Capítulo 48

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Braz.

Terminei de jogar o corpo do cuzão na vala e acendi meu cigarro.
Me ligaram e eu atendi.

Marcela:Oi...

Braz:Oque que tu quer Marcela?

Marcela:Volta comigo amor,porfavor.

Braz:Se ex fosse bom não seria ex pô-rir-era só isso mesmo?

Marcela:Aff,bora ser amigo então?

Braz:Coisas da vida,a minha ex quer virar a minha amiga-cantei.

Marcela:Ai vai-desliguei.

Maior onda parceiro,vou ficar com ela pra trair?Pra quê pô,sou sujeito homem,sou muleque não.

Tirei aquela foto de lei,porque o pai aqui é gostosão.

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Thiagomcd.

Estamos a anos luz daquele lugar.



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__________

Guardei o celular no bolso e o Jorgão mandou eu passar na NH.
Vasculhar a casa do cara,pegar coisa de valor.

Entrei na favela,tinha gente em cima do corpo dos parente.
Mas a guerra é assim mermo parceiro,um dia tu tá no auge e no outro tu tá dentro de um caixão.

Vasculhei a casa toda,peguei uns malote legal e as parada da Mina lá.
Tava saindo da casa,a mãe do outro veio pra cima de mim.

Jane:Tu é filha da puta,desgraçado,você matou o meu filhooo-caiu chorando.

Braz:Calma aí tia,matei ninguém não,ele que cavou a cova dele.

Jane:O meu filho era um menino bom,não fazia mal a ninguém,ele tinha mudado-deu tapa no meu peito-

Braz:É mermo é?-franzi a testa.

Jane:Me dá o corpo do meu filho pelo menos,por favor.

Braz:Tá dentro da vala,procura lá.

A mulher desmaiou nos meus braços.
Chamei uns cara  e eles levaram ela pra um postinho.

Passei da 15 e entrei as parada pro Jorgão.

Jorgão:Ae,fica com metade pra tu,faço nem questão do dinheiro desse filha da puta.-assentir-manda Didi subir pra cá.

Passei o radinho pro didi e me sair.
Entrei na rua da casa da coroa e já fui entrando na casa.

Maria:Tu tá bem meu filho?-me olhou de cima a baixo-tu tá maluco filha da puta?Eu aqui morta de preocupação e tu não me manda uma mensagem pelo menos.

Braz:Foi mal tava ocupadão,mas aí bota meu rango,larica da porra.

Ela colocou minha feijoado e eu comi pra caralho.

Braz:Pô toma aqui pra tu,compra as coisas que tão faltando-dei o dinheiro a ela-vou ali,ja volto-beijei a testa dela e me sair.

Pereco:Aí braz,dona Júlia tá mandando tu brotar lá no barraco dela-acionou o radinho.

Braz:Suave,suave.-desliguei.

Desviei o caminho pra rua das flores e parei no portão.
Cumprimentei os cara e já fui entrando.

Braz:Colfoi tia?

Júlia:Preciso que-foi interrompida.

Lavínia:Essa menina não para de chorar,pelo-parou quando me viu-foi mal,desculpa.

Júlia:Tá tudo bem,quero que tu vá comprar umas fralda pra mim-ela falava e eu olhava pra gostosa-tá me escutando porra.

Braz:Tô sim tia,é só isso mermo?

Júlia:Sim,passa no teu patrão e pega o dinheiro com ele.

Assentir e me sair.

Trancafiada.Onde histórias criam vida. Descubra agora