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Não esqueçam da estrelinha <3
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VICTOR HUGO
Faltavam apenas 5 minutos para 19 horas e minha mãe ainda não tinha chegado, mas há uns 10 minutos atrás ela tinha me mandado uma mensagem falando que o ônibus em que estava, ficou preso num congestionamento perto da rua do hospital em que estávamos. Estava muito ansioso, pois desde o momento em que chegamos aqui, a única conversa que escuto é que ele está sendo examinado e logo após terminarem o médico vem aqui onde estou falar comigo. Saio dos meus pensamentos quando escuto minha mãe chamar meu nome em alguma área, eu prontamente respondi e lá vem ela, ainda com o uniforme do trabalho.
- Como ele está? –Fala exalando preocupação.
- Ainda não tenho notícias dele, mãe. Eu pedi informação à um enfermeiro e ele me falou que estão sendo feitos exames nele e logo após terminarem eles vêm me comunicar.
- Mas será que é algo grave? Ele nunca teve nada disso. – Dei de ombros.
- Bem... Eu não sei. Ele não comeu nada de diferente hoje.
- Então vamos esperar o médico vir falar conosco, mas vamos nos sentar que eu estou morta na farofa de cansada. Acredita que no ônibus que eu vim não tinha espaço para mexer nem um braço? Hoje estava parecendo uma lata de sardinha de tão apertado, aliás, uma lata de sardinha deve ser BEM maior. –Diz dando ênfase na palavra bem.
-Meu Deus! Mas eu acredito sim. Tem uns horários que só Deus na causa. – Falo dando uma gargalhada estrondosa.
Depois disso ficamos calados, pois após meu ataque de risos, eu percebi que tinha muita gente nos olhando e encarando como se fossem voar no nosso pescoço sem pensar. Ficamos 10 minutos esperando e quando eu olho para uma porta, vejo o doutor vindo e junto dele, vejo meu irmão acordado, mas muito sonolento e com os olhinhos inchados, denunciando que ele havia acordado agora.
- Boa noite! Meu nome é doutor Eduardo e estava fazendo uns exames nesse carinha aqui. A senhora é a responsável por ele? –Fala olhando minha mãe.
- Sou sim! O que meu bebê tem?
- Então... Quando ele chegou ele estava quente de febre, mas não está com nada muito preocupante. Essa febre é consequência de uma gripe que ele está. Eu já passei uns remédios que vocês podem comprar inclusive na farmácia do hospital. Não são muito caros, e o uso deles é de 12 em 12 horas. Eu já dei uma dose de remédio para ele, então o próximo será... –Faz uma pausa para olhar no relógio – 07:30 da manhã.
- Tem certeza que ele só está com uma gripe mesmo? Porque nós chegamos aqui quando ainda não era noite e já está escuro. – Pergunto com preocupação e ele me olha com calma e assente.
- Tenho certeza sim, demorou mais porque estávamos com umas crianças na frente dele e ele foi levado à uma sala que temos e que foi feita especialmente para crianças. Vocês podem pagar lá naquela moça. – Fala apontando até uma moça. – Vocês dão esse papel para ela, e ela vai falar em quanto ficou tudo, não esqueçam que podem comprar o remédio aqui mesmo, a farmácia fica aqui do lado. Eu tenho que ir, tchau!
Depois que ele saiu, fomos até onde ele indicou e efetuamos o pagamento, que ao todo deu 340 reais. Eu achei barato, porque no papel que entregamos para a moça ela nos explicou os exames que ele fez. Eu achei que eles foram bastante cuidadosos, pois fizeram quatro exames. Saímos e fomos em direção à farmácia comprar os medicamentos que ele precisava tomar. Compramos e deu 100 reais ao todo. Vi que com o restante do dinheiro dava para pegarmos um Uber, então chamei um e ficamos esperando até ele chegar.
Economizamos mito tempo indo de Uber para casa, além de termos feito um ótimo negócio para o Lipe, porque ele com certeza não estava em condições de pegar um ônibus lotado. O tadinho tá muito cansado e ainda dormindo em cada lugar que se encosta, mas depois que chegar em casa eu faço uma sopinha para ele enquanto minha mãe faz nosso jantar, e ele vai ficar novinho em folha. Só não acho que ele vá gostar muito de saber que vai ter que tomar remédio, mas se bem que ele não pode nem protestar porque é para o próprio bem dele.
Dei o dinheiro para minha mãe pagar o Uber e entrei para dentro carregando meu bebezinho dodói, e o levei até seu quarto. Desci até a cozinha e quando cheguei lá, encontrei minha mãe tirando da geladeira frango e legumes.
- Não precisa se preocupar com isso, mãe. Vá para seu quarto e tome um banho, deite 30 minutos e deixe que eu faço nossa comida. Eu não estou cansado, dormi muito hoje à tarde e não estou nem um pouquinho cansado. – Disse vendo-a assentir e em seguida partir rumo a seu quarto.
Vi que ela tinha pegado primeiro os ingredientes para a sopa dele, então resolvi fazer primeiro isso. Cortei os legumes e lavei-os em seguida, desfiei o frango, e coloquei tudo na panela adicionando um pouco de corante e deixei cozinhar. Fui até a geladeira e coloquei um pouco de água em um copo e bebi logo em seguida. Peguei salsicha, cebola, tomate e o resto de feijão. Coloquei o feijão para esquentar e dei uma olhada na sopa e vi que já estava começando a ferver.
Cortei 4 salsichas, cortei cebola, peguei uma frigideira e coloquei-as para fritar e fui fazer o arroz. No arroz eu coloquei alho, tomate, pimentão e sal. Tudo já no fogão e sendo pronto gradativamente, eu sentei um pouco para esperar as coisas começarem a ficar boas para comer. 20 minutos depois o arroz já estava quase secando, o feijão já estava pronto juntamente com as salsichas e agora só faltava a sopa.
Essa que já era para estar pronta a algum tempo, se não tivesse feito no fogão, e sim no fogo de carvão. Sim, aqui a gente tem um fogo à base de carvão que minha mãe tinha visto em uma casa de uma amiga e essa dita cuja deu essa ideia para ela. Confesso que no começo estranhei, mas depois de 2 dias eu já estava querendo fazer tudo nele.
Ele é bem mais rápido, é bem mais econômico, e o carvão está muito mais barato do que um botijão de gás. Mas agora não é hora de falar disso, a sopa já tinha ficado boa então apaguei o fogo, coloquei um pouco no pratinho de Felipe e deixei esfriando enquanto ia lá no quarto da minha mãe chamar ela para jantar. Passei no quarto dele que era uma porta antes do da nossa mãe, e vi que ele estava dormindo, ou seja, ela janta primeiro e enquanto eu lavo as louças ela alimenta ele.
- Mãe? – Bati na porta 3 vezes e abri. – Mãe, vamos jantar?
- Eu vou dar a janta do Lipe primeiro.
- Ele está dormindo, é melhor a senhora jantar primeiro e depois você dá o jantar dele. – Ela assentiu e ainda bem que considerou a minha ideia, porque ele fica melhor dormindo por enquanto, já que ainda está cansado.
Terminamos de jantar e como falei, fiquei lavando as louças enquanto minha mãe subiu para o quarto dele. Terminei de lavar tudo, já que um tempo antes ela tinha trago o pratinho dele. Sequei e guardei tudo, logo apagando as luzes para ir dormir já que eu estava um pouco cansado era o único acordado... ainda era cedo e eu não estava com muito sono, porém não iria ficar fazendo barulho enquanto eles tentam dormir.
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Me Perdoe (Romance Gay)
RomanceLIVRO 1 Um deles era rico, o outro pobre. Um praticava o Bullying e o outro sofria. O que será que o destino reserva para estes dois? Quer descobrir? Venha comigo e descobriremos essa história de amor, ódio, brigas, perrengues e felicidades, nas vid...