― Ai minha nossa, desculpa... ― Christopher havia esbarrado no meu pai, de onde eu estava conseguia ter uma visão perfeita deles. ― Senhor Pedro ― o Ucker comentou ao fazer uma expressão de surpresa.
Além de eu conseguir vê-los eu podia escutar algumas coisas também, pois não estava muito longe.
― O que você está fazendo aqui, moleque? ― Ele arrumou a roupa onde o Ucker tinha esbarrado, ele tinha amassado um pouco o terno do meu pai.
― Eu também fui convidado ― Christopher respondeu com tranquilidade.
E bem na hora em que o meu pai ameaçou abrir a boca para falar algo, o Ucker puxou a Paulinha pela mão, levemente, fazendo com que ela ficasse ao seu lado e isso chamou a atenção do meu pai, ele então reparou na garota ao lado do Christopher.
― Vamos cumprimentar os noivos, amor ― Consegui escutar o meu namorado dizer para a Paulinha antes de os dois saírem pelo salão.
O meu pai espiou os dois caminharem enquanto piscava os olhos repetidas vezes.
― Isso! ― Comemorei um pouco alto.
― Dul, você é um gênio ― a Annie falou logo após também ter presenciado a cena entre eles.
― Obrigada, a "gênia" aqui fica feliz. Está tudo dando certo ― mencionei muito contente.
Nós duas sorrimos uma para outra cúmplices e no mesmo momento notei que o meu pai caminhava na minha direção com o semblante fechado.
― Vish, ferrou para o seu lado ― a loira disse fechando o sorriso quando percebeu o meu pai vindo na nossa direção.
― Será que o plano não deu certo? ― eu falei ao mesmo tempo em que virava as costas para ele não ver o que eu tinha dito.
― Já vamos descobrir isso, mas é melhor deixar vocês dois conversarem sozinhos, fui ― Annie mal terminou de me responder e saiu pelo salão me deixando desacompanhada.
― Dulce Maria! ― ele chamou a minha atenção no segundo depois que ela saiu.
― Hum? ― Eu havia acabado de colocar um docinho inteiro na boca, então o som saiu meio abafado.
Eu estava perto de uma mesa de doces e quando eu constatei que ele viria com um dos seus sermões, enchei a boca com comida.
― Pode me explicar o porquê daquele moleque estar nessa festa? ― ele disse bravo.
― Moleque? ― Eu me fingi de desentendida, ao mesmo tempo que falava com certa dificuldade devido ao docinho.
Ele cruzou os braços e me encarou sério. Meu pai provavelmente estava esperando eu dizer algo objetivo.
― Papai ―, eu retornei a pronunciar, ainda com a boca cheia. ― o senhor não tem como controlar quem a Annie convida ― falei devagar enquanto mastigava.
Ele estreitou o olhar na minha direção, talvez desconfiado? Eu não saberia responder isso com cem por cento de certeza.
― Ele está namorando?
― Não faço a mínima ideia. Como eu posso saber? ― Menti descaradamente e terminei de mastigar o docinho.
E o meu pai voltou a me encarar, dessa vez com a testa franzida, como se estivesse lendo as minhas reações.
― Eu vou procurar o Marquinhos, a gente se fala depois ― esclareci antes que ele fizesse mais perguntas.
Caminhei pelo salão a procura do rapaz e o encontrei falando com o Poncho e com o Ucker, eu queria matá-lo! Meu pai não poderia nem imaginar que os dois são amigos. Por isso quando cheguei perto deles, puxei o Marquinhos pela manga da sua roupa e levei ele para um canto do salão.
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Encontros Proibidos
FanficUm amor proibido pelos pais, mas em especial pelo pai de Dulce, um político que trata a filha com ignorância, grosseria e conservadorismo. O prefeito da pequena cidade de Caldas da Imperatriz, só deseja uma única coisa para a filha: um lindo casamen...