Quero Você

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Estava terminando meu resumo de história quando meu telefone tocou. Me surpreendi ao olhar o visor e ler o nome de minha musa CHARLOTTE.

—Alô... —Falei após segundos de hesitação

—Nico? —Sua voz doce, quase manhosa ao telefone me fez morder os lábios —Seu pai está ai? —Aquela pergunta foi mais broxante do que pensar em meu avô pelado

—Ligou para mim para falar dele?

—Não, eu só perguntei... Quero que você venha a minha casa!

—Agora?

Charlotte suspirou—Quem pergunta muito não está interessado!

—Desculpa eu...—Tentei falar, mas notei que ela havia desligado a chamada

Arregalei os olhos e fui ao banheiro correndo,joguei perfume em meu corpo,troquei a blusa e sai do meu prédio em desespero,correndo e com tanta pressa que por pouco não subi de escadas até o andar dela.

Sai do elevador e ao parar em frente a porta,bati duas vezes. Charlotte foi rápida em me atender, estava linda como sempre,mas estranhei o fato de não usar uma blusa masculina.

Charlotte estava de blusa preta curta e um short, também curto de cor azul,feito de  algodão, descalça e com cabelos soltos.

Eu não conseguia olhar para ela sem sentir desejo,não conseguia falar com ela sem ser hipnotizado por seus labios macios e desenhado.

—Nico, entre!—Pediu e eu obedeci sem nem pensar duas vezes.

Olhei para seu quadril e sua bunda balançando enquanto ela andava,o short não era grande o suficiente para tampar tudo,oque deixava as dobrinhas da bunda de fora.

—Não me engula com os olhos, bebê...—Charlotte pegou o maço de cigarros na bolsa sobre a mesa e olhou para mim,que não havia me movido.

—Por que me chamou aqui?

—Eu estava sozinha e quase triste  —Soltou a fumaça—Precisava conversar com alguém

Sorri para ela—Me chamou para ficar com você?

Charlotte se aproximou de mim e passou a língua áspera no meu rosto—Uma mulher tem certas necessidades,mas hoje eu só quero companhia.

Dei de ombros,o fato de está com ela já tornava tudo maravilhoso

Charlotte tragou o cigarro e apontou para o sofá—Senta lá.

Obedeci novamente,sabia que ela gostava de está no controle. A observei pegar algo na geladeira e voltei minha atenção a televisão, a qual passava a novela das sete

Charlote voltou a sala com duas taças e uma garrafa de vinho, me mostrou um sorriso amigável, sentou ao meu lado e ao tirar a rolha da garrafa e encher as taças me entregou uma.

—Tem quantos anos? —Perguntou

—Quase dezoito...

Charlotte revirou os olhos—Não é um crime se ninguém saber! —Disse e bateu sua taça na minha, fazendo um barulho ecoar pela sala

Observei-a bebendo, mas não tive coragem de levar a taça a minha boca.  Até aquele momento de minha vida, sempre passei longe de bebidas alcoólicas por medo de ser como meu pai, um louco, agressivo e inconsequente...

—Que foi? —Perguntou-me ao tocar meu rosto

—Eu não bebo...

Charlotte pegou a taça de minha mão deu de ombros e passou a tomar o líquido de dentro dela.

—Você não é o Jorge! —Disse ela

—Você sabe sobre meu pai?  Sabe que ele é alcoólatra? —Perguntei com os olhos arregalados

Charlotte colocou ambas taças na mesinha de centro

—Eu o encontrei na igreja uma vez, e ele me contou muito sobre a vida de vocês... Até mais do que eu deveria saber!

—E mesmo assim você dá condição a ele?

Charlotte riu—O sexo com ele foi bom!

Arregalei os olhos—Vocês transaram? Eu não acredito que fez isso comigo. Quando foi?... Meu pai não dorme fora.

—Amor, você acha que só se transa a noite?  Quem é você?  Minha mãe? —Ela riu—Eu poderia transar as oito da manhã e ainda assim seria sexo.

Aquelas palavras me atingiram, a maneira a qual ela falava só agravava a situação... Ela estava me matando, me enlouquecendo e tudo parecia pior a cada instante.

—Foi apenas uma vez, na sua casa—Falou

—Ele é... É... —Hesitei

—Melhor que você? —Ela disse e sorriu—É um homem adulto, tem um pênis grosso e gostoso...

—Chega... —Falei, talvez a taça de vinho não fosse má ideia

—Na verdade apreciei bastante os momentos com ele, mas...

—Mas? —Perguntei —Você assume que transou com meu pai, fala dos atributos dele e ainda tem um "mas"?

Charlotte sorriu, um puxado de lábios tóxico que me esmagou friamente, sem piedade—Nada disso importa porque agora, eu quero você! —Ela deu de ombros—O seu pai não me deseja como você! —Passou a unha do dedo indicador sobre meus lábios —O jeito que você me quer é mais excitante...

—Isso não faz sentido.

—Você lembra do teste que eu te falei? Você disse que passaria!

Franzi a testa e a encarei—O que isso tem haver?

Charlotte pegou minha mão e colocou meu dedo do meio em sua boca, chupou meu dedo como se fosse um pau e sorriu —Você acabou de passar...

—Transou com meu pai para me atingir? —Perguntei apenas por precisar de algo que calasse meu ego ferido

Tirou meu dedo de sua boca e sorriu —Talvez...Eu sou impulsiva!

—Não gosto do que está fazendo!

—Não? —Ela perguntou e mordeu o nódulo da minha orelha—Então me castiga meu bebê...

Era isso que eu precisa, carta branca para tocar naquele corpo novamente. Já não me importava se meu pai tinha usufruído dela,  eu só tinha certeza de que a queria também.

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