Capítulo 15

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VICTOR HUGO

Estava na minha cama dormindo quando de repente, começo a escutar uns toques insistentes, acho que era meu celular, mas não dei atenção e voltei a dormir, ou melhor, tentei. Já que a pessoa que me ligava parecia estar quebrando o celular de tanto apertar para ligar de novo, de novo e de novo. Decidi atender, para tentar parar o mausoléu que é tentar dormir e não conseguir.

Tateei a mesinha que fica ao lado da minha cama em busca do meu celular e não encontrei. Não estou acreditando que vou ter que levantar para ir atrás desse maldito aparelho do caralho. Já estou estressado pela seguinte coisa: Nunca gostei que me acordassem, seja por qualquer motivo. E agora além de me acordar, essa pessoa ainda teve o azar de me fazer levantar para encontrar meu celular na bagunça que está meu quarto.

Levantei-me e liguei a lâmpada do meu quarto, e comecei a procurar meu celular que mais parecia um tesouro de tão difícil de encontrar, segui então o som que o aparelho fazia, mas sempre que a ligação parava eu voltava à estaca 0. Continuo na minha luta a procura do meu celular perdido. Depois de algumas – Várias – ligações perdidas eu finalmente encontro meu bebê idoso –Ficar 3 anos e meio com um celular não é lá muito fácil-.

- Alô, para me acordar essa hora espero que seja uma emergência ou amanhã eu vou cortar tuas bolas. – Digo logo após ver o nome do dito cujo que está me ligando.

- Para cortar vai ter que pegar nelas, então eu acho que vai ser um bom negócio. Se acrescentar um carinho eu deixo cortar tudo. – Que cara idiota!

- Idiota! O que você quer? Eu estava dormindo no maior sono e você não para de ligar, então fala logo que eu estou quase morto. – Falo sem a mínima paciência, pelo motivo que contei para vocês acima.

- Eu queria saber como seu irmão está. Eu não liguei antes porque eu sou muito esquecido, só não deixo a cabeça nos lugares porque ela é grudada. Mas e aí, como ele está? – Confesso ter ficado bastante perplexo com ele ter ligado para saber do meu irmão. Uma ação muito fofinha!

- Ele está bem! O médico falou que é apenas uma gripe, aí passou uns remédios e pronto. Eu pensei que era mais grave, porque quando eu peguei nele ele estava quente, mas os médicos sabem melhor do que eu porque estudaram para aquilo, não é? – Uma pergunta meio óbvia que não precisa de resposta.

- É verdade, mas e você... Tá bem? – Oi? Perdi alguma parte em que algum extraterrestre abduziu ele, e depois de tirar todo o sangue possível do cérebro do tamanho de uma uva dessa pessoa, o devolveu para a terra?

- Estou, mas bem cansado. E você? – Vamos ser educados com as pessoas né não mores? Porque a gente é pobre? Para uma caramba, mas a gente recebeu uma boa educação em casa.

- Também, só liguei agora porque eu esqueci de ligar para você algumas horas atrás. –Ele ia me ligar antes? Para o mundo que eu quero descer.

- Tudo bem. Agora tenho que ir dormir, tchau!

- Tchau!

Depois dessa conversa eu ainda estava com sono, mas eu tinha que colocar todo esse babado para fora e o que melhor para fazer, se não contar para os meus melhores amigos do mundo inteiro? Meus olhos brilharam e meus dedos quase tremeram, dada a emoção de poder compartilhar alguma experiencia desse tipo com alguém.

- Gente, eu tenho um babado para conta a vocês.

- Estão aqui?

- Caralho, falem logo seus merdas!

- O que você quer, sua puta?

- Eu, puta? Jamais! Sou uma mocinha virgem e imaculada que nunca foi tocada nas áreas proibidas, porque isso só depois do casório.

Me Perdoe (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora