Resposta inesperada

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-Andressa! Andressa!-Chamava-me incessantemente.

-Estou indo pai!-Gritei para que pudesse ouvir.

Peguei as chaves e fui abrir à porta ao meu pai.

Na hora em que estava abrindo a porta, vi em seus olhos que estava extremamente preocupado à respeito, talvéz tenha sido uma má interpretação minha, mas prefiro pensar assim, para que ocupar minha mente com algo fútil sendo que tinha algo muito mais importante em jogo.

Por mas que as coisas estivessem difíceis e minha mente ainda assim insistia em maus e negativos pensamentos, de alguma forma não podia negar que estava à mercê disso, pois não havia muitas esperanças dentro de mim.

Enfim tive de manter a calma para então explicar serenamente e com algum sentido lógico o que de fato estava acontecendo.
Inspirei e comecei a falar:

-...Pai...É difícil explicar o que realmente está se sucedendo, porém tentarei explicar da melhor forma possível.-Comecei.

-Filha sem formalidades, por favor seja direta, vá direto ao ponto.-Interrompeu-me em um tom de euforia e ansiedade.

-Tá, eu acabei encontrando a mãe em coma aqui no sofá, então liguei para a emergência para que viesse ajudá-la.-Respondi rapidamente.

-Certo filha, você sabe para que hospital levaram sua mãe?-Perguntou-me.

Lembrei do hospital que os médicos haviam dito enquanto levavam minha à ambulância, passei as informações para meu pai, então ele disse:

-Filha vou ir no hospital para ver sua mãe, você fique aqui e tome cuidado, te ligarei caso qualquer coisa aconteça, certo?-Explicou.

-Eu não posso ir mesmo, eu preciso ver como minha mãe está!-Exclamei.

-Não filha, é melhor não, para seu próprio bem fique em casa, não quero que você veja algo que não pretende ver.-Falou friamente.

Após essa resposta dura de meu pai, toda vontade que se encontrava dentro de mim acabou-se instantaneamente, e só pude pensar em coisas ruins no qual me destruíram na hora.

Não tinha muitas coisas em mente para responder à frase de meu pai, apenas pude dizer:

-Esta bem pai...Eu fico aqui.-Respondi-lhe.

-Boa menina.-Disse-me

-Pai só lhe peço uma coisa, é bem simples.-Disse.

-Então peça filha.-Falou

-Apenas fale toda a verdade do que está acontecendo no hospital com a minha mãe, só isso, não me prive de notícias sobre ela, independente se sejam notícias boas ou notícias ruins.-Falei.

-Certeza? Você vai saber lidar com a verdade?-Perguntou-me.

-Saber eu não saberei muito, porém terei de aprender à lidar, estamos falando de minha mãe, ela é parte de mim então prefiro saber toda a verdade.-Respondi-lhe.

-Esta certo filha.-Falou.

Após isso ele aproximou-se de mim e abraçou-me, dizendo-me:

-Você já se tornou uma moça, cada dia mais crescendo e evoluindo, espero que sempre continue assim.-Disse.

-Obrigado pai.-Falei.

-Filha desculpe-me, por não ser o pai mais presente e de longe não ser o melhor pai, porém quero que saiba que eu te amo imensamente, você é a coisa mais importante que eu já fiz em toda a minha vida, e só por ter à você já me sinto muito realizado e todas as minhas outras conquistas apenas se tornam histórias, pois você é tudo para mim.-Disse-me.

-Fico feliz em saber.-Falei

-Mas enfim...O papai já está indo ao hospital para ver sua mãe.-Falou-me.

-Tudo bem pai.-Disse-o.

Então o acompanhei até o porta, ele ligou o carro então tomou seu destino em direção ao hospital para ver minha mãe. Enquanto eu via seu carro se distanciando aos poucos de mim.

Entrei para casa e me dirigi ao meu quarto, sentei em minha cama, estava perplexa com tudo, então só consegui fazer uma única coisa. Chorar, chorar, chorar e chorar.

Luzes da CidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora