Capítulo XXXVI

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Assim que meu pai falou nós sentamos pra conversar.

- Diogo eu vou ser bem sincero com você - meu pai começou a falar sério - Você sabe que eu te acho um garoto de ouro e sempre tratou minha filha como uma princesa, mesmo quando ela te tratava mal - falou dando uma pausa - Eu quando deixo ela sair com você e principalmente quando eu permiti esse namoro foi porque eu confiei em você, coisa que você sempre me passou e nunca deixou a desejar. Eu não gostei nem um pouco da sua atitude, a Carolina tem pai e mãe presente, ela não é uma vagabunda largada na vida - meu pai continuou falando ainda calmo mas nervoso - Eu já tive a idade de vocês e sei muito bem que quando brigamos não queremos ver a cara do outro. Se você pegou ela aqui é aqui que você tem que deixar mesmo se brigarem - meu pai terminou de falar e estávamos todos em silêncio

- Eu sei que errei Marcelo e já pedi desculpas pra Carolina e peço pra vocês também, na hora deixei a raiva me dominar e não pensei nas consequências. Só Deus sabe como eu me arrependo do que eu fiz, se tivesse acontecido algo mais sério eu acho que me mataria - falou passando a mão na cabeça - Eu peço que vocês não percam a confiança que depositaram em mim, aquilo foi um ato impensado e que eu não vou fazer nunca mais - falou olhando para os meus pais

- Eu vou te da um voto de confiança porque gosto de você mas se magoar minha princesa - falou sério dando uma pausa - Eu vou ser obrigado a te arrebentar - falo mais sereno e me fez rir baixinho

- Marcelo isso é coisa que se fale - falou minha mãe dando um tapa no braço dele

- Tô só sendo sincero - falou indiferente

- Ah e eu vou ficar parado apanhando - falou Diogo rindo

- Você não vai fazer isso né papai - falei sentando no colo dele e abraçando o mesmo

- Se ele fizer minha princesa chorar sim - falou me abraçando

- Carol menos poxa - falou Diogo com falso ciúmes

- Olha amor ele tem ciúmes dela igual você - falou minha mãe implicando

- Esses homens são muito ciumentos mamãe - falo soltando meu pai

- Nem fala filha - fala minha mãe fazendo careta - Você acredita que seu pai até hoje reclama das minhas roupas - falou rindo

- Vou reclamar sempre - falou como se fosse óbvio

- Tem que cuidar sogra - falou Diogo rindo

- Sei cuidar - falou minha mãe

Estava deitada toda enrolada pois não estava me sentindo bem, o quarto estava todo escuro e gelado por causa do ar. Fiquei prestando atenção no filme que estava passando na TV até que alguém abre a portão e quando vejo é o Diogo.

- O que você tem? - perguntou preocupado deitando ao meu lado e se enfiando nas cobertas comigo

- Tô me sentindo bem não amor - falei baixo

- Eu peguei tão pesado assim naquele dia? - perguntou confuso

- Não. Quer dizer você pegou pesado mas não é isso - falei explicando

- É o que então? - perguntou me virando pra ele

- Não tô me sentindo bem - falei baixo

- Quer ir no médico? - perguntou alisando meu rosto

- Precisa não - falo colocando o rosto no pescoço dele

- Ta ardendo lá? - perguntou meio sem jeito

- Lá aonde? - perguntei sem entender

- Sua buceta Carol - falou óbvio

- Não amor - falo rindo fraco

- Tem comido besteira? - perguntou me puxando pra me olhar

- Interrogatório? - perguntei revirando os olhos

- Preocupação - falou sério - E agora me responda - falou

- Não tô Diogo - falo bufando

- Acho bom, te arrebento hein - falou apertando meu nariz

- Arrebenta nada - falo rindo

- Dúvida mesmo - falo sério e segurou meu rosto com força me dando um selinho - Te amo, vacilona! - falou alisando meu rosto

- Te amo, vacilão! - falo sorrindo.

- Carolina se sabe muito bem o motivo disso - fala Bruna me alertando quando saio do banheiro

- Tem nada demais aqui - falo me deitando na cama

- Só o tempo que eu tô sentada aqui você vomitou três vezes - falou séria

- Deve ser o meu problema de estômago - falo mudando de assunto

- Carol para de tentar se enganar, vai adiantar você fechar os olhos? - perguntou séria

- Eu tô com medo! - falei confessando baixo

- Medo de que? Se você tiver grávida esse vai ser o bebê mais amado do mundo - falou me olhando

- Tirando a parte que o pai fala pra quem quiser ouvir que não quer filho, amiga desde o início do nosso namoro ele fala isso. Se isso acontecer vai ser um erro, um grande erro! - falo derramando algumas lágrimas

- E dai que ele fala isso? Se ele honra o que tem no meio das pernas vai assumir e mesmo que ele não assuma vai ter um monte de gente apoiando - falou limpando meu rosto

- Sério me sinto muito burra sabe, mesmo eu tomando o remédio religiosamente eu deveria usar camisinha. Boba fui eu em cair no velho " Ai amor, sexo de borrachinha é ruim!" - falo me sentando

- Se aconteceu era porque estava nos planos de Deus e outra estamos só supondo que esteja grávida - falou tentando me animar

- Uai se mesma disse que está na cara - falei sem entender

- Esperança é a última que morre boba - falou me fazendo rir.

Depois de passar a tarde com a Bruna fui pra casa e tomei banho pra esperar o Diogo me buscar já que iríamos dormir na casa dele. Depois de un tempo ele chegou e fomos pra casa dele. Chegando lá ficamos na sala e ele ficou vendo um jogo qualquer de futebol enquanto eu estava pensativa com a possibilidade de ser mãe.

- O que houve? - perguntou me tirando dos pensamentos

- Como assim? - perguntei sem entender

- Está quieta - falou estranhando

- Tô normal amor - falei disfarçando e logo meu celular tocou despertando quando olhei era pra eu tomar o anticoncepcional - Vou lá tomar o remédio - falei me levantando

- Toma mesmo, já pensou se vem um filho - falou enquanto eu ia tomar o remédio

- E se por acaso eu engravidasse? - perguntei como quem não quer nada

- Papo doido Carolina - falo meio bolado

- Ué você é doido pra casar comigo mas não pensa em formar uma família? - perguntei me sentando ao lado dele

- Isso não faz parte dos meus planos - falou simples

- Se pensa assim não deveria casar - falo negando com a cabeça

- Porque? - perguntou estranhando

- Eu não quero ser mãe agora mas em algum momento da minha vida vou querer - falei dando de ombros

- Para de papo ruim cara eu hein - falou se virando pra mim e me dando um selinho demorado - Te amo, morena! - falou olhando nos meus olhos

- Te amo, moreno! - falo olhando nos olhos dele.

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