Boate

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- Você fez o quê?! - O berro desacreditado ecoa por todo o estabelecimento quase vazio, se não fosse por Meliodas, Ban e o dono do bar no qual estão.

- Fala baixo seu idiota - Revirando os olhos o loiro retruca - Eu falei que aceitei a proposta do meu tio.

- E que proposta é essa?

Meliodas sorri e leva o copo com bebida alcoólica e gelo até a boca, sorvendo um longo gole.

- Eu tenho um mês pra montar meu negócio próprio ou irei assumir a liderança da empresa.

- Cara, que coisa estúpida você fez! - Esfregando a canhota no rosto Ban respira fundo antes de encarar o amigo.

- Não é estúpida, eu vou conseguir.

- Ah é? Você tem idéia de quanto tempo é necessário para fazer algo assim, são meses ou até anos, não um mês!

- Eu tenho meus recursos.

- Seus recursos envolvem dinheiro a rodo e o que mais?

- Sócios.

- Sócios?

- Isso.

- Em quem está pensando? - Ban questiona.

- Você.

- Eu? Por quê?

- Por que você é meu amigo. E eu acho que montar um negócio com você será uma boa.

- Hum.

- E então o que acha? - Meliodas apóia os cotovelos na mesa e sorri para o amigo.

- Tudo bem, o que já tem pensado?

- Eu estava pensando em uma boate, todos adoram música um bom lugar para dançar e bebida boa.

- E o lugar?

- Eu vi um local bom, no centro, está a venda. Vou fechar negócio hoje.

- Bom mesmo. - Ban abre a agenda de seu celular - Porque já se passou uma semana desde a proposta, você só tem mais três.

- Eu sei - Ele expira - Eu sei.

- Mudando de assunto - O mais alto olha para Meliodas - Eu vi a Elizabeth hoje.

Os olhos do loiro arregalam-se e ele abre a boca surpreso.

- A Ellie está na cidade?

- É, a sua ex.

O frio na barriga que o loiro sentiu ao ouvir o nome Elizabeth some totalmente e ele faz uma careta de desagrado.

- Ah.

- Por que esse "Ah". Não era você que babava por aquela mulher?

- Isso foi antes dela terminar tudo comigo.

- Meliodas, um amor não acaba tão rápido assim.

- Então não era amor, talvez uma paixonite.

- Caralho - Ban assovia e termina de beber seu Martini - Quem te fez mudar de idéia assim tão rápido.

- Ninguém em específico. - Meliodas encolhe os ombros e olha seu relógio de pulso - Tenho que ir.

- Eu também - O outro se levanta da cadeira e estala as costas -, o trabalho me chama.

Meliodas caminha até o caixa e paga a conta antes de acabar para o amigo que já havia tomado seu lugar atrás do balcão. Ele empurra as portas do estabelecimento e ergue a cabeça para observar o céu nublado, o dia ameno o obrigara a usar um casaco, que o mesmo ajustou sobre o corpo antes de se pôr a caminhar até seu carro estacionado do outro lado da rua.

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