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— Almeida, você poderia colocar o telefone no gancho? — Dra. Sueli, advogada da corporação fala com um tom impaciente, ao entregar a mensagem da porta da sala: — Há uma ligação externa vinda de Laureano.

O delegado para no meio da conversa que está tendo. Algo dentro dele liga um alerta gigante, do tamanho da sua sala. Ele já entende que aconteceu alguma coisa.

Dra. Sueli vendo os olhos nada amistosos do delegado, e tendo o senador sentado ao lado dele, a advogada se justifica: 

— Ele estava ligando para o seu celular, mas como não atendeu e seu ramal está ocupado, preferiu ligar diretamente para mim.

— Obrigado. — O agradecimento é pausado e preocupado. O delegado coloca o telefone no gancho, tendo como plateia o senador.

— Almeida falando.

— Chefe é melhor vir direto para Garanhuns. A mulher que é suspeita de ter matado as crianças suicidou-se na frente de Medeiros.

— Laureano estou sabendo agora que tínhamos uma suspeita. — A voz do delegado chega como um martelo no ouvido dele.

— Delegado eu sei que foi errado nós termos saído sem comunica-lo diretamente, mas foi a necessidade que exigiu.

— Eu não vou ficar discutindo isso por telefone. Vou pegar o helicóptero e chego aí num instante.

— O senhor está vindo? — Laureano engole seco.

— Lógico que sim. Por que não iria?

— É verdade... Por que o senhor não viria?

— A praça é minha, logo quem cuida sou eu.

— Nunca ouvi essa expressão! — Comenta Laureano.

— É uma expressão do meu finado avô... Ele era garçom, e significava que o que era de sua responsabilidade, quem cuidava era ele. Como está Medeiros?

— Como falei no início, ela presenciou a mulher suicidar-se.

— Merda isso... Eu não quero nem imaginar que ela foi a causadora disso.

— Ela ainda não falou nada. Continua parada olhando para o corpo da mulher.

— Não saia de perto dela, nem a deixe falar nada.

— Mas ela não fez nada.

— Laureano, ao que parece, Medeiros foi direto para uma armadilha.

Almeida desliga o telefone. Olha para tela do seu computador que tem o lema: Proteger e Servir.

— Senador Tulio, Afonso deve em pouco tempo terminar a autópsia em seu filho. Eu vou precisar me ausentar, mas não demoro. Estarei de volta para sabermos juntos o que Afonso tem para nos dizer.

— Obrigado delegado. Eu o aguardarei voltar.

O delegado aperta a mão do senador e sai da sala.

Almeida pega o celular:

— Carlos, preciso do helicóptero agora. — O homenzarrão segue falando ao telefone, enquanto vai colocando o blaser cinza.

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A Língua de Deus - COMPLETO - 30/10/2019 - +18 Anos. SEM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora