Capítulo XXI

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— Senhor Byun, como se sente agora que está de volta a ativa? — Perguntava gentilmente a moça de olhos claros naquele pequeno grupo de repórteres em meio ao clarões dos flashes.

Baekhyun estava em uma coletiva de imprensa e tinha dado um pequeno sorriso interno por não ter tantos querendo saber de sua vida quanto aparentava antes.

Contudo ele se sentia extremamente triste, não sabendo lidar com o dia anterior e se relembrando de tudo como a claridade que lhe cegava naquele instante, flashes momentâneos dos últimos momentos com o homem que amou.

E que estava fugindo com o homem que fingiu ser por longos meses.

— Senhor Byun? — Chamou a mesma mulher, o tirando de seus devaneios triviais. — Poderia por favor responder minha pergunta?

— Ah, sim, desculpem-me. — Tossiu de leve, tentando se lembrar da pergunta feita recentemente. — Bom, eu pretendo voltar a todo vapor para minha empresa, dar o melhor de mim, tudo o que eu não pude dar quando estava em coma. Próxima pergunta.

Vários começaram a lhe chamar e ele apontou para o que mais parecia interessado em perguntar, ou apenas para o que aparentava ser mais novo, que em seu raciocínio não deveria questionar muita coisa.

— Senhor Byun, acho que a minha pergunta, e possivelmente a de muitos aqui, é sobre um caso que ocorreu enquanto o senhor estava em coma. Um vídeo repercutiu pelos jornais e imagino que já tenha visto a famosa declaração de Park Chanyeol, terceiro filho do senhor Park. Queríamos saber qual sua opinião sobre o fato.

O loiro se amaldiçoou internamente, não poderia subestimar as pessoas porque se não elas acabavam lhe impressionando, de uma forma boa ou ruim. Não poderia contar nenhum ocorrido do momento que estava em coma, apesar do vídeo estar rodando em sua mente, um pouco apagado pelo tempo. Ele engoliu as lágrimas que teimavam em sair e soltou a voz.

— Sobre isso... Sim, já me mostraram o vídeo e bem, o que tenho a dizer sobre isso..? — Puxou um pouco a gravata presa ao seu pescoço em sinal inconsciente de nervosismo. — Eu queria apenas dizer que eu conheci Park Chanyeol uma vez quando visitei a empresa de seu pai para saber se ele iria vendê-la para mim. Conversamos por dois minutos, então acho que isso não nos tornou amantes ou algo do tipo, apenas pessoas que conversaram em um simples elevador. Não levem tão a sério as palavras de um beberrão.

Os murmúrios preencheram a sala e logo foram cessados por uma pergunta feita em alto e bom som por um deles.

— Mas sobre o fato de sua Mercedes estar em frente ao um prédio do qual muitas pessoas afirmaram que Park Chanyeol estava morando ali?

— Eu estava lá para falar com meu amigo, e coincidentemente ele morava ali, nem fazia ideia.

— Nós temos provas. — E então o jovem que lhe lançou a fatídica pergunta, se levantou com seu iPad e mostrou uma foto do momento em que Baekhyun e Chanyeol correram para dentro do carro, desesperados para não serem vistos. — Como pode o senhor discordar disso?

Byun não sabia para onde correr enquanto os murmúrios corriam soltos. Ele estava entre a cruz e a espada.

Suspirou e bateu forte sua mão contra a madeira do pedestal que estava em sua frente, chamando atenção de todos presentes, os assustando.

I'm Not KyungsooOnde histórias criam vida. Descubra agora