Borboletas no estômago

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Em silêncio por ainda estar irritado por tudo que tinha acontecido Zeldris continua puxando a garota até onde o carro estava estacionado, ele puxa a chave do carro e destrava o alarme.

Assim como via Meliodas sempre fazer para Elizabeth, ele abre a porta do passageiro e acena para que Gelda entre, porém ela continua parada com expressão surpresa.

- O que foi?

- Você dirige?

- Sim. Agora entre, por favor.

Gelda agradece quando o moreno pega sua mochila e espera que ela se acomode no banco para só então fechar a porta. A mochila da garota fica no banco traseiro e Zeldris vai para o lado do motorista.

O clima pesado que se instala no veículo deixa o rapaz estranhamente tenso enquanto a garota esfrega a palma das mãos na saia do uniforme escolar, manchando o tecido. Com o cenho franzido ela olha para seus machucados que ardem mais do que o normal, sua atenção vai para Zeldris que olhava de esguelha para seus machucados, ele suspira e vira a esquerda após sair do semáforo aberto.

Mesmo curiosa Gelda não tinha coragem de perguntar para onde estavam indo.

Minutos depois Zeldris diminui a velocidade e espera o portão do condomínio abrir para que ele possa entrar, depois de estacionar o carro na garagem ele olha para a garota que encarava o prédio a alguns metros de distância.

- Venha, vou limpar seus machucados e depois te levo para sua casa.

Constrangida Gelda acompanha o amigo que carrega algumas sacolas de compras que tinha pego no porta malas, mesmo tendo pânico de lugares fechados como o elevador onde estavam ela tenta não demonstrar e agradece quando as portas metálicas se abrem no décimo andar. Era um lugar chique demais, o piso brilhava sob seus pés e para abrir a porta do apartamento ele tinha usado um cartão!

- Entre - Zeldris olha por cima do ombro e murmurando um pedido de licença, Gelda entra no apartamento assombrada pela beleza do lugar.

O piso de porcelanato polido era impecável! Antes de seguir o rapaz, Gelda tira os sapatos e permanece de meias, a cozinha de móveis planejados preto, destacava-se pelos eletrodomésticos de inox. Ela observa o moreno deixar as sacolas plásticas sobre a mesa de vidro e se vira para si.

- Espere-me aqui.

Zeldris aponta para o sofá de cor clara no meio da sala e Gelda se senta rígida no móvel macio, com medo de sujá-lo graças ao uniforme. O rapaz some pelo corredor e cinco minutos depois volta, vestindo uma regata e uma calça de moletom.

Ele dá a volta no sofá e olha para as roupas sujas e amassadas de sua recém amiga, Zeldris respira fundo e põe as mãos nos quadris.

- Vêm comigo.

- Pra onde? 

- Meu quarto.

- O quê?! - Gelda grita corando violentamente e Zeldris arregala os olhos ao notar o quão errado ficou seu pedido.

Tão constrangido quanto a garota, ele põe a mão esquerda no rosto tentando passar o rubor.

- Eu não estou convidando pra minha cama, Gelda. Santo Cristo! - Zeldris grunhe - estou chamando você para ir pegar uma roupa minha e tomar um banho.

Ainda envergonhada Gelda cobre as bochechas que ardiam com suas mãos e olha desconfiada para o rapaz na sua frente.

- Não precisa...

- Gelda, eu não vou atacar você. Só vá tomar um banho para tirar a sujeira e o sangue seco dos seus machucados.

- Okay...

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