Capítulo 21

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Eu estou muito bom, não é mesmo? uqhuahushah

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João Paulo

Saio da casa de Victor, entro no carro e vou direto para casa, já com a ideia na cabeça de contar para meu pai que estou com Victor, afinal, ele é meu pai e tem direito de saber que eu estou feliz pra caralho! Afinal, eu não vou ter meu pai para sempre e preciso me sustentar sozinho, inclusive estou pensando em começar a trabalhar, porque agora que tem o Victor na parada, se meu pai não aceitar eu tenho que ter algum plano para minha vida. Até porque eu não deixarei o Victor nem se o papa viesse pessoalmente na minha casa dizer que não era para eu namorá-lo.

Perdido nesses pensamentos eu nem percebi que já estávamos chegando a minha casa, quando o carro parou eu rapidamente desci dele e entrei casa a dentro, subindo até meu quarto.

- Filho, onde você estava? Eu entrei dentro do seu quarto e você não estava, acho bom você começar a estudar para as provas que estão chegando.

- Claro, pai! Vou estudar sim. Mas é que eu tinha ido ao veterinário deixar o Alec, porque ele é muito doentinho e eu quero que ele fique bom logo, e talvez saia bem caro, mas você paga pra mim, não é, papai? – Pergunto olhando-o com um olhar lotado de expectativas, mesmo sabendo que ele não negaria dinheiro para algo sério.

- Certo! Você comprou esse cachorro doente onde? Nas lojas de pets eles não vendem animais que são doentes.

- Acontece que eu não o comprei, eu o adotei. Quando eu o vi todo machucado, com o pelo todo caído porque parece que o antigo dono jogou água quente nele, e chorando eu fiquei com muito dó. Mas aí quando eu bati meus olhos nele, foi amor à primeira vista! – Falo quase me derretendo porque meu cachorrinho é a coisa mais fofa desse mundo, depois do Victor, é claro!

- Certo, mas você quem vai cuidar dele, você sabia, não é? Não quero você pedindo para nenhum dos empregados fazerem algo que é sua responsabilidade. Você vai levar no veterinário quando precisar, você vai dar banho, você vai levar para passear, você vai dar comida e água. Entendeu?

- Sim, pai, eu entendi! E eu preciso falar com você sobre uma coisa... Eu estou namorando!

- E o que eu tenho a ver com isso? É alguma pessoa que eu não gosto? – Meu pai é bem assim mesmo! Ele só liga se eu estou feliz e se eu estou tendo algo com alguém que ele não gosta, porque mesmo sendo muito calmo, ele não é besta.

- Não, pai! É que... é um menino. – Falo e vejo-o sorrir. – O que foi? Por que está sorrindo? Não tem graça nenhuma.

- Garoto, eu já sabia que você estava se enroscando com um homem dentro do meu carro, com meu motorista, você acha que eu não ia saber? – Eu já devia saber que aquele x9 ia dizer para o meu pai – E pra quê essa cerimonia toda para me falar uma besteira dessa? Você mais do que ninguém sabe que eu nunca fui preconceituoso e não será com meu próprio filho que eu começarei a ser. Tem mais alguma coisa que você ache que eu preciso saber? – Fiz que não, movimentando apenas a cabeça. – Então vai estudar garoto, porque eu não ligo de você namorar uma pessoa do sexo masculino, mas se isso atrapalhar mais nas suas notas, pode ter certeza de que eu farei com você termine no mesmo instante, entendeu? – Assenti. – E eu só quero notas iguais ou maiores do que sete esse ano, entendeu?

- Mas pai, por quê? Isso é muito difícil.

- Você quer reclamar ainda? – Ele me olhou perplexo e eu fiz uma carinha de coitado. - Você não trabalha, só estuda então faça seu melhor. Aliás, qual nome desse menino? Ele estuda na mesma escola que você?

- É o Victor, pai.

Meu Deus, nunca me senti tão aliviado de ter conversado com meu pai e ele ser essa pessoa liberal que ele é. Entrei no meu quarto e fui ao banheiro me aliviar, esvaziei a bexiga e logo após tirei toda minha roupa e meus sapatos, e fui para baixo do chuveiro, estava precisando muito de um banho.

Me Perdoe (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora