Capítulo 19 - Vivendo...

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Naquela noite chuvosa em que sai correndo da casa do Heitor eu andei sem rumo pelas ruas tendo como a minha única companhia a solidão, as minhas lagrimas se misturavam com a água da chuva forte que caia, meus pés descalços doíam ao entrarem em con...

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Naquela noite chuvosa em que sai correndo da casa do Heitor eu andei sem rumo pelas ruas tendo como a minha única companhia a solidão, as minhas lagrimas se misturavam com a água da chuva forte que caia, meus pés descalços doíam ao entrarem em contato com o chão , meu coração estava quebrado em tantos pedaços que naquele momento eu só desejava poder arranca-lo do meu peito para fazer a dor passar nem que fosse só por um minuto.

As palavras do Heitor dizendo que era um bandido ficaram ecoando pela minha cabeça me tirando o foco das ruas e principalmente dos carros e alguns motoristas me chamavam de maluca por atravessar a rua sem sequer olhar para o lado.

Quando sinto que finalmente meus pés não aguentam mais caminhar eu avisto um barzinho com homens barrigudos e mulheres seminuas se deliciando de cervejas baratas e cigarros, me aproximo do local e peço emprestado um celular para a jovem que aparenta ter uns 25 anos.

Liguei para a única pessoa que poderia me entender e me ajudar nesse momento com dedos trêmulos disquei o número da Laura, ela atendeu no segundo toque eu nem precisei falar muito ela já entendeu que eu precisava da sua ajuda.

Encerrei a ligação após Laura prometer que em 20 minutos iria ao meu encontro, devolvi o celular para a mulher que havia me emprestado e me sento no chão sujo do bar e começo a chorar novamente abraçada ao meu joelho enquanto os bêbados do bar cantavam músicas sem sentido.

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Isso foi a três messes atrás, mas ainda me lembro de cada palavra dita por ele naquele dia porque são essas mesmas palavras que fazem lágrimas caírem pelo meu rosto e fazem o meu coração doer até hoje.

E o Heitor também não colabora muito para que essas lembranças sejam esquecidas por mim isso porque toda vez que eu chego da delegacia eu olho através da janela do meu quarto e vejo a sua picape parada em frente da minha casa sempre antes que eu durma.

Acho que é um jeito dele dizer que sempre estará por perto mesmo que eu não queira.

Provavelmente vocês devem estar se perguntando mais por que ela não deu voz de prisão ou denunciou ele quando soube o que o Heitor era?

Entre o Passado e a Maternidade Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora