Prelúdio

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- Aqui! - O homem loiro de baixa estatura exclama assim que vê a mulher à sua frente.

Ela sorri abertamente e empurra sua franja para trás da orelha enquanto caminha entre a pequena multidão para alcançar o loiro.

- Eu precisava conversar algumas coisas com o professor - Ela explica o motivo de sua demora assim que chega perto dele.

- Ficou com vermelha em alguma matéria? - As sobrancelhas claras do loiro se arqueiam.

- Não, graças a Deus.

- Bom... Sendo assim que tal comemorarmos? - Ele sugere sorrindo ladino.

- Uhm... Eu te conheço senhor Meliodas - A albina põe as mãos na cintura - Sua comemoração envolve bebidas alcoólicas e uma ressaca incrível no outro dia.

- Você sabe que eu gosto de beber - Ele encolhe os ombros - Topa? 

- Tudo bem, mas depois iremos comer pizza e assistir filme.

O loiro balança a cabeça em concordância e estende a mão para que a outra entregue em sua mão a mochila branca com detalhes dourados. 

- Vamos para qual bar? - Ela questiona após empurrar os fios claríssimos de seus cabelos para trás da orelha.

- Você escolhe desta vez.

A loira cruza os braços sobre os seios e olha para suas sapatilhas enquanto caminha devagar até a saída do prédio da faculdade.

- Uhm... Eu não conheço nenhum bar - Ela admite e olha para o amigo - É sempre você que escolhe Meliodas!

- Eu estava curioso para saber se  você conhece algum bar - Ele ri recebendo um olhar bravo da mulher - Vamos eu sei de um lugar bem perto daqui.

- Espera... - Ela para no meio do estacionamento e olha em volta procurando por algo - Onde está seu carro?

- Ah isso - Ele sorri - Estarossa o pediu emprestado para sair com a namorada dele.

- Droga, eu deveria ter vindo com o meu carro - Ela fala baixinho.

- É duas quadras longe daqui sua sedentária - O loiro revira os olhos e segura a loira pelo pulso - Vamos Elizabeth!

Ela solta reclamações sem nexo enquanto anda mais rápido que o costume já que o loiro está puxando-lhe pelo pulso, o aperto de sua mão quente não é desconfortável e dolorido, ao contrário, é suave e confortável.

- Meliodas anda mais devagar! - Ela exclama e ele para de andar para que ela possa recuperar o fôlego - Benditas pernas curtas que se movem rapidamente!

A expressão risonha se transforma em uma ofendida, claramente forçada e a loira revira os olhos e esconde um sorriso.

- Não faça essa cara, você sabe que é baixinho.

- Não tenho culpa se meu corpo parou de produzir hormônios do crescimento - Retorquiu fazendo a outra rir.

- Você é fofo assim - A loira admite e volta a caminhar lado a lado com o outro.

- É um tiro do meu ego quando dizem que minha altura me torna fofo - Ele lamenta e recebe um leve afago nos cabelos.

- Não fique assim.

Ele segura o pulso de Elizabeth e atravessa a rua para enfim soltá-la, os olhos verdes do homem observam em envolta e ele sorri ao empurrar a porta de vidro do estabelecimento, o ar quente carregado com cheiro de álcool abraça os dois parados alí na entrada.

- Primeiro as damas - Meliodas sorri e estende a mão para que Elizabeth a segure e caminham juntos até os bancos em frente do balcão.

- Já sabem o que vão pedir - Um homem loiro de olhos claros e expressão séria se aproxima enxugando as mãos em um pano de prato repousado em seu ombro.

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