Encontros Proibidos

Surpresa no grande dia

A doida da Anahí resolveu casar em um mês. Um mês! A dor de cabeça que estávamos tendo para deixar tudo organizado e do jeito que ela queria estava grande. Eu mal tinha vida social agora, tudo envolvia decoração da igreja, salão da festa, lembrancinhas, prova de bolo, prova do buffet, modelos de convite, banda, fotógrafo, cabeleireira, selecionar o buquê, lista de presentes e a escolha do vestido. Isso foram só as primeiras coisas que estavam providenciando e por isso não saí mais com o Christopher e nem com o resto do pessoal. O casamento da Annie tomou todo o meu tempo livre, nós agora vivíamos falando dos preparativos, na maioria das vezes era para saber o que ainda tinha que ser feito.

Como madrinha a minha função era ajudar a noiva nesse momento e foi isso que eu fiz. Dei todo o suporte para ela, quando a loira pensou que não conseguiria realizar o casamento em um mês, eu a ajudei seguir em frente. Mas muito mais do que ser só a madrinha, Annie era a irmã que eu não tive e eu faria tudo de novo só para vê-la feliz. Faltando apenas uma semana para o casamento, eu já estava maluca. Eu mal dormia, comia ou pensava direito. Apesar da Annie ter contratado uma cerimonialista, precisávamos resolver muitas coisas ainda.

― O que falta ainda na lista, Dul? ― A loira tomou um gole do seu suco enquanto me encarava.

― Deixa eu ver. ― Peguei o caderno com a lista do casamento e fui checar o que faltava.

― Os convites já foram entregues, já colocamos seu novo endereço para entregarem os presentes. ― Eu fiz uma pausa para terminar o meu suco. ― Ah, falta a sua última prova do vestido. ― Olhei para ela.

― E o quê mais?

― Você precisa decidir qual vai ser o seu penteado. ― Fechei o caderno.

― Hum, é mesmo ― ela disse pensativa.

― Annie, o seu suco também está estragado? ― perguntei com a mão na boca.

― Não, o meu estava bom. O que houve? ― Ela me encarou.

― Não estou legal, o suco não caiu bem no meu estômago.

― O suco? Deixa eu provar. ― Ela pegou o meu suco e tomou um gole. ― Parece normal para mim.

Os olhos azuis dela me observaram curiosos, eu inclinei a cabeça, achando estranho e ela enrugou a testa, desconfiando de algo.

― Dul, não é a primeira vez que você reclama de estar mal, meio enjoada ou com vontade de comer algo.

― Hum e o que tem isso? ― falei não entendendo aonde ela queria chegar.

― Acho que você deveria fazer um teste de gravidez.

― O quê!? Não, não. ― Balancei a cabeça em negação.

― Sim, sim e sim. Já faz mais de semanas que você está assim.

― Mas... Será? ― perguntei com um pouco de dúvida. ― Estou ferrada ― desabafei.

― Calma, vamos na farmácia, eu compro o teste para você e depois pensamos em uma solução.

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Faltando alguns dias para o casamento, eu e o Christopher organizamos uma despedida de solteiro para os noivos. Os meninos iriam para a cidade vizinha em uma balada, com um camarote fechado. Já as meninas iriam se hospedar no hotel mais histórico da cidade que vem sendo preservado a mais de 150 anos. Além de ter piscina, espaço recreativo, a melhor parte é o banho termal que eles oferecem. Perfeito para a noiva relaxar e a madrinha também.