Com uma dor de cabeça pulsante, Elizabeth abre os olhos e encara por alguns segundos o teto de gesso branco antes de fechar as pálpebras com força ao ver tudo rodar.
- Ugh!
Com extrema dificuldade ela se senta na cama de casal e apóia a cabeça entre as mãos, tentando passar o desconforto. Alguns flashes do que ocorreu na noite passada inundam sua mente e a impressão que o latejar da dor aumenta, se faz presente.
Dança, música alta, gente gritando, se pegando e muita, muita bebida alcoólica.
Onde estava o lugar calmo que Diane falara?
Com lentidão ela escorrega para fora da cama e caminha para fora do quarto, em passos trôpegos.
- Onde eu estou? - Grunhiu.
- Elizabeth?! - A voz de Diane soa alto pelo corredor de paredes escuras, e a mesma aparece - Você está bem?
- Não, eu estou com dor de cabeça.
- Ah, você bebeu pra caramba! - Diane sorri e acena para a outra se aproximar - Vêm, tomar um analgésico e um café da manhã.
Elizabeth empurra seus cabelos para trás da orelha e segue a morena até a cozinha, ela puxa uma cadeira e se senta apoiando os braços no mármore frio da bancada.
- Toma. - Diane entrega um copo para a loira - E vitamina de banana, acaba com a ressaca.
Depois de um gole da vitamina Elizabeth suspira alto e esfrega sua testa.
- O que tanto eu fiz ontem?
- Ahn, vamos ver... Você encheu a cara, dançou, cantou, gritou. Depois saiu da boate e quase vomitou no sapato de um amigo meu.
Os olhos de Elizabeth se arregalam e ela põe a mão sobre a boca, surpresa.
- Aí meu Deus! Eu fiz isso?
- Aham.
- Que vergonha!
Diane gargalha alto e balança a mão em descaso.
- Acontece.
(...)
Encarando a parede à sua frente, Meliodas suspira pela enésima vez. Sua chateação era visível para todos.
- Tá' fala logo o que aconteceu. Pra você me acordar às sete da manhã, num sábado.
Ban se joga no sofá e põe os pés sobre a mesinha de centro, tentando encontrar uma posição boa para dormir novamente.
- Eu não sei - Meliodas encolhe os ombros - Já tava tudo preparado pra mim comprar aquele espaço. Mas quando cheguei lá...
- Já tinha vendido?
O loiro concorda com uma expressão derrotada, Ban franze o cenho e encara suas mãos sobre o colo.
- Mas o cara não tinha dado a palavra dele?
- É.
- Uhm, isso está mal contado.
- Tanto faz, já foi vendido mesmo - Com um suspiro baixo Meliodas joga a cabeça para trás e fecha os olhos com força.
- Isso atrasa seus planos e o tempo está correndo.
- Diga uma coisa que eu não sei - O tom ácido do loiro faz com que Ban arqueie as sobrancelhas surpreso.
- Acho melhor você ir dormir pra melhorar esse mau humor, cara.
- É, eu tô indo dormir. - Meliodas se levanta do sofá e coça seus olhos por alguns instantes - Quando sair tranca a porta.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Lies
FanfictionO que nós fizemos Meliodas? Isto foi errado, melhores amigos não trocam carícias, não se beijam, melhores amigos não transam e nem trocam juras de amor. Cometemos um erro que, infelizmente, danificou nossa cumplicidade. Não posso ficar e fingir que...