eu não respondi na mesma hora, fiquei apenas os encarando e acordo quando a mesma faz a pergunta que não quer calar, inclusive para mim. – E você gostou?

- Como assim vocês viram o beijo? – Digo bem baixo para não ter perigo de ser ouvido por alguém.

- A gente viu a confusão e fomos atrás de você, mas aí você já estava no jardim com ele e a gente preferiu não intervir e ver o que aconteceria. Mas pelo visto você não gostou, porque o tapa que você deu nele até eu senti. – Fala sorrindo e fazendo uma careta e eu dou um sorriso sem graça. – Mas e aí, por que você chegou atrasado hoje?

Eu ia responder, mas quando eu abri a boca para falar a professora entrou dentro da sala, e eu dei graças a Deus por isso já que eu teria que contar que passei a noite pensando nele e, bom, isso não era uma opção.

Os três primeiros horários eram de matemática, então me concentrei na aula para não ficar perdido no assunto, levando em conta que matemática é a matéria mais importante para mim. É difícil? É. Leva tempo para aprender? Se não prestar atenção, sim! Mas para mim é uma das melhores matérias que tem.

Hoje foi muito difícil, eu consegui aprender, mas foi bem mais puxado. Tendo terminado as aulas, hora do intervalo! Mas eu estava bastante apertado, então fui ao banheiro para me aliviar. Abri a porta do banheiro e na hora fiquei pálido, João estava lá dentro. Fodeu! Ele me viu e eu tentei sair de lá o mais rápido possível, mas ele é mais ágil do que eu e senti ele segurar o meu braço e me virar.

Me Perdoe (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora