Destinados ao amor

Capítulo 7

- Posso saber onde você estava? - Perguntou Evans, sério, quando Scarlett ainda sorrindo entrou no quarto.
- Deus que susto!!! - Pôs a mão no peito - Estava caminhando com Mark. - Respondeu simples, rumando o banheiro.
- Porque? - Perguntou indo atrás dela, quando entrou no banheiro, Scarlett já havia tirado os sapatos e estava prendendo o cabelo.
- Porque eu estava entediada. - Respondeu sem dar atenção.
- Não saia mais sem me avisar. - Pediu frio.
- Desculpe? - Ela franziu a sobrancelha, se virando pra ele, enquanto desamarrava o vestido - Agora vou ter que te dar satisfação se resolver ir lá fora?
- Me deixa atordoado não saber onde você está. - Disse duro, Scarlett se perdeu, ela devia considerar isso um ponto positivo? Não, o olhar dele era frio, era só obsessão.
- Me poupe. - Disse sem paciência, terminando de tirar o cordão do vestido. Tirou o mesmo, ficando apenas com a roupa de baixo. Pôs o vestido numa bancada, e abriu o chuveiro, checando a água.

Foi quando ela sentiu as mãos de Evans puxando-a. Ela se desequilibrou, entrando no box debaixo da água. Antes que pudesse reclamar, os lábios dele se encontraram com os dela, e mais uma vez tudo tinha se perdido. Ela nem reclamou, apenas o beijou. Queria tanto que isso pudesse acontecer normalmente, sem brigas depois. Enlaçou os braços no pescoço dele, sentindo ele entrar debaixo da água junto com ela.

- Não... - Ela hesitou ao sentir ele desamarrar a sua roupa debaixo. Estava se sentindo fraca, não sabia se era por causa da água quente, ou por ele.
- Sim. - Ele terminou de desamarrar a roupa dela e se afastou pra tirar a camisa e o sapato.

Evans prensou Scarlett contra a parede e instigou-a de todos os modos possíveis. Ela sentia o corpo queimar, inflamar. Pra ele também não estava sendo nada fácil. Amos respiravam com a boca, Scarlett estava longe até que sentiu as mãos dele adentrando por seu cabelo molhado, e em seguida puxando-o com um pouco de pressão.

- Prometa que vai avisar. - Brincou com um sorriso perverso no rosto.
- Estúpido. - Disse com raiva, estapeando ele.

Evans riu, uma das poucas vezes que ria sinceramente. Segurou as mãos de Scarlett, e a beijou de novo. Era tão perfeito sem aquela mascara fria, os minutos se passaram, e parecia que a água iria evapporar dentro do box, perante a temperatura que ali estava. Scarlett acordou ao sentir Evans lhe puxar pra cima, enlaçando as pernas dela em sua cintura.

- Devagar. - Pediu, um pouco temerosa.
- Confie em mim, não vou te machucar. - Disse rouco, então ela sentiu ele começar a lhe invadir.

Evans sentiu as unhas de Scarlett se cravarem em suas costas, cada vez com mais força, a medida em que ele ia possuindo-a, por fim ele a muito custo, brigando com seu instinto, ficou quieto, dando tempo pra ela se acostumar. Scarlett tinha o rosto enterrado no ombro dele, as sobrancelhas franzidas. As lembranças da noite da sala não eram nada comparado a isso. Agora não doía, mas lhe dava prazer, um prazer tão absurdo que chegava a dar agonia. Ela suspirou fundo quando sentiu Evans começar a se mover.
Tempo depois, a visão de Scarlett escureceu e seu corpo foi levado por uma sensação voa, chegava a ser anestésica. Evans deu um sorriso de canto ao vê-la desfalecer. Pouco tempo depois foi a vez dele, deixou escapar um pequeno gemido, antes de deixar o rosto descansar no dela. Scarlett já havia se recuperado, agora olhava pra frente, os pensamentos longe.

- Termine o seu banho, eu vou estar lá embaixo. - Ele disse sem expressão no rosto, um tempo depois se enrolando em uma toalha e saindo do box, em seguida do banheiro.

Scarlett observou o marido sair do banheiro, uma dor sufocante lhe engoliu e ela encostou a cabeça no azulejo do banheiro, enquanto as lágrimas começavam a brotar. O que ela fizera pra merecer isso?
O dias foram se passando, lenta e normalmente.
Scarlett e Evans brigavam constantemente, Scarlett resolverá canalizar sua dor em outro sentimento: Raiva. Mark virava vício para Scarlett, passava horas com ele, Downey e Kate estavam cada dia mais ligados e Jeremy e Lizzie cada dia mais apaixonados.

- Uma flor pelos seus pensamentos. - Disse Mark puxando uma flor de um arranjo da sala e pôs na frente de Scarlett.
- Hãn? Ah, não é nada. - Sorriu, Mark virou a cara e levou a rosa consigo.
- Não quer conversar? - Ele se sentou perto dela. - Sabe que pode confiar em mim. - Ele pegou a mão dela.

Como sempre, o toque de Mark era frio como gelo. Mas isso não impediu Scarlett de aquecer pelo toque com a pele dele.

- Tudo bem, meu casamento é uma farsa. - Ela suspirou - Evans não me suporta, você deve ouvir as nossas brigas.
- Bom, eu não quero piorar seu humor, mas creio que Seattle inteira ouça as brigas de vocês. - Scarlett riu.
- Eu não sei mais o que fazer. - Ela sorriu triste - Tem horas que eu tenho vontade de desaparecer.
- MIRTA! - berrou Mark, assustando Scarlett. A voz de Mark era forte, ela se arrepiou involuntariamente.
- Sim, senhor? - Perguntou aparacendo na sala.
- Mande selarem o meu cavalo, preciso dele. - Mirta assentiu e saiu - Bom, quanto ao que fazer, eu não posso ajudar. Mas a relação a sumir, eu creio que sei alguma coisa.
- De que?
- Vem. - Ele levantou e puxou ela pela mão, levando-a pra fora da casa.

Mark levou Scarlett até a frente da mansão, onde o cavalo negro dele esperava os dois. Mark levantou Scarlett com a maior facilidade sentada de lado no cavalo e montou atrás dela.

- É melhor se segurar. - Avisou divertido.
- Estou morrendo de medo de você. - Revirou os olhos.

Quando ela disse isso, Mark riu, ela achou que estivesse voando, perante a velocidade que o cavalo tomou, os jardins passavam por ele rapidamente, sem muitos detalhes. Quando Scarlett já estava se acostumando com isso, Mark parou na frente de uma casa pequena, rodeada de plantas até a altura do joelho, a pintura velha, descascada. Scarlett não conhecia essa parte da propriedade, era longe demais da mansão.

- Porque me trouxe aqui? - Perguntou confusa, ao ver Mark descer do cavalo.
- Calma Jake. - Ele alisou o cavalo - Não está vendo? - ele apontou pra casa.
- O que é isso?

Mark riu e puxou scarlett do cavalo, ambos foram até a porta da casinha, Mark tirou uma chave do colar que usava, e abriu a porta. Abriu com facilidade, pra a degradação que aquele estava, Scarlett se maravilhou ao ver o interior, se ela não tivesse visto a casinha por fora, não acreditaria que era velha. O interior era todo em madeira nova, tinha uma poltrona, uma lareira pequena, uma cama média. uma prateleira com livros, e um tocador de disco. Era completamente aconchegante.

- Para os momentos que se quer sumir. - Ele olhou em volta - Não é grande coisa, porém, ninguém sabe da existência desse lugar, só nós dois. - ele tirou a corrente - É sua.
- Que? - Ela olhou a chave que lhe dava - Não, não precisa Mark, sério. - Ela sorriu.
- Você precisa mais que eu, é bom pra ter paz. - ele pegou a mão dela e pôs a chave - Quando eu precisar, você me empresta. - Ele sorriu e piscou pra ela.

Scarlett sorriu, olhando em volta. Aquele lugar era tudo o que precisava.

- É perfeito. - Disse após algum tempo, caminhando pelo pequeno chalé. Mark sorria pra ela. - Ah, obrigada! - ela se atirou nele, abraçando-o com força.

Abraçar mark era como abraçar uma estatua de pedra, mas Scarlett adorava assim. Mark abraçou-a de volta e lhe beijou o cabelo, ainda sorrindo. Os dois ficaram no chalé por um bom tempo. Mark tirou um bule, uma enorme jarra de leite e uma pedra média de chocolate de uma banqueta perto da lareira, ele acendeu o fogo enquanto Scarlett partia o chocolate e colocava no leite. Depois, conversaram, riram, aquele lugar era um sonho, fazia ela esquecer de tudo que vivia.

- Seu cavalo não gosta de mim. - Falou Scarlett, olhando e enorme cavalo preto, que não tava nem ai pra ela.
- Jake. - O cavalo olhou - Cumprimente a Scar. - O cavalo, como se entendesse, encostou em Scarlett, passando o focinho de leve por sua mão, ela riu.

Mark colocou Scarlett no cavalo e montou atrás dela. Eles voltaram mais devagar do que na ida, conversando, observando o sol se por. Scarlett se sentia plena ali, nos braços dele.