O sol de maio brilhava com toda a sua força quando meus olhos observaram pela janela do carro a paisagem, apesar de ser o começo da manhã, eu poderia afirmar que o dia hoje seria ameno, pois o vento balançava moderadamente as folhas das árvores e os raios do sol aos poucos esquentavam o tempo. Espiei com o canto do olho na direção do Ucker, ele dirigia o carro tranquilamente, desde que entramos no veículo o meu namorado não havia dito uma só palavra sobre o meu presente. Eu já tinha perguntado várias vezes e ele disse que era surpresa. Voltei a contemplar a natureza atrás da janela, porém a minha curiosidade era muito grande, como sempre.
― Ucker, só me fala uma dica do que é ― eu disse quase em um tom de súplica.
― Não, quando for o momento certo, você irá saber.
Eu encarei a paisagem de fora da janela, pensativa e em seguida, suspirei derrotada, Christopher havia me vencido pelo cansaço. Eu desisti de saber o que era. Notei que ele estava me levando para a cidade vizinha que fomos com o pessoal, eu percebi isso quando ele pegou a estrada de asfalto que levava para fora da nossa cidade. No momento seguinte, refleti que talvez a surpresa fosse a gente ir de novo no parque de diversão, só que dessa vez apenas eu e ele. Será que era isso?
Após quinze minutos chegamos ao nosso destino. Christopher e eu desembarcamos do carro e caminhamos pela cidade. Andamos de mãos dadas até a pracinha, sentamos em um banco e eu fiquei com os meus olhos fixados nele, esperando o momento em que ele anunciaria a minha surpresa.― Não adianta ficar me olhando desse jeito que eu não vou contar o que é antes do tempo.
― Hum, poxa. ― Fiz um pequeno beicinho. ― Mas então quando que vai ser o tempo certo?
― Eita! Que é muito curiosa ― ele encostou seu ombro no meu, dando uma leve empurrada. ― Depois do almoço.
― Sou mesmo. ― Abri um sorriso. ― Hum, e será que agora pode me dar uma dica? ― fiz uma careta ao dizer.
― Não, não. Chega de informações. ― Ele balançou a cabeça em negação. ― Ei, eu fiz umas contas, e sabe o que eu estava pensando? ― Ele mudou de assunto.
― O quê? ― respondi logo em seguida interrompendo o fluxo de pensamentos dele com a curiosidade sempre falando alto.
― Em nós. Acho que no final do ano podemos ir embora.
― Só final de ano? ― Arregalei os olhos. ― Eu achei que lá por setembro ou outubro poderíamos fugir.
― Bem, estou querendo garantir uma quantia boa.
― É, você está certo ― disse um pouco desanimada. ― Oh, amor, o que a gente vai dar de presente de casamento para a Annie e o Poncho?
― Ixi, sabe que eu não sei. Temos que olhar isso.
― Pois é, quando a Annie disponibilizar a lista dos presentes precisamos achar um a cara deles.
Nós ficamos batendo papo sobre o casamento da Annie e outras coisas. Quando percebi já estava na hora do almoço, Christopher e eu andamos despreocupados pela rua até um restaurante caseiro, com uma comida deliciosa. Da outra vez que almoçamos aqui, havíamos encontrado esse restaurante maravilhoso. O lugar não era luxuoso mas quem se importava? A comida era divina. Após a nossa refeição, o Ucker me convidou para tomar sorvete, nós caminhamos pela cidade tranquilamente com o nosso sorvete. Eu pensei que depois disso, iríamos voltar para a pracinha, porém Christopher me surpreendeu. Ele foi em direção ao carro estacionado e disse para eu embarcar, assim que eu fiz o que ele pediu, ligou o motor e deu partida. Nós seguimos por dentro da cidade e eu encarei a estrada na minha frente empolgada, será que já estava na hora do presente? Dei de ombros com um pouco de ansiedade percorrendo o meu corpo, refleti que já não era sem tempo do mistério acabar.
Christopher desligou o carro ao parar em uma rua não muito movimentada, tinha algumas casas e mais adiante havia um muro alto de cor branca.
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Encontros Proibidos
FanfictionUm amor proibido pelos pais, mas em especial pelo pai de Dulce, um político que trata a filha com ignorância, grosseria e conservadorismo. O prefeito da pequena cidade de Caldas da Imperatriz, só deseja uma única coisa para a filha: um lindo casamen...