Capítulo 85

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Evans observou Scarlett por instantes. Seu coração palpitava pelo olhar dela. Ele passou a mão no rosto dela, tirando-lhe o cabelo liso da face. Evans puxou ela pela nuca e a beijou agressivamente, usando-se do que podia usar. Que diabo, ele conseguia dominar, oprimir ela até quando estava doente. Scarlett se deitou na cama, do lado contrário ao ferimento dele, e ele puxou metade do corpo dela pra cima de si, até onde podia. A língua dele assaltava a boca dela apaixonadamente, como se aquilo fosse o ar que ele respirava. Os lábios de Scarlett começavam a ganhar um tom de vermelho, e ela ofegava contra ele. Evans ouvia a respiração descompassada dela, e isso estava pondo-o a loucura.

De repente, ele teve ciência de que a porta estava fechada. Mesmo sabendo que não podia, a mão dele subiu pelo corpete da cintura dela até o seio, rigidamente coberto pelo vestido, mas ela gemeu entre o beijo ao senti-lo. Evans sorriu ao ouvir o gemido dela, e ainda de olhos fechados, ainda acariciando-a, desceu os beijos molhados pra seu pescoço, deixando-a respirar. Scarlett arqueou, de olhos fechados e com os lábios entreabertos, ao sentir a língua dele acariciar-lhe a pele. Ela se agarrou a nuca do marido com uma mão, deixando-o beija-la, e com a outra encontrou a pele da cintura dele, por baixo da camisa, subindo até suas costas, sentindo sua pele. Amava estar nos braços dele, mas que qualquer outra coisa no mundo.

- Ah, de um modo ou de outro, - Ela brincou, sussurrando no ouvido dele - Eu troco meu nome se um dia você me negar fogo. - Disse ao sentir a excitação dele, que começava a ser aparente contra sua perna. Evans riu, rouco, contra a pele dela.

Entretanto, ambos os dois sabiam que o ato não podia ser consumado. A qualquer momento alguém podia entrar ali. Scarlett não ia arriscar machucar a barriga dele, não agora que estava indo tudo bem. Por mais doloroso que fosse, deviam esperar. Evans percebeu que ela o freava, e gemeu de frustração, mas entendia o que ela tentava lhe dizer. A muito custo, os dois se acalmaram. Ela ficou com a cabeça pousada no ombro dele, com o rosto colado ao do mesmo.

- Amor? - Chamou, depois de minutos em silêncio.

- Hum? - Perguntou, novamente doce, beijando-lhe a testa e acariciando-lhe o braço com a ponta dos dedos.

- Você...você sabe que Jéssica morreu? - Perguntou, receosa.

- Não tinha certeza, mas tinha alguma noção. - Disse, sem dar atenção, olhando a pele do braço dela - Você pensou que era por isso que eu estava daquele jeito? - Perguntou, abaixando o rosto pra olha-la.

- Eu não sabia o que pensar. - Admitiu, envergonhada, abaixando a cabeça.

- Ela teve o fim que mereceu. Eu não me importo, ma petit. Agora, eu tenho um segredo. - Disse, falsamente sério. Scarlett ergueu os olhos, confusa. Ela viu ele chamar com o dedo, e aproximou o ouvido da boca dele, ouvindo-o murmurar - Eu amo você. - Disse, e seu hálito fez cócegas no ouvido dela, que sorriu.

- Sério? - Perguntou, fazendo-se de surpresa - Ah, eu tinha noção, mas é bom saber. - Disse, manhosa, e ele sorriu, selando os lábios com os dela.

Scarlett adormeceu abraçada ao marido. Ele viu a relutância dela em adormecer, mas por fim foi vencida. Não dormia direito há dias, e pelo que Evans sabia, grávidas tinham mais sono. Grávidas.

Ele sorriu, olhando a esposa que dormia. Em seguida tocou-lhe a barriga, que não crescera nenhum centímetro. Uma segunda Rosalie. Ou um menino, quem sabe?

Era tão bom, que chegava a ser surreal.

O dia amanheceu, e no outro quarto daquele hospital, Alba recebeu alta.

- Hunter, por favor. - Insistiu, contrariada - Eu posso me cuidar sozinha. - Alegou, enquanto Hunter fechava a conta do hospital.

- Ainda está fraca. Não vou deixar que suma por ai. - Disse, assinando um papel.

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