Twenty One.

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Zabdiel pegou minha mão e caminhamos em direção à saída. Ele chamou pelo manobrista, que em minutos apareceu com seu carro. Enquanto caminhávamos para o carro, percebi que Zabdiel encarava o tempo todo um rapaz do outro lado da rua, o mesmo que insistiu em olhar para minhas pernas assim que chegamos ali. Zabdiel abriu a porta para mim e depois entrou no carro, com a cara fechada.

O tempo até apartamento de Zabdiel foi o mais rápido feito por ele, até hoje. Eu estava quieta em meu banco e vez ou outra, esticava um de meus braços até sua nuca, fazendo movimentos circulares e delicados ali, em forma de carinho. Zabdiel jogava sua cabeça para trás e acredito que isso mostrava que ele realmente estava gostando.

A enorme garagem do prédio foi vista assim que o portão se abriu e Zabdiel estacionou em sua vaga. Abri a porta e desci do carro, sendo esperada por Zabdiel, que insistiu em pegar minha mão, mesmo sabendo que ninguém nos veria ali. Ele apertou o botão de seu andar e assim a porta se fechou.

E a partir das portas fechadas, comecei a implorar para que o tempo passasse lentamente. Zabdiel estava encostado na lateral do elevador e eu estava em sua frente, sentindo suas mãos apertarem minha cintura. Me virei estranhando sua reação e seus olhos passaram a fitar minha boca. Eu apreciava cada detalhe de seu rosto, principalmente sua boca, já que o mesmo insistia em passar a língua sob o lábio inferior toda vez que estava tão perto de mim.

Fiz o mesmo, percebendo que agora seus batimentos estavam mais rápidos. O que infernos ele quer fazer comigo ? O andar de Zabdiel parecia não chegar nunca.

Assim que a porta se abriu, ele passou a minha frente, me puxando delicadamente pela mão. Jogou sua carteira e chaves pelo sofá e numa virada brusca, grudou nossos corpos. Agora era a vez dos meus batimentos estarem acelerados, da mesma forma que minha respiração estava pesada.

Ele tirou a bolsa que estava em minhas mãos e a jogou para o mesmo sofá onde suas coisas estavam. Suas mãos tocaram minhas costas, me fazendo arrepiar. Ele riu abafado, assim que percebeu o que seu toque causava. Suas mãos percorriam meu corpo e decidi fechar meus olhos, sentindo cada toque com intensidade.

Só os abri novamente, quando uma de suas mãos alcançou a minha. Os olhos de Zabdiel estavam vidrados aos meus, era impossível esconder meu desejo. Em passos lentos, ele nos dirigiu até seu quarto. Não vou mentir que o que Zabdiel estava fazendo me pegou de surpresa. Seu corpo perto do meu me arrepiava sem nem precisar de toque. Não sei e nem preciso explicar o que acontece.

Mais uma vez, sua boca estava grudada em meu pescoço e sua respiração pesada e acelerada só faziam com que meu corpo se arrepiasse ainda mais. Meu corpo estava leve e aproveitando o momento, suas mãos me puxavam para mais perto, uma em minha cintura e uma em minhas costas.

Assim que seus lábios saíram de meu pescoço, busquei por sua boca imediatamente. Por ele ser mais alto que eu, fiquei na ponta dos pés para alcançá-lo, apoiando minhas mãos em seus ombros. Como se ele entendesse, se abaixou e agarrou minhas coxas, me dando o impulso que eu precisava para que nossas bocas se colassem.

Minhas pernas envolveram sua cintura e ele se virou, encostando meu corpo na parede gelada. Ao sentir o toque da parede, me arrepiei mais uma vez, céus.

Nosso beijo era urgente e minhas mãos se perdiam entre seus braços e suas costas. Uma de suas mãos apertava fortemente minha coxa e outra estava presa entre meus cabelos. Assim que desci minha boca até seu pescoço, Zabdiel jogou a cabeça para trás, fazendo com que eu aproveitasse cada pedaço daquela área.

Provavelmente alguns roxos ficariam ali, mas não me importei e acredito que ele se importaria muito menos. Voltei a grudar nossas bocas e desengonçadamente, comecei a abrir os botões de sua camisa que minhas mãos alcançavam.

Close Your Eyes.Where stories live. Discover now